A derrocada caminha lado a lado com uma grande vitória (Parte II)
Murilo
estaciona o carro do outro lado da rua e olhamos juntos para a porta da
empresa, bebo o último gole do meu café e jogo o copo descartável na lixeira do
carro.
-
Acho melhor pegar a vadia no final do expediente, é o horário com menos movimentação,
normalmente ela sai mais tarde. – pondero o fitando através das lentes dos meus
óculos escuros.
-
E você quer que eu fique o dia inteiro aqui? – ele indaga me olhando como se eu
fosse louca.
-
Murilo o que eu quero é que você suma com aquela loira aguada! – exijo.
Ele
me olha furioso e coloca o dedo na minha cara.
-
Eu sou vou fazer isso porque eu quero a Fernanda e não porque você está
mandado.
Bato
a minha mão no dedo dele.
-
Pouco me interessa, só suma com a vadia.
Abro
a porta do carro e saio.
- Ela acaba de
entrar na empresa Sr. McConaughey. – o delegado
Garcia me informa por celular. – Veio de
carona com o seu irmão e ele não foi embora, o carro permanece estacionado do
outro lado da rua. Pela minha experiência eu diria que ele está de tocaia.
Um
arrepio percorreu meu corpo e só um nome vem a minha cabeça: Fernanda.
-
Miserável! – bato com o punho fechado na parede mais próxima. – Ele quer pegar
a Fernanda delegado!
- Querer e poder
são duas coisas completamente diferentes. Alguns dos meus homens ficarão aqui
embaixo de vigia, saberemos de cada passo que ele der, eu subirei para
acompanhar juntamente com o resto da equipe o seu plano. Concentre-se apenas
nisso Sr. McConaughey, a garota está dentro da empresa e está segura.
Para
mim o único lugar que manteria a Fernanda realmente segura seria dentro do meu
abraço, bem pertinho do meu coração.
Coço
a cabeça tentando manter a lembrança dela longe, pelo menos até tudo isso
acabar. Com a Fernanda na cabeça eu não conseguirei fazer o que planejei.
-
Tudo bem. – tento soar natural. – Só o mantenha longe dela, é tudo o que lhe
peço.
- Nada ira
acontecer a ela, dou a minha palavra. – aquilo me
tranquiliza, pelo menos um pouco. – Está
pronto para começar?
-
Estou. – afirmo e desligo.
Viro-me
para entrar na minha sala e estaco ao ver a Marta sentada a sua mesa, pela sua
expressão é claro que havia ouvido a minha conversa. Ela se levanta com as mãos
na cintura e para na minha frente.
-
Você vai ter que me explicar o que está acontecendo agora! Eu estou grávida!
Não posso passar nervosismo. – Marta dramatiza e eu respiro fundo.
-
Não dá tempo de explicar tudo agora Marta, só confie em mim.
-
Quem quer pegar a Nanda?!
-
O Murilo, ele está lá embaixo dentro de um car...
Ela
passa por mim em direção ao elevador.
-
Tenho que avisar a Fernanda agora!
Puxo-a
pelo braço e a viro para que me encare.
-
Escuta Marta. Pelo amor de Deus só me escuta. – ela assente. – A policia está
na empresa, tem homens lá fora acompanhando cada passo do Murilo. Meu plano
será posto em pratica agora e eu não preciso que você saia desesperada por aí e
estrague tudo.
-
E o que você precisa que eu faça? – ela me olha como se fosse uma espiã.
Oh Pai! Marta pensa
que isso aqui é um filme de ação...
Corro
as mãos pelos cabelos e encaro a minha secretária maluca, eu realmente preciso
que ela me faça um favor antes de me deixar sozinho.
-
Entre em contato com a Rebeca, ela já chegou à empresa, mande-a vim até a minha
sala. Você vai ficar aqui até ela chegar, depois disso quero que desça para o
saguão e fique por lá até segunda ordem e mais uma coisa, nem um pio sobre isso
com ninguém.
-
Você quer ficar sozinho com ela? Por quê?
-
Marta só faz o que lhe pedi, por favor. – suplico.
-
Tá bom. – ela revira os olhos.
-
Ele quer falar comigo na sala dele? – pergunto outra vez a secretária enxerida
do Alexandre. – Sobre o que?
- E como é que eu
vou saber? – indaga petulante.
Todas
as vezes que entrei na sala do Alexandre fui expulsa, agora ele exigia a minha
presença lá? Aquilo estava estranho...
-
Diga a ele que vou. – falo e em seguida desligo na cara daquela abelhuda.
Levanto-me
e vou até o pequeno banheiro daquele cubículo que é a minha sala. Olho-me no
espelho retocando o batom rosa nos lábios, concerto as alças do meu vestido
florido e tento domar alguns fios de cabelo que teimam em sair do meu coque
frouxo. Agora sim estava pronta, saio do banheiro e pego a minha bolsa em cima
da mesa.
Estou curiosíssima
para saber o que o Alexandre quer...
-
Fernanda ele não iria querer que você ficasse. – Dr. Tomas tenta me convencer a
sair dali.
