Ainda há esperança?
Houve
uma leve batida antes da Marta abrir a porta com um sorriso confiante, eu quis
muito ter pelo menos por esta noite um décimo da confiança dela. O Alexandre
veio logo atrás e puta que pariu ele estava lindo em uma camisa preta de manga
longa apertada e uma calça jeans azul marinho. Ele tinha a expressão cansada, a
barba e o cabelo estavam maiores do que o habitual.
Eu
respirei fundo quando ele me encarou sem nenhuma emoção no rosto bonito, mas o
que eu esperava?
-
É... eu acho que ouvi a voz do Sérgio me chamando. – Marta quebra o clima tenso
olhando de mim para o Alexandre. – Bom eu vou ver o que ele quer, mas vocês
podem ficar super à vontade. – ela ri nervosa.
Só
agora encaro a Marta e lhe dou um sorriso inseguro, ela está atrás do Alexandre
e antes de sair pela porta gesticula com os lábios um “vai com tudo garota”.
Alexandre
pigarreia quando Marta sai. Pelo menos não é só eu que estou em colapso, ele
também parece nervoso. Acho que tenho que agradecer por estar de cama, se eu
estivesse de pé já teria me esborrachado no chão.
-
Você parece bem. – ele comenta colocando as mãos nos bolsos da calça. – Marta
me disse que você acordou com uma febre alta.
Pisco
os olhos algumas vezes e abro a boca sem emitir nenhum som. Puta que pariu
pareço uma songamonga.
-
O médico veio aqui e passou alguns remédios. – enfim consigo fazer a minha boca
falar algo. – Já estou melhor. – dou um sorriso.
-
Que bom. – ele diz desviando o olhar do meu.
Eu
não sei o que me incomoda mais: a frieza dele ou a cordialidade forçada.
-
Por que você não senta um pouco? – pergunto.
Ele
se vira e pega uma cadeira do lado direito do quarto. Meu olhar cai em seu
bumbum e meu corpo esquenta. Eu já descrevi alguma vez aquela parte da anatomia
dele? Ok. Talvez eu precise de algumas horas para tal ato. Por hora posso falar
que é uma coisa gostosa de ver e de aperta. Ele se vira acabando com a minha
alegria e arrasta a cadeira próximo a cama, se senta e me dá sua total atenção.
Abaixo
a cabeça e brinco com minhas mãos travando uma batalha contra as lágrimas, eu
não posso chorar agora. Ergo a cabeça e encontro aqueles olhos verdes
matadores.
-
Eu nem sei por onde começar, mas eu acho que te pedir perdão é um bom começo. –
digo com a voz falha.
Ele
franze o cenho.
-
Pelo que?
-
Primeiramente por ter sido uma idiota e não ter ouvido as suas explicações
quando peguei a Rebeca no seu apartamento. Agora eu sei que não aconteceu nada.
Ele
me dá um sorriso frio.
-
Por quê? – me pergunta erguendo uma sobrancelha, mas antes que eu responda
volta a falar. – Nem precisa dizer, agora que você sabe que a Rebeca me traiu
com o meu irmão você acha que por esse motivo, só por esse motivo, eu não dormiria com ela.
Engulo
em seco e não respondo.
-
Não foi isso que não me fez tocar na Rebeca. – ele me olha furioso.
-
O que foi então? – pergunto em um fio de voz.
Alexandre
olha pra minha boca com um olhar faminto e respira fundo.
-
Eu acho que isso não tem mais nenhuma importância agora. – ele levanta da cadeira
e fica de costas pra mim, quando volta a me fitar seu olhar é mais frio que um iceberg. – Pelo menos agora você sabe
que eu não sou um filho da puta mentiroso.
Ele
joga as palavras que eu disse a ele naquela noite contra mim.
É... ele não vai
facilitar as coisas.
Encaramo-nos em uma guerra fria. Eu não vim
aqui para brigar, vim porque não iria conseguir dormir sem antes por os olhos
nela. No entanto, não tem como não lembrar de tudo toda vez que a fito. Não
consigo controlar a raiva e as palavras simplesmente saem.
