Afrodisíaco e outras coisas
O dia parecia mais radiante que
de costume ou era meu humor que estava a mil por hora. Esses joguinhos com o
Pão de açúcar estavam cada vez ficando mais interessante e excitante é claro.
Ui! Que
arrepio delicioso só de pensar!
Toda vez que minha campainha
tocava imaginava ser ele ou algum entregador trazendo mais uma de suas façanhas
e para meu desgosto até agora ele não deu o ar de sua graça e o pior sua tia já
assumiu o posto de professora de piano novamente e fica difícil de vê-lo.
Hoje é domingo e estou andando de
patins pelas ruas pouco movimentadas ouvindo um bom pop no meu ipod e
desfrutando tudo de bom que o dia pode proporcionar. Sinto meu celular vibrar
no meu bolso. Diminuir a velocidade até parar e peguei o aparelho para atender
a ligação. Desconhecia o número e logo um calafrio percorreu minha espinha.
Só pode ser
o Pão de açúcar!
- Alô? - atendi.
- Oi Delícia! - falou com charme e
só de ouvir sua voz minha respiração falhou. - Sentindo minha falta?
- Você não faz ideia... - respondi
empolgada e ouvi sua risadinha.
- Infelizmente minha tia resolveu
encurtar as férias e retornou as aulas. Agora nos veremos com menos frequência.
- lamentou.
- Isso quer dizer que você não vai
tomar chá de sumiço. - ironizei.
- Claro que não, você é minha
droga, estou viciado em você e se não te ter mais vou enlouquecer.
Esse homem
diz cada coisa que faz meu útero sambar dentro de mim!
- Então quando nos veremos? - não
pude me conter.
- Hoje mesmo, está disponível à
noite?
- Sim, à noite estou livre. E por
acaso vai chegar a meu apê algum presentinho para usar na ocasião?
- Hoje você pode vim como desejar,
afinal de contas o que eu quero mesmo é você nua e eu vou buscá-la, nossa
brincadeira não será em minha casa dessa vez e, é tudo o que vou falar.
- Senhor Surpresa, como quiser. -
brinquei.
- Passo em sua casa as oito, até
logo Delicia. - falou com charme.
- Esperando ansiosamente, seu
gostoso.
Despedimo-nos e assim que
desliguei a ligação praticamente pulei de alegria, só não fiz isso porque
estava em público e de cara as pessoas diriam:
Que doida
varrida!
Resolvi voltar o trajeto para
casa a fim de escolher a roupa fatal para deixar aquela criação perfeita de Deus
de queixo caído. Como não sabia o que ele estava tramando, não seria uma tarefa
fácil escolher o look adequado para a ocasião.
Horas mais tarde já me encontrava toda produzida. Depois de muita
troca- troca de roupa acabei optando por um vestido tomara que caia preto todo
justo, valorizando minhas curvas e por baixo somente uma calcinha fio dental de
renda vermelha minha cor favorita e sei que é a dele também.
O que é que eu não sei sobre esse homem! Investigo tudo.
Deixei meus cabelos soltos em
seus cachos naturais e coloquei uma maquiagem básica. Por último quis colocar
as sandálias que ele havia me dado no nosso primeiro joguinho. A campainha
tocou ao mesmo tempo em que acabava de abotoar a sandália do pé esquerdo e um
friozinho na barriga se instalou em mim.
- Hora de brincar Paula. - falei
para mim mesma em frente ao espelho.
Fui abri a porta e lá estava ele
o charme e a gostosura em pessoa. Todo de camiseta xadrez e calça jeans clara
perfeita em seu corpo, seus cabelos estavam em desalinho e seu olhar penetrante
em mim demonstrava desejo e promessas de uma noite inesquecível, sua boca
maravilhosa estava com um sorrisinho pervertido só dele, sua marca registrada.
Estava simplesmente...
Uau!
Qualquer dia desses sofrerei de
algum infarto e a causa vocês até imaginam!
- Está belíssima. - elogiou e veio ao meu encontro me
abraçando, para minha feliz surpresa deu uma mordidinha na minha orelha.