Olho
para um dos monitores que transmitem imagens da sala do Alexandre. Ele acaba de
entrar e anda de um lado para o outro correndo as mãos pelos cabelos diversas
vezes. Ele está uma pilha de nervos.
Então
eu sei que preciso ficar, mordo os lábios e encaro o Dr. Tomas.
-
Não me obrigue a ir embora. – peço em desespero. – Me deixa ficar, prometo me
sentar quietinha no safa e não atrapalhar.
Ele
me fita, a dúvida pairando em seus olhos.
-
Você sabe que pode ver ou ouvir coisas das quais não irá gostar, não sabe?
Engulo
em seco com o coração apertado.
-
Por favor, Dr. Tomas...
Ele
suspira.
-
Tudo bem Fernanda. Você pode ficar.
******
Estou
sentada em um dos sofás, daqui tenho uma visão privilegiada de um dos
monitores. Vejo quando Marta entra na sala do Alexandre e o avisa que a Rebeca
está vindo, ele a pede para deixá-la entrar assim que chegar, Marta assente e
sai o deixando novamente sozinho.
Mesmo
o observando através de um monitor eu podia sentir o calor que emanava dele.
Alexandre estava impecável em um terno negro, a camisa branca por baixo do
blazer contrastava perfeitamente com a gravata listrada em tons preto, branco e
cinza. O cabelo estava um pouco grande, mas contidos perfeitamente por um gel e
a barba... ah a barba... ele nunca abria mão dela e devo admitir que a amava
também, principalmente quando ele a usava para fazer cócegas em meu pescoço. Um
simples carinho do qual eu sentia muita falta e tinha medo... muito medo de
nunca mais receber.
As
portas do elevador se abrem e eu saio caminhando ativamente até a mesa da
secretária do Alexandre. Ela me dá um sorriso mais falso que nota de três reais
e eu retribuo com outro tão falso quanto. Ela se levanta na certa para me levar
até a sala dele, mas a impeço com um gesto de mão.
-
Não precisa querida, sei o caminho perfeitamente.
-
Com toda a certeza sabe a julgar pela quantidade de vezes que ele te expulsou
de lá. – retruca com a voz pingando a ironia.
Fulmino-a
com o olhar e caminho duro até a sala do Alexandre. Nem me dou ao trabalho de
bater, abro a porta e entro. Ele está sentado a sua mesa mexendo no computador,
parece concentrado e diga-se de passagem está muito bonito.
Foco Rebeca, ele te
humilhou! Ele não te quer!
Reassumo
a postura firme no exato momento em que ele ergue a cabeça para me fitar, os
olhos verdes passam pelo meu corpo antes de se fixar em meu rosto com
seriedade.
Rebeca
acaba de entrar na sala do Alexandre e meu coração bate forte no peito. Para
meu desespero meu celular toca e chama a atenção de todos os policiais, fico
morta de vergonha com os olhares de reprovação que recebo, demoro a encontrá-lo
na bolsa.
Merda onde ele está?!
Achei!
Atendo
rapidamente e a voz da Marta sai desesperada do outro lado da linha.
- Nanda onde você
está?!
-
Na sala do Dr. Tomas. – cochicho o mais baixo que posso.
- Ela está aqui na
sala dele...
-
Eu sei.
- Sabe?! Como?!
-
Marta a sala do Alexandre está cheia de câmeras que estão sendo monitoradas por
policiais aqui no escritório do Dr. Tomas. O Alexandre vai tentar fazer a
Rebeca confessar o assassinato do Marcos.
- Como ele vai
fazer isso? – fico em silêncio e ela saca tudo.
– Ai meu Deus! Não me diz que ele vai
seduzir aquela piranha?!
Meu
coração se aperta.
-
Na verdade eu não sei direito o que ele irá fazer... – minha voz desponta fraqueza.
- Nanda eu estou
indo para aí! Não vou perder isso por nada!
-
Marta não vão te deixar entrar... – tento persuadi-la.
- Meu bem eu vou
entrar aí nem que seja a força... chego em alguns minutos, antes vou dar uma
passadinha no refeitório.
Franzo
o cenho.
Para que ela vai
passar no refeitório?
Balanço
a cabeça desistindo de tentar entender os repentes da Marta.
- Nanda?
– ela chama em tom confidente tirando-me de minhas divagações.
-
Oi.
- Tem algum
policial fortão aí?
Reviro
os olhos e acabo olhando em volta.
-
Têm muitos. – digo por fim. – Parece que músculos é o requisito principal para
se trabalhar como policial civil.
- TO CHEGANDOOO!
– ela grita antes de desligar.
Não
contenho um sorriso, mas ele morre quando volto a olhar para o monitor. Nenhum
dos policiais fortões aqui presentes é capaz de prender a minha atenção, apenas
o homem de intensos olhos verdes que acaba de se levantar de sua mesa e parar
bem próximo da Cobreca.
