1º ROUND
Não
consegui sustentar por muito tempo o olhar do Alexandre, então comecei a andar
pela sala como uma barata tonta. Você deve estar se perguntando por que ainda
não respondi um SIM bem grande e redondo, afinal é o que eu também estou me
perguntando...
O
X da questão é que eu ainda não entendi o que o Alexandre na verdade quer. Ele
me chamou para morar na casa dele, eu entendi essa parte, mas qual o papel que
ele espera que eu assuma?
Vamos
analisar as opções...
a)
Uma inquilina.
b)
A namorada que se mudou para a casa
do namorado.
c)
A mulher do Alexandre.
O
que eu seria afinal?
Eu
não preciso pensar sobre isso sozinha, a única pessoa que pode me responder
àquilo era o Alexandre.
Parei
de gastar o piso da sala e o encarei.
-
Você me convidou para morar aqui. – comecei e ele assentiu. – Mas... que papel
assumirei em sua vida?
Ele
dá um suspiro pesado.
-
Então é esse o problema?
-
Não sei se é exatamente um problema. Só quero saber o que esperar disso...
-
Se ao invés de te pedir para morar comigo eu tivesse te pedido em casamento
teria alguma diferença?
Sentia-me
caindo em uma armadilha, mas responderia a verdade mesmo assim. Sinceridade
sempre! Esse é o lema.
-
Quando uma pessoa pede a outra em casamento está deixando claro o que quer.
-
Eu não deixei claro pra você? – ele pergunta erguendo uma sobrancelha.
-
Não.
-
Então vamos lá... eu quero você na minha cama e na minha vida todos os dias.
Ele
deu aquele sorriso matador e minhas pernas amoleceram. Com poucos passos ele me
agarrou pela cintura e colou a testa na minha.
-
Eu vou ser bonzinho... Vou te dar alguns dias para se mudar para a minha casa
por livre e espontânea vontade.
Engulo
em seco. Puta merda!
-
O que acontece se eu não me mudar?
-
Eu te trago a força. – provoca cheirando o meu pescoço.
Dou
um sorriso quando ele me pega no colo e me encara de forma quente. Alexandre
começa a andar por um corredor e então me coloca no chão de frente para uma
porta, ele a abre e dá espaço para que eu entre.
A
iluminação é fraca e ele acende apenas um pequeno abajur. A sala é grande,
parece ser um escritório. Tem uma mesa com um computador, uma estante de
livros, um balcão com algumas garrafas de bebidas e uma mesa de sinuca.
Encosto-me
a mesa de sinuca para avaliar melhor o ambiente enquanto ele coloca uma bebida
em um copo.
-
Por que estamos aqui?
Alexandre bebe o conteúdo do copo em um só
gole e me encara.
-
Por que você não tira esse vestido?
Um
sorriso escapa dos meus lábios e eu sei que eu quero fazer isso. Viro-me de
costas e então desço o zíper na lateral do meu vestido, ouço a respiração dele se
acelerar quando deixo a peça cair no chão.
-
O sutiã. – ele pede.
O
removo com calma e depois me viro para que ele veja os meus seios nus. Alexandre
me olha sério e coloca o copo em cima do balcão. Agacho-me para tirar as
sandálias, mas sua voz me impede.
-
Não. Deixe-as. – ele se aproxima e para a um passo de mim. – A calcinha.
Livre-se dela. Agora.
Desço
a calcinha por minhas pernas e ele acompanha o movimento com um olhar faminto.
-
Acho que vou ter que mudar os planos para essa noite.
Eu
pisco algumas vezes e ele volta a falar.
-
Eu não vou comer sua boceta.
Ergo
as sobrancelhas e solto um gemido de decepção. Antes que eu abra a boca para
implorar ele vem com tudo pra cima de mim e me vira de frente para a mesa de
sinuca.
-
Eu vou comer o seu rabo. – sussurra no meu ouvido.
Ele
deita o meu corpo até que o meu rosto esteja colado ao tecido da mesa. Solto um gemido em antecipação ao sentir sua
ereção pressionar minha bunda.
-
Eu vou meter com força em você, não quero te machucar. Avise-me se eu estiver
sendo bruto.
Ele
acaricia a minha bunda com uma extrema delicadeza e eu ofego sobre o seu toque,
sua mão sobe pelas minhas costas até alcançar o meu rabo de cavalo. Alexandre
solta os meus cabelos e eles caem pelas minhas costas.
