sábado, 4 de abril de 2015

Série Rendida - Novais J.


P.S.: Domingo de Páscoa teremos um bônus da Marta.


Mais uma dose de Fernandre

O braço do Alexandre contornava minha cintura impedindo-me de me mover, estávamos nus deitados no chão e ele ressonava tranquilamente. Dei um sorriso bobo tirando uma pétala de rosa que pregou em seu rosto, ele havia apagado depois de me ter novamente, só que desta vez, em cima da sua mesa.
Tirei seu braço da minha cintura com cuidado para que não acordasse e me levantei indo até a grande janela de vidro da sua sala. Abracei meu corpo nu e olhei para o céu que aquela noite estava esplêndido, a lua cheia dava um show a parte juntamente com as estrelas que a rodeavam. Fechei os olhos e agradeci mentalmente a Deus por me permitir viver este momento.
Futura Srª Mcconaughey, eu aceito me casar com você.
Ele disse sim. Disse sim para mim.
Dou um sorriso ao ser abraçada por trás, braços fortes me circundam e ganho um cheiro na curva do meu pescoço.
- Um orgasmo pelos seus pensamentos. – sussurra provocador.
Viro-me para encará-lo.
- Eu não estava pensando, estava agradecendo a Deus por tudo. – confesso. – Eu tive tanto medo de ouvir um não, medo de você não ser capaz de perdoar as besteiras que eu disse...
- Psiu. – me interrompe colocando o indicador na minha boca. – Esquece isso, eu lhe disse no enterro do Marcos que já havia te perdoado. Eu só não acreditava ser o melhor para você, mas por mais difícil que seja encarar o fato de que não posso dar tudo o que precisa eu não consigo imaginar a minha vida sem você.
Minha mão acaricia a barba dele.
- Você é tudo o que eu preciso amor.
- Agora eu sei que sou. – diz me puxando para seus braços e beijando meus cabelos. – Eu vou te fazer muito feliz Lindinha.
Era muito bom ouvi-lo me chamar de Lindinha novamente.
- Quando marcaremos a data? – pergunta me fazendo sorrir.
- Eu não sei... acho que podemos marcar para daqui a alguns meses, assim organizamos tudo. – pondero. –  A minha mãe vai pirar.
Ele ri divertido.
- Sim ela vai. – Alexandre se afasta um pouco para me fitar. – Eu não quero demorar muito, não vejo a hora de te ter na minha cama sempre que eu quiser.
 Dou um tampa no braço dele o repreendendo.
- Foi por isso que você aceitou seu safado?!
- Também... – retruca sentando na cadeira e me puxando para o seu colo. – Onde você quer casar, no civil, na igreja ou nos dois?
- Mas na igreja só se casa uma vez e você já se casou com a Rebe... – para colocando a mão na boca. Para que fui tocar no nome daquela vaca?! Quero chutar a minha própria bunda agora.
Alexandre está sério, o clima ficou tenso.
- Eu e a Rebeca só nos casamos no civil, ela não ligava muito para esse lance de religiosidade e eu também não fiz questão.
- Hum... – murmuro sem graça colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
Havia algo que eu queria saber e tinha que ser agora já que o nome da megera já estava no fogo. Depois disso eu enterraria de vez o assunto Cobreca.
- Sabe... eu nunca entendi por que você se envolveu com ela. – insinuo e ele cerra o maxilar.
- Por que isso agora Fernanda?
- Porque nunca conversamos sobre isso. – tento fazê-lo entender. – Você nunca se abriu comigo e isso me incomoda.
- Vocês mulheres são engraçadas, tem a mania irritante de fazer perguntas mesmo sabendo que não irão gostar das respostas, mas se é tão importante assim para você saber eu vou te falar. Eu era jovem, a Rebeca alguns anos mais velha e muito mais experiente que eu, ela soube usar todas as suas armas para me seduzir. Era boa de cama e eu tinha um tesão descomunal por ela, então fiquei cego para todo o resto, a única coisa que importava era o quanto gostoso ela me fazia gozar. – ele para de falar e me dá aquele olhar “satisfeita agora?”.
Saio do colo dele e procuro as minhas roupas pela sala, encontro minha calcinha e começo a vesti-la sem nem ao menos dirigir um olhar para ele.
Eu estou puta, eu estou com raiva eu quero cortar as bolas dele!
- Vai mesmo ficar com raiva por uma coisa que foi você quem perguntou? – o ouço perguntar irritado.
Fulmino-o com o olhar por ele está certo e então pego o meu vestido.
- Fernanda... – Alexandre me chama e eu ignoro, então ele me segura pelos braços e me obriga a encará-lo, seus olhos estão faiscando. – Olha. Pra. Mim. Eu não posso mudar as coisas, ninguém pode. Eu gostaria muito de apagar a Rebeca da minha vida, eu gostaria muito de ter te conhecido antes, mas não foi assim que aconteceu. As coisas aconteceram daquele modo com a Rebeca e com uma porrada de mulheres depois dela, mas não com você, nunca com você.
- Eu sei. – afirmo me sentindo uma idiota por ter começado essa merda.
- Se você sabe, então porque ficou irritada?
Fecho os olhos fugindo da intimidação do olhar dele.
- É mais forte que eu... – o abraço e ele respira fundo enterrando a mão no meu cabelo. – Não vou mais tocar nesse assunto. Eu já entendi o porquê e doeu muito ouvir.
- Será que seremos sempre assim? – o tom de voz dele fica divertido.
- Como? – o encaro.
- Entre tapas e beijos. – diz sorrindo torto.
- O que você acha? – ergo uma sobrancelha pensativa.
- Para mim não importa que seja de uma maneira ou de outra porque eu gosto de tudo entre a gente. – revela, os olhos intensos nos meus.
Eu me derreto com as palavras dele e murmuro um eu te amo antes de beijá-lo.
- Quem vai arrumar essa bagunça amanhã? – pergunta quando nos separamos.
- A Marta disse que chegaria mais cedo e daria um jeito. – explico.
- Claro a Marta, sua cúmplice. – conclui revirando os olhos.
- Ela está mais para nossa cúpida. – intervenho.
- E eu caí direitinho naquele telefonema dela. – ele se afasta e começa a vestir a roupa. – Cheguei até ficar com pena.
Dou uma gargalhada.
- É, ela foi perfeita. – me viro oferecendo o zíper do vestido para que ele feche.
- Eu vou ter que agradecê-la por ter ajudado a trazer a razão da minha existência de volta. – Alexandre fala, seu hálito quente de encontro ao meu pescoço.
Oh meu Deus... eu o quero... o quero de novo.
Ele fecha o zíper e me viro para contemplar seu rosto lindo.
- Para onde vamos agora?
- Para a minha casa. – ele termina de vestir a roupa e calça os sapatos.
- Amanhã temos que estar aqui bem cedo. – lembro-o.
 Ele pega na minha mão e destranca a porta.
- Não tem problema, pela manhã te levo em casa e espero você se arrumar para o trabalho. O que não poso é abrir mão de dormir agarrado a você é a única forma de dormir bem.

4 comentários:

vi_meu_mundo disse...

Finalmente juntos ;D

Unknown disse...

Ate q enfim. Dois teimosos.

Unknown disse...

♡♡♡♥♥♥♥♡♥♡♥♡♥

Josi Novais disse...

Lindos *-*

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