Alexandre
se levanta e vem ao meu encontro, tento não babar por ele quando para bem
pertinho de mim. Dou um sorriso aberto e pouso as mãos no seu peito firme.
Espero por seu afastamento, mas ele permanece. O que não deixa de me
surpreender.
-
Mandou me chamar Baby? – pergunto sedutora.
Ele
me puxa pelo braço muito furioso.
-
Há quanto tempo você e o Murilo estão armando para mim? – a pergunta dele me
pega desprevenida. – Você nunca se arrependeu de verdade não é? Você estava com
ele esse tempo todo! Qual era o golpe dessa vez? Me seduzir e depois voltar a
me roubar juntamente com o seu amante! Ou devo dizer com os seus amantes? – ele
parece colérico. – Afinal não podemos nos esquecer do Marcos não é mesmo?
Engulo
em seco e me desvencilho dele. Tento sair pela porta, mas ele me puxa pelo
braço até a sua mesa e me joga na cadeira em que estava sentado. Paraliso
quando vejo o rosto do Marcos congelado na tela do computador do Alexandre.
O que é aquilo? Um
vídeo?
Alexandre
fica atrás da cadeira e se inclina para sussurrar no meu ouvido.
-
Vamos ver juntinhos? – pergunta e então dá o play.
Pude
sentir o medo emanando do corpo dela quando o Marcos começou a falar. Aquele
não era o vídeo na integra, eu havia cortado algumas partes para que o meu
plano desse certo. Cortei o inicio, então o vídeo já começa com o Marcos dizendo
como conheceu a Rebeca, tirei também a parte em que ele diz que ela e Murilo
são capazes até de matar e é claro que o final onde ele me aconselha sobre o
Murilo também foi retirado.
Você deve se
lembrar da nossa briga no estacionamento, você ficou nervozinho porque eu
resolvi tirar uma casquinha da Nanda. Confesso que exagerei um pouquinho, tinha
bebido e fiquei enciumado quando tive a confirmação de que vocês tinham um
caso. Tenho certeza que se você não tivesse atravessado o meu caminho eu e a Nanda
estaríamos juntos, mas quem sou eu para competir com você?
Bom, mas voltemos a
Rebeca. Depois daquela briga os seguranças me jogaram na calçada e ela me
socorreu, me levou para casa e cuidou dos meus ferimentos que não foram poucos,
você tem um punho forte. Eu estava espumando de ódio de você e da Nanda e a
Rebeca me ofereceu uma grana para ajudá-la a separar vocês. Eu aceite, iria
ganhar um bom dinheiro e em troca a Nanda ficaria livre, sem contar que você me
demitiu no dia seguinte a nossa briga, então a proposta da Rebeca não poderia
ter vindo em melhor hora.
Eu e a Rebeca
ficamos bem íntimos... ela é aquele tipo de vagaba que sabe dar prazer a um
homem. Faz tudo o que você gosta sem reclamar e ainda pede bis. Tudo ia às mil
maravilhas, mas ai ela resolveu chamar o seu irmão para participar da
brincadeira. Rebeca me contou sobre o triângulo amoroso de vocês, desde as
armações dela para se casar até o caso dela com o Murilo.
Seu irmão se mudou
para o prédio da Fernanda com o objetivo de seduzi-la enquanto a Rebeca fazia o
mesmo com você, é claro que as investidas do Murilo não estavam surtindo efeito
porque a Nanda não é a Rebeca, mas parece que o cupido acertou em cheio o
coração do cara e ele ficou... digamos meio que
obcecado pela Fernanda.
Não sou um exemplo
de caráter, mas existem certos limites ultrapassáveis para mim, então resolvi
pular fora antes que as coisas começassem a dar errado. Pedi a Rebeca cem mil
para manter minha boca fechada. Caso ela não me pagasse eu detonaria ela para
você.
Resultado: a vadia
não me pagou e agora você sabe de tudo.
Escutei
todo o vídeo xingando mentalmente o filho da puta do Marcos. Mesmo depois de
morto aquele desgraçado me dava trabalho. O Murilo tinha razão desde o início,
Marcos havia nos detonado e o pior de tudo havia nos detonado para o Alexandre.
Merda e agora?!
-
Quando você recebeu isso? – pergunto controlando o meu tom de voz. Não podia
demonstrar medo. Não agora.
-
No mesmo dia em que peguei o Murilo beijando a Fernanda na porta da empresa. –
ele diz saindo de trás de mim e indo para frente da mesa.
Começo
a mexer no computador dele. Tenho que apagar aquele vídeo.
-
Nem preciso dizer que eu tenho uma copia não é Rebeca. – ele diz ao perceber o
que estou fazendo.
Merda! É claro que
ele tem uma copia!
Ergo-me
da cadeira com as pernas trêmulas e o encaro.
-
O Marcos está morto. – ele diz sem tirar os olhos de mim.
Abro
a baça surpresa.
Preciso ganhar
tempo. Para pensar como sairei dessa.
-
Morto? Como?
Ele
sorri sarcasticamente.