-
Abra as pernas. – sua voz é de comando, sem nenhum traço de doçura.
Porra isso vai ser
tenso...
Abro
as pernas e ele volta a acariciar o meu bumbum, sua respiração está pesada,
sinto-a bem próxima ao meu ouvido. Alexandre coloca dois dedos na minha
feminilidade e os gira em movimentos circulares, eu estou molhada, muito
molhada, o que torna tudo muito gostoso.
Solto
um gemido de frustração quando perco o contato intimo de seus dedos, o ouço tirar
o cinto, logo em seguido escuto o som da braguilha sendo aberta. Ele volta a
encostar-se em mim, agora seu pênis está livre em contato direto com o meu
traseiro ansioso.
Alexandre
abre minha bunda, seu membro pressiona a minha entrada e a sensação é que estou
sendo rasgada. Solto alguns lamentos de dor, ele não me lubrificou antes de
entrar, sei que foi proposital. Ele agarra os meus quadris com força cravando
seus dedos em minha carne, da sua boca sai um gemido rouco e de repente a dor
não é mais tão importante, vê-lo assim, excitado por mim é.
Ele
afunda em mim começando com os movimentos de vai-e-vem, eles estão rápidos e
duros, causando-me uma dor gostosa. Aquilo é sadicamente maravilhoso. Sua mão
puxa o meu cabelo para trás e ele empurra mais forte para dentro de mim.
Mais forte e mais
forte. Ah...
Ele
chama o meu nome algumas vezes, sei que está perto. Naquele momento entendo que
aquilo foi para ele, para o seu próprio prazer e eu não me importo, ele já me
fez chegar muitas vezes ao céu.
Alexandre
dá mais algumas estocadas e grita alto o meu nome, desabamos juntos em cima da
mesa. Ficamos assim por um bom tempo até que ele se ergue e me puxa. Viro-me
para encará-lo, ele coloca seu membro semi ereto dentro da cueca e sobe as
calças.
-
Obrigado por isso. Você foi perfeita. – beija os meus cabelos.
Dou
um sorriso largo e ele acaricia minha bochecha com o polegar.
-
Machuquei você?
-
Não. Só estou um pouco dolorida, mas vai passar.
Ele
me puxa para um abraço.
-
Eu vou te dar um banho e fazer amor com você pelas próximas horas, com direito
a orgasmos explosivos. – pisca para mim.
-
Isso parece ser maravilho Sr. Alexandre. – dou um sorriso.
Esfrego
os olhos e olho para o relógio no criado-mudo, são seis horas. Fernanda dorme
com a cabeça encostada no meu peito, ela está nua e o meu pau endurece. Rolo na
grande cama a colocando embaixo de mim, ela desperta e me olha sonolenta.
-
Bom dia. – dou um sorriso.
-
To com sono... me deixa dormir. – protesta tentando me tirar de cima dela.
Agarro-a
mais forte enterrando meu rosto na curva do seu pescoço. Minha mão tenta abrir
espaço para o meio de suas pernas, mas ela as fecha e começa a rir.
-
Alexandre pelo amor de Deus! Você não cansa? Ontem foi a noite inteira.
Olho
para ela com o cenho franzido.
-
Cansar de você? Nunca.
Ela
sorri e eu penso em beijá-la, mas meu celular toca. O pego olhando no visor. É
a Marta, deve ser algo relativo à empresa.
Levanto-me
da cama e atendo a contragosto.
******
-
Quem era? – Fernanda pergunta assim que desligo o celular.
-
A Marta. Eu gostaria de deitar nessa cama e me afundar dentro de você, mas não
vai dar. Alguns problemas ocorreram e eu vou ter que estar na empresa em vinte
minutos.
-
Tudo bem. Acho que posso superar isso. – ela brinca.
-
Eu vou te deixar em casa, mas não vou poder te esperar para irmos juntos.
Mandarei um motorista te levar.
-
Alexandre não precisa. Eu pego um táxi.
-
Eu não quero que você pegue um táxi. – revido em um tom duro.
Ela
revira os olhos.
-
Mas eu vou. Não sei se você sabe, mas esse sempre foi o jeito que fui para a
empresa.
Estreito
os olhos para ela.