Arrepio
total nessa hora!
Senti o cheiro da sua fragrância
masculina que quase me entorpeceu por completa e seu hálito cheirava a alguma
pastilha refrescante.
É demais
para meu coração tão pequeno!
- E você está deixando os galãs de novela no chinelo. -
falei toda boba e ele deu aquela gargalhada totosinha
para mim.
- Assim fico com vergonha... - falou ele com o
descaramento em carne e osso.
- Sei... - ironizei.
- Vamos? - falou estendendo a mão para a passagem.
- Sim.
Depois de vinte minutos de mistério dentro do carro sem o Ricardo
querer dizer aonde iríamos, enfim chegamos ao destino.
- Você me trouxe a uma
quitanda? - perguntei com um pouco de deboche olhando para a porta do
estabelecimento fechado.
- Calma Delícia, sei que você
vai adorar o que te espera. - respondeu ainda misterioso.
Ele abriu o enorme portão e o lugar não estava iluminado, assim que
ele acendeu as lâmpadas observei todo o local minuciosamente, as estantes
lotadas de frutas, freezers, os caixas todos bem equipados... voltei o olhar
para o Ricardo que estava de braços cruzados me observando rindo bastante
adorando me ver com a cara de quem não estava entendendo nada.
- De quem é esse lugar? - perguntei quebrando o silêncio.
- De um amigo meu. - respondeu simplesmente.
- Vai me falar agora o que vamos fazer aqui?
- Tudo bem. - respondeu e descruzou o braço, chegou mais perto de mim e
pegou minha mão me guiando para o outro corredor e no final dele tinha uma mesa
coberta por um pano branco o que despertou minha curiosidade.
- Pronto. - falou ele e retirou o pano de cima da mesa, revelando
algumas comidas em suas bordas e umas cordas.
- E então? Ainda estou boiando.
- Delícia a nossa brincadeira hoje será de um feirante e sua freguesa
fiel, e para deixar as coisas mais picantes separei alguns alimentos
afrodisíacos é o que você precisa saber. O resto descobrirá por si só.
- Nossa! - falei meio curiosa e empolgada.
- Pra começar vamos nos livrar de nossas roupas e depois vou amarrá-la
em cima da mesa. - explicou e assenti.
Retiramos nossas roupas numa rapidez impressionante um quase devorando
o outro com o olhar. Ele me ajudou a subir na mesa e fiquei deitada sobre ela.
Com as cordas ele amarrou meus braços no alto de minha cabeça, separou minhas
pernas me deixando exposta e amarrou meus pés cada um nas extremidades da mesa.
Fiquei totalmente a mercê dele. Ele se afastou um pouco e eu pude
vislumbrar sua bunda linda, ligou uma música com batidas envolventes e
retornou.
- Delícia vamos começar com o mel. - falou ele pegando um pote branco
de lousa e lambuzando meus seios de mel.
Começou a lamber vagarosamente e acabei soltando um gemido. Depois foi
sugando com mais ferocidade, comecei a me contorcer toda.
- Hum... Que delícia. - falou ele rouco. - Agora um pouco de chocolate.
Ele colocou o pote de mel sobre a mesa e pegou o outro pote contendo
chocolate derretido e espalhou sobre toda a extensão do meu abdômen chegando ao
umbigo.
Começou a lamber tudo com muita habilidade e parava vez ou outra para
dar mordidinhas e chupões. Nunca experimentei nada excitante como aquilo,
chegando ao meu umbigo ele deu lambidinhas rápidas em sequências e depois
começou a espalhar mais chocolate só que dessa vez fazendo uma linha do umbigo
até minha feminidade.
Minha respiração se tornou mais intensa. Ele recomeçou a tortura
lambendo todo o chocolate e quando chegou ao meu sexo ele parou me olhou com
aquele seu sorrisinho pervertido e caiu de boca. Lambendo tudo com rapidez e
demorando mais em meu clitóris. Meus gemidos eram tão altos que ecoavam pelas
paredes da Quintana.
Ele colocou mais chocolate lá e continuou a tortura deliciosa.