-
O corpo foi encontrado em um lago. Uma testemunha viu quando um carro parou na
frente do lago e um homem encapuzado desceu arrastando um saco até lá. Eu estou
sendo investigado! O carro que levou o corpo é da mesma cor e modelo do meu.
Ergo
a sobrancelha e dou de ombros.
-
Se está sendo investigado é porque tinha motivos...
-
Você também tinha, estava sendo ameaçada pelo Marcos. Cem mil pelo silêncio
dele. – Alexandre cruza os braços. – Se eu entregar esse vídeo para a polícia
as suspeitas cairão sobre você.
Franzo
o cenho.
-
Se você entregar? – dou uma risada. –
Ainda não entregou por quê?
O que há com ele?
Por que ainda não entregou aquele vídeo a polícia e me ferrou?
De
qualquer forma negarei até a morte, Marcos pode ter me complicado com este
vídeo, mas em nenhum momento diz que eu o matei.
Alexandre
me olha enigmático e então abaixa a cabeça.
-
Você nunca me amou de verdade não é Rebeca? – a pergunta é tão surpreendente
que me faz dar um passo para trás. – Sempre foi pelo dinheiro?
A
pergunta do Alexandre fica suspensa no ar, Rebeca o encara irresoluta. Meu
coração se comprime diante da cena, não sei o que ele planeja com aquela
mudança brusca de assunto, na verdade eu sei, ele está armando a teia, trazendo
o passado deles de volta. Não me sinto preparada para aquilo, mas preciso
estar.
Preciso confiar
nele.
Eu o amo e acredito
que ele ainda me ame também...
-
Olha eu preciso entrar aí dentro! – a voz alterada da Marta chama a atenção de
todos na sala.
Viro-me
para a porta e a vejo tentando passar pela mesma muralha de músculos que
interceptou a minha passagem, mas não é só isso o que assisto.
Tento
me recompor para descrever a cena que se desenrola, a Marta só pode ter pirado
na batatinha. Agora entendo perfeitamente o que ela queria fazer no refeitório.
Não creio...
Marta
fazia um verdadeiro malabarismo para equilibrar nas mãos uma bacia enorme de
pipoca, uma Coca-Cola de dois litros e um pacote de copos descartáveis.
Meu. Deus.
O que ela veio
fazer aqui? Assistir a um filme?!
-
Ninguém pode entrar na sala minha senhora. – o cara a impede de adentrar com o
próprio corpo.
Corro
até lá juntamente com o Dr. Tomas e outro homem que havia chegado há pouco.
Dr.
Tomas me disse que ele era o delegado que investigava o assassinato do Marcos.
-
Marta o que significa isso? – digo entredentes olhando para o que ela traz nas
mãos.
-
Nanda eu estou grávida, não posso passar por estes momentos tensos sem comer e
beber alguma coisa. – ela diz naturalmente.
-
Isso aqui não é sessão de cinema, é uma operação policial! – o delegado se
irrita colocando as mãos na cintura. – Queira se retirar, por favor.
Marta
fica indignada e eu sei que ela esta prestes a armar o maior barraco, então
resolvo interferir.
-
Por favor delegado, a deixe ficar. – toco no braço dele e faço a minha melhor
cara de pedinte.
-
Ela é secretária do Alexandre delegado. – Dr. Tomas intercede também.
-
Além de comadre! – Marta fala orgulhosa passando a mão na singela protuberância
de sua barriga. – Ele vai batizar o meu bebe.
Coloco
a mão na boca contendo um sorriso.
Marta...
Como não amar?
O
delegado solta um suspiro e revira os olhos.
-
Tudo bem, mas quero silêncio. Isso aqui não é brincadeira. – ele nos lança um
olhar daqueles tenebrosos que faz com que eu e Marta balancemos a cabeça em
concordância.
Aquela
pergunta do Alexandre me tirou totalmente do eixo.
-
Por que trazer isso logo agora? – indago me afastando.
-
Porque eu nunca entendi os seus motivos! Se era o Murilo que você queria porque
se casou comigo?!
-
Eu nunca quis o Murilo! – as palavras saem da minha boca sem que eu consiga ao
menos pensar. – Depois da perda do nosso bebe você estava distante e... e eu
acabei caindo na conversa dele.
-
Que bebe Rebeca?! – ele grita furioso. – Nunca teve bebe nenhum! Você mentiu
que estava grávida para que eu me casasse e depois armou com aquele malandro a
perda do bebe.
-
Tudo o que eu fiz foi com medo de te perder... Murilo só conseguiu a minha
ajuda no desfalque porque estava me chantageando!
Alexandre
se aproxima de mim, os olhos verdes em fúria.
-
Vocês continuam amantes?
Não
respondo então ele me puxa pelo braço com força.
-
Responde Rebeca!
O
encara em espanto...
Por que isso agora?
Seria... ciúmes?
Não
Rebeca! Para de ilusões!
-
E em que isso te interessa?! – me desvencilho em um gesto brusco. – Porque você
não vai correr atrás daquela loira aguada hein? – dou um sorriso sarcástico. – Você
não fez questão de dizer que a amava naquela manhã em que me humilhou?!