-
Porque você nunca faz o que eu peço?
-
Não me lembro de você ter pedido Alexandre. Eu não gosto quando você me dá
ordens. – ela faz uma carranca.
Dou
um suspiro pesado, não quero brigar com ela por causa de um táxi.
-
Ok. Vamos fazer do seu jeito então, mas assim que chegar a empresa quero que me
ligue avisando.
-
Acho que posso fazer isso. – ela provoca com um sorriso e eu cerro os olhos já
rindo também.
-
Marta disse também outra coisa.
-
O que? – ela levanta procurando as roupas para vestir.
-
Hoje à noite terei um jantar com os membros da diretoria. Alguns vão levar as
esposas. Eu gostaria muito que você fosse comigo. – dou um sorriso.
-
Vai ser um prazer. – ela responde antes de se atirar em meus braços.
Alexandre
me deixou na porta do meu prédio. Entro e é o Matias que está na portaria.
-
Bom dia Dona Fernanda. – ele me cumprimenta.
-
Bom dia Matias. – passo por ele, mas retorno. Eu preciso saber de uma coisa que
vem me incomodando. – Matias aquela mulher voltou aqui?
-
Não senhora. Em uma das vezes que esteve aqui ela me perguntou se tinha algum
apartamento vago no prédio. – comentou.
Meu
queixo bate no chão e volta.
O que aquela louca
quer? Se mudar para cá?
-
O que você respondeu?
-
Bom na época que ela perguntou até tinha um. Mas ele foi ocupado no início da
semana por um rapaz.
-
Graças a Deus. – suspiro aliviada e Matias sorri de leve.
-
Bom dia Matias! – uma voz estranha fala atrás de mim. Me viro por puro reflexo.
O
homem a minha frente me lembra alguém. Ele tem os cabelos loiros, os olhos
verdes, um belo corpo atlético e dá um sorriso para mim.
-
Bom dia Seu Murilo! – Matias responde ao cumprimento.
-
Oi. – ele fala comigo.
-
Olá. Já nos conhecemos? – pergunto meio confusa tentando me lembrar se já o
tinha visto em algum lugar.
Ele parece tão
familiar.
-
Não. Se eu tivesse te visto antes com certeza me lembraria. – ele brinca.
Opa! Isso foi uma
cantada?
Eu
fico sem graça e ele volta a falar.
-
Sou novo aqui. Mudei-me tem poucos dias.
-
Ele que ocupou o apartamento vago Dona Fernanda. – Matias explica notando a
minha confusão.
-
Ah... então seja bem-vindo! Espero que goste daqui.
Ele
me encara e aquela sensação de que eu conheço volta de novo.
-
Acho que vou gostar sim. – ele coça o queixo com um sorriso sexy.
-
Bem eu vou subir. Tchau para vocês. – digo andando até o elevador.
O
rapaz me acompanha e aperta o botão antes de mim. Acho que seu nome é Murilo,
pelo menos foi assim que o Matias o chamou.
-
Eu vou subir também. Moro no vigésimo segundo andar.
-
Eu sou do vigésimo terceiro. – retruco simpática.
Entramos
juntos e ele é o primeiro a quebrar o silencio.
-
Eu moro no Rio de Janeiro. Vim para ficar alguns dias. Resolver problemas
familiares.
-
Espero que ocorra tudo bem. – sinto a necessidade de dizer alguma coisa.
-
Você tem irmãos?
Dou
um sorriso triste.
-
Não. Não tenho. Você tem?
-
Sim. Mais novo que eu.
-
Legal. – digo animada.
-
Nem tanto. – retruca e eu já não sei se está falando comigo ou sozinho. Ele
então olha em meus olhos e percebendo a minha confusão volta a falar. – Não nos
falamos há muitos anos. Tivemos uma briga, por isso vim a São Paulo, ele mora
aqui. Quero concertar as coisas.
Eu
o observo, meu coração pesa um pouco. Sempre fico assim quando o assunto é
família. Amo demais a minha.
Coloco-me
no lugar dele, não tenho um irmão, mas se tivesse, com toda a certeza me
magoaria muito ficar anos sem falar com ele.
-
Espero que vocês se resolvam. – digo batendo a mão no braço dele em sinal de
conforto.
-
É o que eu também espero.
As
portas do elevador se abrem e ele sai.