- Agora um pouco de pimenta. - falou ele muito rouco pegando um pote
com um molho apimentado, passou o dedo e cobriu os meus lábios que começaram a
arder, ele também passou em seus lábios. Chegou mais perto de mim e me beijou
lentamente. Um beijo muito erótico e apimentado o que me deixou excitada, a
mistura perfeita.
Quando o beijo acabou estávamos ambos ofegantes. Minha boca ainda
ardia um pouco, mas era um picante delicioso.
- Agora vou comer você todinha. - avisou ele.
Safado!
Desamarrou minhas mãos depois meus pés e me puxou para a ponta da mesa
abriu minhas pernas e me penetrou vagarosamente. Minha pele estava bem
grudenta, ele começou as estocadas de maneira lenta e profunda, aquilo estava
sendo torturante demais. Gemíamos baixinhos em sintonia, a mesa de madeira
velha fazia um barulho com os movimentos.
De repente ele parou e saiu de dentro de mim e eu fiz cara de
frustrada.
- Calminha Delícia agora é sua vez de me lambuzar. - falou ele e
adorei a ideia.
- Isso vai ser muito bom. - falei um pouco ofegante.
Ele me ajudou a descer da mesa e logo ele subiu deitando.
- Eu não vou demorar muito então seja rápida. - alertou.
- Pode deixar.
Olhei para os potes e optei pelo chocolate, lambuzei lentamente todo o
seu membro ereto, seus gemidinhos roucos eram músicas para meus ouvidos.
Comecei a lamber ora lentamente ora com rapidez, demorando-me mais na
ponta. Logo comecei a chupá-lo todo e seus gemidos se tornaram mais altos,
chupava tudo com movimentos lentos devolvendo a tortura que ele estava fazendo
comigo.
Ele agarrou meus cabelos e estipulou movimentos mais rápidos.
- Agora quero você! - falou ele afogando as palavras em meio às
respirações profundas.
Sinalizou para que eu subisse em cima da mesa para cavalgá-lo e assim
o fiz.
Guiei seu membro dentro de mim e depois apoiei minhas mãos em seu
tórax definido, ele colocou as mãos em minha cintura e comecei a me movimentar
em movimentos muito rápidos, a mesa chacoalhava bastante.
A música naquele instante tinha acabado e só se ouvia nossas
respirações pesadas e gemidos constantes. Ele me puxou para um beijo longo e
muito envolvente que fez girar meu mundo. Ele girou nossos corpos e agora ele
estava em cima assumindo o controle de tudo.
Continuamos a nos beijar loucamente enquanto ele mantinha um ritmo equilibrado.
Nossos corpos estavam se grudando, tudo estava uma verdadeira meleca. Arranhei
delicadamente suas costas e ele me falava coisas bem ousadas no ouvido enquanto
metia com força em mim.
Meu orgasmo estava bem próximo e eu sabia que o seu limite também se
aproximava e como nos meus pensamentos, chegamos juntos ao clímax com gemidos
altos e para completar a mesa desabou com tudo no chão. Começamos a gargalhar
bastante.
- Nossa! - falei depois de alguns minutos em silêncio. - Que sexo
alucinante.
Olhei para o meu lado onde estava o Pão de Açúcar que também me
olhava. Estava tão lindo com cabelos bagunçados e úmidos de suor.
- Eu diria que foi um sexo carga pesada, olha o estrago que fizemos na
mesa do meu amigo. - falou ele brincalhão.
- Terá que inventar uma desculpa bem boa. E mais uma vez você me surpreendendo,
tenho certeza que nosso próximo encontro será melhor ainda. - falei já ansiosa,
ele deu um tapa na minha bunda e eu abri a boca em surpresa.
- Você nem imagina, Delícia. – disse me puxando para cima dele e me
dando um beijo selvagem.
Mal posso esperar!
Continua...
Gisele Lino
3 comentários:
porque você não continua??
Gisele ficou meio conturbada pois estava escrevendo a Novela Literária 365 Dias.
Mas acho que a parte final vai sair!
acabou?
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