Subornei um dos seus porteiros, entrei no seu apartamento, você estava bêbado,
sofrendo porque ela não havia lhe contado sobre a inscrição e mesmo assim você
me rejeitou! Mas como é a vida não é mesmo? Você ficou inconsciente e
desmaiou... então eu te levei para cima, cuidei de você e em troca tive que te
escutar chamar pelo nome dela a noite inteira! Não aconteceu nada entre nós,
mas eu tive a minha recompensa, ter visto a cara daquela idiota quando me pegou
na sua casa, usando a sua camisa não tem preço no mundo que pague! Você
desesperado tentando se explicar foi patético! Eu sou muito mais mulher que
ela. – me aconchego a ele enlaçando o seu pescoço com meus braços. – Acho que
você escolheu errado Baby...
Ter
ouvido da boca da Rebeca o que eu já sabia só aumentou ainda mais a raiva que tenho
de mim mesma por ter caído naquela armadilha ridícula!
-
Você está bem? – Marta pergunta sentando mais próxima de mim no sofá...
Bebo
um gole do refrigerante que ela havia posto para mim em um copo e não tiro os
olhos do monitor um segundo sequer. Na verdade eu estava péssima! Rebeca acaba
de enlaçar o Alexandre pelo pescoço na maior piriguetagem.
Ah... piranha!
Marta
percebe o meu desconforto.
-
Nanda você não precisa ver isso. – ela diz com a boca cheia de pipoca. – Pode
fechar os olhos. Eu te aviso quando essas cenas constrangedoras tiverem
passado, ou melhor, foca em um desses policiais fortões porque isso aqui ta
melhor que filme americano... tem cada pão.
Dou
um sorriso e a encaro.
-
Acho que se a mãe do meu afilhado me oferecer sua mão para eu segurar vou
conseguir passar por isso com facilidade. – ela sorri e pega na minha mão.
-
Seja o que for que o Sr. Alexandre tiver que fazer com essa bruaca tenha em
mente que ele te ama... – ela me diz de forma doce.
-
Eu sei. – falo segura. – Ele é meu de corpo, alma e coração Marta.
Ela
assente orgulhosa de mim. Eu também estou.
A
minha vontade era de afastar a Rebeca para longe, mas eu não podia fazer isso,
pelo menos não ainda. Olho para a boca dela com um desejo mais do que fingido e
minha mão desce para a curva da sua cintura.
Rebeca
era linda, eu já fui alucinado por ela, principalmente quando se tratava de
sexo, mas hoje não consigo sentir mais nada além de indiferença.
Sinto
o clima entre nós mudar, a mão dele em minha cintura libera descargas elétricas
pelo meu corpo.
-
Por que simplesmente não consigo ficar livre de você? Por que não consigo te
denunciar para a polícia? – ele sussurra torturado.
-
Como assim? – pergunto confusa. Coração palpitando.
-
Eu não quero te ver presa. – ele revela me surpreendendo.
Toco
o rosto dele com delicadeza.
-
Por quê?
-
Eu não sei dizer... – ele parece confuso. – Mas eu também não posso pagar por
um crime que não cometi, o delegado parece ter absoluta certeza que fui eu, é
isso que você quer? Me ver na cadeia?
-
O que você quer que eu faça? – ergo uma sobrancelha.
-
Eu quero a verdade Rebeca. – ele é taxativo. – Você matou o Marcos?
O
clima na sala é pesado. Todos aguardam em silêncio a resposta da Cobreca. Marta
leva mais uma mão de pipoca a boca com os olhos vidrados no monitor, sua outra
mão está segura na minha.
-
Gente eu acho que ela não vai confessar! – Marta fala quebrando o silêncio.
O
delegado e os policiais a encaram com cara de poucos amigos e ela se encolhe no
sofá.
-
Marta fecha essa matraca. – sussurro entredentes.
Desvencilho-me
dele muito desconfiada.
-
Não eu não matei.
-
Então foi o Murilo? – ele pergunta.
-
Você acha que sou idiota Alexandre? Eu já saquei o seu jogo!
Ele
cruza os braços em ironia pura.
-
É mesmo? E qual é?
-
Você quer que eu fale algo que me comprometa para sair daqui correndo e ir para
a delegacia limpar a sua barra!
-
O vídeo que recebi do Marcos já é bastante comprometedor, se eu quisesse limpar
a minha barra era só o ter entregue ao delegado.
-
Então por que você está fazendo isso? Por que dar uma chance de defesa a uma
mulher que você diz odiar?!
Ele
me encosta na parede e segura o meu rosto entre as mãos.
-
Porque o fato de saber que você e o Murilo estão juntos de novo me fez ficar
com muito ódio, pensei que já houvesse superado, que não sentisse mais nada por
você, mas eu estava errado. Todos esses anos passei me enganando...
- Você está mentindo... – minha voz sai
ofegante devido a nossa proximidade.