-
É o meu andar. Foi um prazer te conhecer Fernanda.
Ele
começa a andar quando o chamo.
-
Ei como você sabe o meu nome?
-
Você me disse. – sorri.
Franzo
o cenho.
-
Não eu não disse.
Ele
parece pensar.
-
Não? Então foi o Matias. Acho que ouvir ele te chamar de Fernanda.
-
Ah claro! – sou um sorriso amarelo pela minha paranóia.
-
Eu sou o Murilo. Foi um prazer conhecer você Fernanda.
Dou
um sorriso e aperto o botão do elevador. As portas se fecham e então subo para
o meu andar.
Marta
entra na minha sala com uma expressão ansiosa, largo os contratos que estava
lendo e a encaro.
-
Algum problema?
Ela
senta em uma cadeira a minha frente e entrelaça as mãos sobre o colo.
-
Bem eu estou grávida. –começa.
Coço
a barba e lhe dou um olhar carrancudo.
-
Eu sei.
Ela
sorri tímida e volta a falar.
-
Sr. Alexandre eu acho melhor falar de uma vez. Quero que seja padrinho do meu
bebe.
Cacete!
Parece
que uma bola de pelos está presa em minha garganta, tenho um ataque de tosse
incontrolável, levanto-me da cadeira e vou até a janela para me controlar.
Coloco a mão na barriga e em seguida no coração, começo a soar frio.
Viro-me
para a Marta e ela está em pé a poucos passos de mim.
-
Tudo bem Sr. Alexandre? Seu rosto está vermelho.
Caminho
pela sala por alguns instantes.
Puta merda por que
eu?
-
Desculpa, mas eu não posso aceitar. Qualquer seria melhor como padrinho.
-
Posso saber por quê? – ela parece um pouco decepcionada.
Passo
a mão pelos cabelos diversas vezes e volto a sentar na minha cadeira.
-
Marta eu não posso.
-
Tudo bem. – ela aceita fácil e eu respiro aliviado. – Então vou ter que chamar
o Ricardão para fazer par com a Nanda.
Como é que é?
-
Fernanda? Ela vai ser a madrinha? E quem é esse tal de Ricardão?! – pergunto
nervoso me levantando da cadeira abruptamente.
Marta
dá um sorriso cúmplice.
-
Ricardão é o meu irmão. Não queria que fosse ele, mas o senhor não me deixa
alternativa. – dá de ombros. – Ele é modelo, lindo de morrer, quase dois metros
de altura e ainda tem um tombo por loiras. – ela pisca pra mim.
Caralho!
Marta
começa a andar até a porta. Minha cabeça só pensa na minha Lindinha ao lado do Ricardão
no dia do batizado. Então as palavras saem da minha boca antes que eu consiga
detê-las.
-
Marta espera. – ela se vira com um irritante sorriso vitorioso. – Eu aceito ser
padrinho do bebe.
-
Eu sabia que o senhor tomaria a melhor decisão. – ela ri e eu cerro os olhos.
Quando
Marta sai da minha sala afrouxo o nó da gravata e desabo na cadeira.
Cacete!
Eu aceitei ser
padrinho de um bebe!
Assim
que cheguei à empresa enviei um SMS ao Alexandre avisando da minha chegada.
Antes que eu pegasse o elevador fui interceptada pela Marta que estava eufórica
para me contar uma notícia que segundo ela era a noticia do dia: O Alexandre
havia aceitar ser padrinho do bebe.
Tentei
tirar dela como conseguiu aquilo, a maluca não me contou. Também não me
importei estava feliz só por ele ter aceitado. Era um grande passo.
Na
empresa foi um corre-corre. No final do expediente o Alexandre me deixou em
casa e foi para a sua se arrumar para o jantar com os membros da diretoria.
Tomei
um banho, lavei os cabelos e os escovei em ondas. Coloquei praticamente a baixo
o meu guarda-roupa atrás de um vestido para usar. Optei por um verde de renda
tomara-que-caia, ele tinha uma pequena faixa preta para demarcar a cintura.
Calcei scarpins pretos e passei uma
maquiagem alegre.
Olhei-me
no espelho.
Eu
estava linda.
******
Encostei-me
no meio-fio no exato momento em que Alexandre parava o GMC Yukon Hybrid na
porta do meu prédio. Ele desceu do carro e veio ao meu encontro.
Ele
cheirava tão bem...
Puta que pariu e
estava lindo!
Ele
vestia um terno preto de belo corte e caimento e o seu cabelo estava daquela
maneira fodidamente sexy que eu amava.
-
Estou me tornando repetitivo, mas você está linda... – me olha atentamente.
-
Obrigada. – respondo corando.
Ele
leva uma mão até os meus cabelos e depois beija a minha testa.
-
Eu fico me perguntando onde você esteve durante a minha vida inteira Fernanda.
– ele murmura.
Meu
coração dá saltos olímpicos e três piruetas.
-
Isso realmente importa agora? Você me encontrou. Sou sua.
Alexandre
dá um sorriso capaz de humilhar a luz da lua.
-
Sim. Você é minha.
Fecho
os olhos e ele me beija apaixonadamente.
******
A
reunião seria na casa de uns dos diretores da empresa. Alexandre parou o carro
ao lado de muitos outros no pátio de uma mansão. Ele descansou as mãos no
volante e me fitou um tanto perturbado.
-
O que foi? – perguntei.
-
Fernanda eu acho melhor te avisar logo que a Rebeca vai estar lá dentro.
Tentei
ficar neutra, mas não consegui disfarçar a carranca.
-
Hum.
-
Ela é acionista, você sabe.
-
Sei. – respondo mexendo nas minhas unhas.
-
Você está chateada.
-
Eu vou ter que aturar aquela cobra dando em cima de você a noite inteira. O que
você acha?
Ele
segura em meu rosto e me obriga a encará-lo.
-
Ei, isso não vai acontecer. Vou ficar do seu lado a noite inteira.
-
Tudo bem. Vamos enfrentar isso juntos.
Seja o que Deus
quiser!
******
A
mansão era tão chique por dentro como por fora. Lá dentro, a maioria das
pessoas presentes eram da empresa, as desconhecidas eram acompanhantes, em sua
maioria esposas dos diretores ou acionistas. Alexandre entrou comigo de mãos
dadas, cumprimentamos juntos os nossos colegas e começamos uma conversa com um
grupo que estava próximo a uma das janelas.
Em
pouco tempo o meu mundo começou a ruir, Rebeca apareceu não sei de onde (acho
que do inferno) e se materializou ao lado do Alexandre. E o pior é que a
mocréia estava arrasadora em um vestido branco que denunciava como o seu corpo
tinha as curvas nos lugares certos.
-
Boa noite. – ela saudou.
O
grupo inteiro respondeu ao cumprimento, menos eu e o Alexandre. Rebeca me
encarou com um sorriso cínico e eu a fulminei com o olhar. A situação estava
desconfortável e todos perceberam, de um a um começaram a sair de fininho dando
as desculpas mais esfarrapadas do mundo. No fim ficou apenas nós três.
Alexandre
segurou forte a minha mão em sinal de apoio, eu respirei fundo.
-
Então quer dizer que você resolveu assumir o caso. – ela provocou como se eu
não estivesse presente.
-
Fernanda é minha namorada, não que isso seja da sua conta. – Alexandre respondeu
começando a me puxar para longe dela, mas a megera voltou a falar só que dessa
vez para mim.
-
Cuidado para não ser trocada ou passada para trás, mais cedo ou mais tarde ele
vai querer variar.
Dei
um passo na direção dela, mas o Alexandre me segurou colando a boca no meu
ouvido.
-
Não caia na provocação dela. Eu te amo. Lembre-se disso. – sussurrou.
Pela
expressão de dor da Rebeca tenho certeza que ela escutou o “eu te amo” do Alexandre.
Vi lágrimas brotarem em seus olhos e sorri olhando para ele. Acariciei seu
rosto e dei um selinho demorado em seus lábios.
Saímos
de perto dela rindo um para o outro. Essa era a nossa melhor resposta.
#ChupaRebeca
O
jantar foi servido em uma grande mesa. Fernanda se acomodou ao meu lado e
Rebeca a nossa frente. A situação estava péssima, Rebeca provocou Fernanda o
jantar inteiro soltando piadinhas e me encarando descaradamente, mas a Lindinha
tinha classe e fingiu não notar, entretanto por dentro ela estava pipocando.