-
Não eu não estou... – ele me olha nos olhos o fogo da paixão incendiando nos
dois. – Eu queria muito que fosse mentira, mas não é.
-
E a Fernanda? – pergunto testando a reação dele.
Ele
me fita, seu rosto não parece demonstrar nenhuma emoção.
-
Nós não temos mais nada, eu acho que me enganei em relação ao que eu sentia,
estava fugindo do que nunca deixei de sentir por você. – segreda.
Parecia
um sonho, uma parte de mim me dizia para não acreditar, mas outra já tinha
cedido a ele.
Eu o quero...
sempre quis!
-
Me beija Baby... – choramingo.
Por
um momento vacilei. Até onde eu estaria disposto a ir para arrancar uma
confissão daquela vagabunda?
Enquanto
o Murilo estivesse solto Fernanda não teria paz, ela era a bola da vez que ele
usaria para me atingir. O desgraçado estava lá embaixo só esperando uma
oportunidade. Então eu fechei os olhos e pedi perdão a Fernanda mentalmente
antes de encostar a minha boca na da Rebeca.
Esperei
muito tempo por aquele beijo. Eu não acreditava que ele havia atendido ao meu
apelo desejoso e me beijado. Minhas mãos afundaram no cabelo dele, pude sentir
o seu cheiro, a sua força e sua habilidade ao mesmo tempo.
Alexandre
era um homem completo e perfeito que estava neste exato momento em meus braços.
Encontrei certa resistência para invadir sua boca com a minha língua, mas
persistir até conseguir e só então gemi nos braços dele me derretendo
completamente. Quis intensificar, tocá-lo com ousadia, foi quando ele se
afastou e interrompeu o beijo.
-
Por que parou? Não estava bom? Senti tanta saudade... – tento puxá-lo, mas ele
resiste e me encara sedutor.
-
Nós vamos ter tempo para isso...
Dou
um sorriso deslizando meus dedos pelo peito dele.
-
Não me faça esperar muito.
-
Eu não vou. – ele segura minha mão com força e me olha sério. – Eu sei que você
matou o Marcos, mas eu não me importo, só quero que você saia do país Rebeca,
se ficar aqui poderá ser presa.
Pisco
os olhos algumas vezes.
-
Sair do país? Mas e você?
-
Eu vou ficar bebe. Provarei minha inocência. Só não quero que você seja
presa...
Meus
olhos lacrimejam e meu coração vai a mil.
-
Você me chamou de bebe... – dou um sorriso largo. – Pensei que nunca mais
ouviria isso de seus lábios.
Ele
dá um sorriso torto e aperta a minha cintura.
-
Prometa que irá para minha casa esta noite. – ele me pede rouco. – Eu preciso
me despedir de você.
-
Eu não vou embora Baby! – o abraço forte. – Não agora. Não depois desse beijo...
eu vou ficar com você!
Ele
me segura pelos braços e me obriga a encará-lo.
-
Se você ficar corre o risco da policia descobrir tudo, eu apagarei os vídeos,
mas ainda assim você corre riscos.
Ele ainda me ama...
ele ainda me quer. Terei que mudar meus planos, Alexandre não pode mais pagar
pelo assassinato do Marcos.
-
Eu não correrei riscos, nem você! Confie em mim meu amor...
Ele
fica preocupado.
-
O que você vai fazer?!
-
O Murilo. Ele sim merece ser preso Alexandre. Foi ele o culpado por nossa
separação... nada mais justo do que a culpa recair sobre ele. Podemos juntos
pensar em uma forma de ele pagar por tudo.
Alexandre
caminha pela sala um tanto incomodado.
-
Rebeca eu não posso fazer isso.
-
Claro que pode! Ele merece! Ele nos separou... a ideia de matar o Marcos foi
dele. – minto para convencê-lo. – Marcos estava me chantageando e eu não sabia
mais o que fazer, então ele teve a ideia de matá-lo. Murilo é muito persuasivo
e acabou me convencendo. – começo a chorar e me atiro nos braços dele. – Eu não
queria Baby, mas o Murilo disse que não tínhamos alternativa.
-
Não fique assim bebe. Eu estou aqui. Sei que tudo o que você fez foi por minha
culpa, você só queria o meu perdão... fui tão teimoso! – Alexandre afaga as
minhas costas. – Mas como vocês o mataram?
-
O levei para uma estrada deserta com o objetivo de entregar o dinheiro que ele
havia exigido, então abrimos um vinho para comemorar, Murilo havia posto veneno
na bebida, depois de beber Marcos começou a passar mal. Foi horrível Baby!
Estou tão arrependida...
-
Eu sei bebe... mas e depois o que aconteceu?
-
A ideia de colocar o crime nas suas costas também foi do Murilo, ele alugou um
carro idêntico ao seu, colocou o corpo em um saco e o arrastou até o lago. – o
encaro ainda chorando, sei que estava distorcendo tudo, mas eu não podia correr
o risco de contar a minha verdadeira participação e perder o Alexandre mais uma
vez. – Viu Baby... tudo foi culpa do Murilo. Ele merece pagar!