Ao
perceber que provocar a Fernanda não iria surtir nenhum efeito Rebeca resolveu
me atacar por debaixo da mesa. O salto da sua sandália começou a passar por
minha perna e subir até a minha coxa.
Respirei
fundo tentando me acalmar. Fitei-a com um olhar ameaçador que exigia que ela parasse
com aquilo imediatamente, em resposta ela apenas sorriu.
Quando
o salto da sandália dela chegou ao meu pau eu não aguentei, dei um pulo da
cadeira contrariado e Fernanda me encarou questionadora.
-
Algo errado?
-
Eu preciso fazer uma ligação. – disse me levantando.
-
Pode usar o meu escritório Alexandre para falar ao telefone, ficará mais
confortável. – ofereceu o anfitrião. – É só seguir por este corredor e entrar
na terceira porta a direita.
-
Obrigado. – agradeci e me abaixei para sussurrar no ouvido da Fernanda. – Eu
volto logo. Prometo.
******
O
escritório era confortável e eu pude me acalmar, teria que explicar a Fernanda
o motivo de ter abandonado o jantar. Não iria mentir para ela. Nunca.
Já
estava me preparando para sair quando a porta do escritório abriu e a Rebeca
entrou com um sorriso que eu conhecia bem.
-
O que você veio fazer aqui? – perguntei a queima roupa deixando-a perceber o
quanto eu estava puto.
-
Eu entendi o seu sinal Baby...
-
Sinal? Que sinal?
Ela
andou até mim e parou a poucos passos.
-
Você se levantou da mesa, deixou a namoradinha sozinha e veio para cá. – ela
passou a mão pelos cabelos e me olhou sem nenhum pudor. – Você queria ficar
sozinho comigo.
Fitei-a
incrédulo e ela continuou.
-
Eu te deixei duro não deixei. Sei que sim... Lembra de quando estávamos juntos
na cama? Você ficava louco.
Tive
nojo ao ouvir suas palavras, era aquilo a única coisa que a mulher a minha
frente despertava em mim. Passei por ela e segui em direção a porta, mas ela
interceptou a minha passagem.
- Sai. – mandei furioso.
- Baby eu te amo, seria capaz de tudo
por você, volta pra mim. – implorou se aproximando.
Dei alguns passos para trás.
- Pelo amor de Deus Rebeca! Cadê o
seu amor próprio? Eu amo a Fernanda e é com ela que eu vou ficar!
Ela cambaleou para trás com as
minhas palavras.
- Mentira. Você acha que a ama, mas
é a mim que você quer!
- Você é louca! – disse tentando
passar.
- Eu vendo as minhas ações para
você! – ela declara e eu paro.
- O que?
- Se você quer ficar com ela eu
vendo as minhas ações e te deixo em paz.
Eu fico atordoado com a chance de me
livrar dela.
- Você está falando sério? – ergo
uma sobrancelha desconfiado.
- Estou. Isso se você estiver
disposto a pagar o preço que eu exigir. – seus olhos sobem e descem pelo meu corpo.
- Quanto você quer?
- Eu não quero dinheiro Baby. – fico
confuso e ela volta a falar só que agora mais perto de mim. – Uma noite
Alexandre, é tudo o que peço.
Dou um sorriso sem humor.
- Você precisa se tratar. – tento
passar de novo, mas desta vez ela me agarra colando o corpo no meu.
- Fica comigo uma noite, por favor.
Depois passo as ações para o seu nome e prometo que a Fernanda nunca ficará
sabendo. – implora desesperada segurando o meu pescoço.
- Me solta Rebeca! – grito tentando
arrancá-la de cima de mim quando o inevitável acontece.
Rebeca cola a boca na minha.
Quando o jantar acabou todos fomos
para a sala. Um dos diretores me envolveu em uma conversa sobre
empreendedorismo e me distraiu. Assim que ele finalmente resolveu me dar
descanso passei os olhos pela sala à procura do Alexandre, ele ainda não havia
voltado. Estava começando a ficar preocupada. Desde que saí da mesa também não
vi mais a Rebeca.
Um pensamento passa por minha cabeça
e eu o apago no mesmo instante.
Calma
Fernanda! Não está acontecendo nada...
Resolvo esperar. Em poucos instantes
o Alexandre voltará para o meu lado.
Alguns minutos passam, na verdade eu
acho que não passou nem trinta segundos, e as pessoas estão distraídas. Não
consigo me controlar, caminho em direção a sala de jantar e começo a andar pelo
mesmo corredor em que vi o Alexandre sumir.
******
Para na porta do que acredito ser o
escritório. Coloco a mão na maçaneta e empaco. Eu deveria confiar no Alexandre
e voltar para a sala. Sim é isso que eu deveria fazer. Dou um passo para trás
quando escuto algumas vozes alteradas. Reconheço as duas e minha cabeça dá um
nó. Abro a porta com tudo e entro.
Rebeca beijava o Alexandre na boca.
Uma dor dilacera o meu coração.
Ele a empurra para longe e no mesmo
instante me avista. Eu me viro para ir embora, mas ele me alcança e puxa o meu
braço.
- Fernanda eu posso explicar. – diz
com um medo evidente na voz.
- Pode? – inquiri irônica.
- Ela me agarrou eu juro! E no exato
momento em que a empurrei você entrou.
- Eu te agarrei? – Rebeca gargalha.
– Não foi o que pareceu quando você estava me apalpando Baby...
Encaro Rebeca e Alexandre me olha
com pavor.
- Lindinha olha pra mim. – ele pede
e eu obedeço. – É mentira dela... Diz pra mim que você não acredita. Diz.
Eu não consigo dizer nada. A cena
dos dois juntos dá voltas em minha cabeça.
- Eu te disse que ele gosta de
variar. Os homens são todos iguais... – Rebeca provoca.
- Cala a boca. – exijo em um tom
baixo, porém mortal.
Ela abre o sorriso Colgate.
- Ele não te ama querida, é a mim
que ele quer. Não acredite nas juras de amor dele, são todas falsas.
- Cala a porra da boca. – falo um
pouco mais alto, já perdendo a paciência.
- Eu não me importo de ser a amante.
É até melhor... Ou quem sabe podíamos nos divertir nós três, que tal? Eu
poderia te ensinar alguns truques... Aposto que ele não solta com você aqueles
gemidos que soltava comigo quando eu chupava o pa...
- CALA A BOCA!!! – gritei
descontrolada enquanto desferi um tapa forte no rosto dela.
- Você é louca?! – ela gritou
colocando a mão no rosto.
- Você ainda não me viu louca, mas
vai ver agora!
Eu não sei o que deu em mim e nem
quero saber se meu corpo foi tomado por algum espírito malévolo, eu só quero
fazer a raiva passar, eu preciso bater em alguém, tirar sangue.
Avanço na lacraia e fecho as duas
mãos nos cabelos dela, Rebeca grita, mas não paro até arrancar uma boa
quantidade de fios. Caímos no chão e subo em cima dela dando uns bons tabefes
naquela cara de pau.
- Sai de cima de mim sua puta!
- Cala a boca e se prepara pra
apanhar!
E eu bati, bati pra caralho.
Bati pelo Alexandre, por mim, por
você e pela torcida do Brasil. Minha mão estava coçando e não era de hoje, ela
se esperneava enquanto eu a fazia sentia o peso da minha mão.
Admito.
Deixei
a Lindinha bater na Rebeca. Ela merecia.
Rebeca
era mais alta e parecia ser mais forte que a Fernanda, mas não teve chances.
Assim que achei que Rebeca já tinha apanhado o suficiente tirei Fernanda de
cima dela, o que não foi nada fácil.
-
Me solta Alexandre! Me solta ou vai sobrar pra você! – ela gritou chutando as
pernas no ar.
-
Fernanda já chega! Ela já teve o que mereceu!
Devido
aos gritos muitas pessoas entraram na sala, eu segurava uma Fernanda possessa
enquanto dois homens foram levantar a Rebeca.
Cacete!
O
cabelo da Rebeca estava tão bagunçado quanto um ninho de passarinho e as marcas
dos dedos da Fernanda estavam em seu rosto por toda a parte.
-
Eu vou te processar por lesão corporal sua puta! Olha o que você fez comigo!
-
Foi pouco! – Fernanda falou sem fôlego. – Chega perto dele de novo que arranco
seus olhos!
Rebeca
quis partir pra cima da Fernanda, mas foi segurada e retirada de dentro do
escritório. Fernanda desabou em uma cadeira e eu pedi educadamente que as
pessoas nos deixassem a sós.