-
Gente que safada! – Marta se levanta indignada. – Ela está jogando a culpa
inteira em cima do cúmplice. Aposto que todas as ideias partiram dela!
Eu
não consigo esboçar nenhuma reação exceto a de puxar a Marta pelo braço para
que ela volte a se sentar no sofá. Ainda estou tentando digerir o beijo que o
Alexandre deu na Cobreca. Eu sei que aquilo fazia parte da encenação e que deve
ter sido bem mais difícil para ele, mas não tem como não sentir nada. Foi
doído.
-
Estou satisfeito. – o delegado diz se levantando. – Já ouvi o suficiente.
Alguns
policiais também se levantam. O delegado chama alguém pelo rádio e pede para
colocar em andamento a prisão do Murilo.
Olho
para a Marta.
-
Eles sabem onde ele está?
Marta
assente.
-
Mais cedo ouvi o Alexandre falando com o delegado por celular. Parece que o
Murilo está lá embaixo de tocaia esperando por você. Acho que ele quer te
sequestrar, o Sr. Alexandre ficou puto quando soube.
Um
calafrio assalta o meu corpo, uso meus braços para me proteger.
Marta
me abraça.
-
O Alexandre conseguiu Nanda, a megera confessou. Isso tudo está prestes a
acabar.
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Vocês duas fiquem aqui com o Dr. Tomas. Vamos finalizar a missão agora com a
prisão dos culpados. – o delegado manda antes de sair pela porta com mais
alguns policiais.
Caralho!
Onde
cacete está o delegado que ainda não entrou aqui para prender a Rebeca? Já
estou cansado de me controlar para não gritar toda vez que ela encosta a mão em
mim e ela fazia isso com frequência.
-
Baby vamos para a sua casa? – ela volta a envolver o meu pescoço com os braços.
– Depois de fazer amor com você tenho certeza que conseguirei pensar em uma
forma de nos livrar dessa situação e jogar toda a culpa pra cima do Murilo.
Só
em seus sonhos bebe.
-
Eu não posso sair agora Rebeca, tenho uma reunião. – dou um sorriso falso.
Ela
me olha com fome e desce a mão pelo meu peitoral.
-
Que tal fazermos aqui em sua sala? – sugere com uma voz pra lá de melosa. –
Quero que me prenda...
A
porta da minha sala é escancarada e o delegado entra a assustando.
-
Parece que seu sonho vai virar realidade. – sussurro em seu ouvido.
Ela
me encara sem entender e eu a afasto de mim.
-
Rebeca Ventura você está presa pelo assassinato de Marcos Alencar. – o delegado
se aproxima e mostra o distintivo.
Rebeca
avança em mim aos gritos.
-
Seu desgraçado você armou pra mim! Você mentiu!
Os policiais a seguram pelo braço e colocam as
algemas. Dou um sorriso quando ouço o som delas se fechando.
Ah... como sonhei
com isso sua vadia!
-
Aprendi que não se deve acreditar em tudo o que as pessoas falam Rebeca. – digo
irônico. – E veja só, foi você mesma que me ensinou isso.
-
Eu vou matar você seu bastardo! – ela gruni e se sacode tentando evitar que
seja arrastada para fora da minha sala pelos policiais.
-
Poxa Rebeca! Se você continuar assim não sairá viva da cadeia. – falo com falso
pesar. – Juntando os outros três assassinatos que você cometeu na Nova Zelândia
com o do Marcos, já são quatro.
Sua
expressão fica pálida.
-
Como... como...
-
Eu descobri? – dou um sorriso diabólico e ergo uma sobrancelha. – Não deveria
ter me subestimado Rebeca, eu avisei que iria foder com a sua vida, ah e só
para salientar tudo o que você disse aqui hoje foi gravado por câmeras.
Tirem-na daqui!
O
delegado assente e os policiais puxam uma Rebeca descontrolada para fora da
minha sala e o melhor de tudo da minha vida.
-
NÃOOOOOO!!! VOU ME FINGAR ALEXANDRE!! VOCÊ ME PAGA!! – ouço os seus gritos.
Acabou Rebeca.
Acabou...
Dr.
Tomas tem a expressão fechada e Marta sorri de um jeito nunca visto antes.
Assistimos a pouco a polícia arrastar a Rebeca para fora da sala do Alexandre,
meus olhos voltam a cair sobre o monitor que mostra o Alexandre caminhando até
a grande janela e encostando a cabeça no vidro, seus ombros estão caídos, o
corpo cansado.
Meu
coração que deveria estar aliviado se aperta de uma forma que nunca ocorreu
antes. Marta se levanta animada e me fita, seus olhos caem sobre o monitor
também.
-
Eu preciso ir lá Marta. – sussurro.
-
Nanda acho que agora é uma péssima hora. Vocês dois estão com a emoção à flor
da pele e ele parece péssimo, acaba de tirar um peso enorme das costas.
-
Ele precisa de mim... – a fito.
-
No momento acho que ele precisa ficar sozinho, a cabeça dele deve estar um turbilhão.