Amanhã com toda a
certeza esse vai ser o assunto da empresa.
Cacete!
Agachei-me
próximo a Fernanda e a encarei, ela tinha um arranhão no rosto.
-
Você está bem?
Ela
me fitou magoada e um medo percorreu o meu corpo.
-
Rebeca me agarrou Fernanda. Acredita em mim.
-
Não foi isso que ela falou. – sibilou.
Dei
um suspiro pesado e passei as mãos pelos cabelos.
-
Ela mentiu. Saí da mesa porque ela estava passando o salto da sandália na minha
perna, não me senti bem com aquilo. Vim para cá e já estava voltando para você
quando ela entrou dizendo um monte de merda, depois propôs vender as ações em
troca de uma noite de sexo, eu recusei é claro. Então ela me agarrou, eu a
empurrei e você entrou.
Fernanda
se levantou da cadeira e deu as costas para mim.
-
Será que foi isso mesmo? Quem me garante que você ainda não gosta dela! Ela
estava com a boca grudada na sua! – explodiu voltando a me fitar.
-
Eu amo você. Como você pode me acusar de gostar dela? Não vou levar o que você
disse em consideração, você está nervosa e magoada.
Ela
abaixou a cabeça e eu voltei a falar.
-
Eu sou seu de corpo, alma e coração Fernanda. Você não tem ideia de todos os
medos e promessas que passei por cima pra ficar com você. Mas eu acredito que
valeu a pena, eu tenho fé em nós dois, tenho fé no seu caráter, tenho fé no que
você me diz.
Ela
me fitou como se só agora estivesse me escutando realmente.
-
Eu nunca seria capaz de fazer nada para magoar você. Só gostaria que soubesse
disso.
Ela
suspira e vem ao meu encontro, puxo-a para os meus braços e descanso o queixo
em sua cabeça.
-
Eu acredito em você. – sussurra.
Solto
o ar preso em meus pulmões, por um momento pensei que ela não acreditaria em
mim.
Ela
me encara depois de um tempo e um sorriso escapa dos meus lábios.
-
Adorei te ver batendo na Rebeca. Foi cada tapão. Nunca te vi assim.
-
Ela me provou ficou dizendo aquelas coisas, falando que você gemia quando
ela...
-
Para. – a interrompi. – Isso é passado. A única mulher que desejo e quero estar é você. – declaro apaixonado.
-
Me leva pra casa? Eu não quero ficar nem mais um minuto aqui. – pede fazendo
beicinho.
- Tudo o que você quiser
meu amor.
9 comentários:
Fernanda fez o aquilo que muito gente teve vontade, de dar na cara Cobreca.����������
Vontade de colocar a Nanda e Alexandre em potinho ♥♥ taca lhe pau Fernanda #UFC #TeamFernanda ��������������
É, a mão dela pesou, ela bateu por todas nós. Hahaha
Você quer colocar a Nanda e o Alexandre em um potinho? É para guardar? rsrs Que fofa gente *------*
Rachei aqui com o #UFC #TeamFernanda
Hahahahaha
Ameiii....
Fico mega feliz que tenha gostado! É tudo feito com muito carinho para vocês...
Que delícia esses esses tapas que a Nanda deu na Rebecca estava passando da hora kkk adorei ve o Alexandre deixar ela dá umas pifas kkkk me senti batendo junto. ..so que agora estou com medo da Rebecca aprontar. ..eo irmão do Alexandre que alugou o apartamento tô até vendo a bagunça que eles vão aprontar com a Nanda. . Me sentido super ansiosa para o próximo capítulo. ...
Oh Regina e ela vai aprontar viu... a hora está quase chegando.
P.S.: Você tem uma família linda! Parabéns! :)
Obrigada♥♥♥
Não me canso de ler é tão bom presenciar a Rebeca apanhar kkk mas se eu fosse a Nanda fecharia o punho na hora de bater, e quem sabe dar um passeio com a cara da Rebeca pela mesa, no chão, na parede, e quem sabe o teto, logico tudo isso segurando bem firme o cabelo dela né, afinal "não" queremos que aconteça nada de errado com a cobreca da Rebeca. kkk
Já que estou aqui quando sai o próximo capitulo de Rendinha e Lançados pelo amor?
Rendida hoje, Laçados pelo amor acho que no final de semana...
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