Dê tempo ao tempo. – ela sorri me
encorajando a fazer o mesmo. – Além do mais, temos algo inadiável para fazer
neste momento.
-
Tipo?
-
Ir lá para baixo assistir de camarote aquela quenga ser colocada na viatura. –
Marta solta uma risada maléfica e me puxa do sofá.
-
Eu vou com vocês! – Dr. Tomas diz se juntando a nós.
Uma
batida no vidro do carro me desperta, acabei pegando no sono sem querer. Abaixo
o vidro e aceno com a cabeça para o homem que havia batido, ele se inclina na
porta do carro e me encara.
-
Pô cara meu carro morreu e não quer pegar, tem como você descer para me dar uma
ajudazinha?
Eu
não quero ajudar, mas acabo concordando.
-
Tudo bem. Onde está o carro?
-
Logo ali atrás.
Assinto
e ele se afasta para que eu possa abrir a porta, é quando vejo o cabo de uma
arma escondido dentro da calça dele. Engulo em seco aquilo não me parece nada
bom.
Não
sei o por quê, acho que talvez seja o tal do sexto sentindo, mas olho para a
porta da empresa, Rebeca está saindo algemada e escoltada por polícias. Uma
multidão se aglomera para ver a cena mais de perto.
Merda isso só pode
querer dizer uma coisa... Ela caiu... descobriram tudo!
Ajo
rápido e ligo a chave na ignição, o homem que agora tenho certeza ser um policial
disfarçado de cidadão comum tenta me parar enfiando a mão dentro da janela do
meu carro. Por sorte sou mais rápido e consigo sair cantando pneus.
Merda!
Mesmo
algemada Cobreca não perdia a pose, sua prisão havia virado um espetáculo com
direito a plateia incluindo eu, Marta e Dr. Tomas. Rebeca passa na nossa frente
escoltada por policiais e para nos fulminando com o olhar.
-
Será que no xilindró onde você vai ficar o modelo de roupa é laranja ou preto e
branco? – Marta pergunta jocosa me fazendo morrer de rir.
Rebeca
bem que tenta avançar nela, mas os policiais a seguram firme pelo braço.
-
Sabe Rebeca eu poderia desejar que você apodrecesse na cadeia, mas acontece que
podre você já é. – alfineto e ela fica vermelha como se a qualquer momento
fosse explodir.
-
Acho melhor começar a rezar para que eu nunca saia de lá Fernanda... – ela
retruca com a voz tremula. – Porque se eu sair o seu nome será o primeiro da
minha lista do qual terei o prazer de riscar.
-
Você já carrega crimes demais nas costas Rebeca. – Dr. Tomas interfere e eu fico
sem entender a afirmação dele.
Os
policiais puxam a Rebeca a obrigando a voltar a andar, mas eu seguro em seu
braço.
-
Só mais uma coisa. – ela me encara e eu rodo a mão na cara dela com toda a
força do mundo. – Isso foi por aquele beijo no escritório. Agora podem levar
ela.
Rebeca
grita como uma louca e se sacoleja, os policiais então precisam pegá-la no colo
para que entre no camburão. Marta e eu gargalhamos muito.
Tudo
havia acabado. Rebeca saiu daqui presa e há essa hora o safado do Murilo também
já deve estar fazendo companhia a ela. Fecho os olhos e pego o meu celular
buscando o número da Fernanda. Eu preciso ouvir a voz dela, qualquer palavra
que ela diga me fará sentir melhor, me fará sentir vivo. Antes que eu consiga
fazer a chamada outra aparece na tela do celular.
-
Alô. – digo atendendo.
- Oi Sr.
McConaughey, é o delegado Garcia. – ele responde,
sua voz um pouco estranha.
-
Então delegado? Já pegaram o Murilo? – pergunto ansioso.
- Na verdade...
ainda não...
-
O que?! – exclamo contrariado.
- Ele percebeu a
operação e fugiu, cometemos um erro. Infelizmente saímos com a Rebeca do prédio
antes que a outra equipe o tivesse pego, como estava na rua de tocaia ele viu
tudo e fugiu no carro, mas não se preocupe, minha equipe está em perseguição ao
carro dele neste exato momento pelas ruas de São Paulo.
-
A mesma equipe incompetente que o deixou fugir? – pergunto indignado.
- Sr McConaughey
ele será pego ainda hoje! Eu garanto.
Reviro
os olhos e desligo o celular o jogando na parede.
Caralho!
Quando este
tormento terá fim realmente?
5 comentários:
Pelo jeito o Alexandre não terá paz ainda. E a Fernanda será a próxima vítima.
Tô amando está série ;3
Adoreiiiii. Lindo. Torcendo pela Fernanda e o alexandre
Adoreiiiii. Lindo. Torcendo pela Fernanda e o alexandre
Super ansiosa quando sai o próximo capítulo. ..
Meninas desculpe pelo sumiço durante a semana, é que estava escrevendo o episódio! To triste pelo fim que está chegando :(
Amo cada uma de vcs!
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