A
expressão da Fernanda fica dura quando ela volta a falar.
-
Eu sei que eu errei, mas você não pode ficar me encarando como se eu fosse a
bruxa má. – ela se defende. – Você também errou. Por que nunca me contou nada
sobre o seu passado?! A lista de quantidades de coisas que poderiam ser
evitadas é quilométrica!
Cerro
o maxilar e a fulmino com o olhar. A dor vem a tona e eu estou cansado de
guardar toda essa merda pra mim.
-
E você deve achar que é a coisa mais fácil do mundo não é? – grito com ela. – Eu
não vou mentir pra você! Eu nunca quis te contar! Não queria que você soubesse!
Fernanda
apenas me encara surpresa.
-
Quando saí do Rio e vim para São Paulo, tudo o que aconteceu deixei para trás,
enterrei a cem palmos abaixo do chão. – olho para algum ponto fixo e em seguida
fecho os olhos. – O primeiro ano aqui foi bem difícil, tive que praticamente
reconstruir a empresa após o desfalque do Murilo e da Rebeca e tentar organizar
a minha vida que estava um caos. – abro os olhos e Fernanda está chorando, acho
que por mim. – Eu me sentia um lixo e tratava as mulheres como lixo também, mas
quando eu regressava para casa após uma noite regada a sexo não conseguia me
sentir melhor.
Ando
pelo quarto e corro as mãos pelos cabelos, Fernanda tem a respiração suspensa.
-
Com o tempo a dor da traição foi diminuindo, só restando à raiva. Eu fui
entendendo que foi melhor ter descoberto do que continuar a ser enganado e
roubado pelas costas achando que tinha uma esposa perfeita e um irmão amoroso.
– dou um sorriso de escárnio. – Eu achava que ninguém mais poderia fazer o novo
Alexandre de idiota, construí centenas de barreiras a minha volta e procurei
ficar longe de sentimentos, não precisava deles. Em minha opinião já tinha tudo
o que precisava, mas tudo mudou quando em uma manhã entrou em meu escritório
para uma entrevista de emprego uma loira bastante estabanada e confiante.
Meus
olhos encontram os dela.
-
Quando te contratei achei que me controlaria. Foram cinco meses de tortura e de
uma luta árdua para não me enterrar dentro de você, mas o desejo venceu. Ficar contigo
havia virado uma questão de saúde mental, ou eu te comia de uma vez ou
enlouqueceria. – a respiração dela fica pesada. – Mas eu não consegui fazer
isso só uma vez não é? Tive que repetir várias e várias vezes e te abandonar
para entender que não era só uma foda gostosa. Encarar a realidade depois do
meu histórico foi horrível, eu estava irremediavelmente apaixonado e quando
percebi que eu nunca poderia ser o que você esperava eu quis mudar, eu quis ser
tudo para você. E eu achei que estava conseguindo até... até aquele dia no meu
apartamento.
-
Você foi tudo para mim... você é tudo
para mim. – ela me corta com uma expressão torturada.
Meus
olhos ardem e minha garganta aperta.
-
Eu sei que eu não sou.
-
Não! Você é. Alexandre o que eu disse... – ela desvia os olhos dos meus
envergonhada. – Eu só disse aquilo para te magoar.
Meus
olhos se escurecem.
-
Eu sei que foi horrível e cruel, mas eu não estava raciocinando direito. – ela
busca os meus olhos. – Me perdoa. – pede chorando.
-
Está querendo me dizer que você sabia onde doía e enfiou o dedo na ferida de
propósito? – pergunto ultrajado.
-
Estou. – sussurra.
-
Então o fato de eu não poder te dar filhos não te incomoda? – aperto os olhos
para ela.
Ela
morde os lábios.
-
Incomoda. – responde olhando para mim. – Mas isso não muda o que eu sinto por
você Alexandre, isso não muda o que tem aqui. – ela põe a mão no coração e eu
quase, eu disse quase acredito nela.
Mas
o grande problema não era acreditar que aquilo foi dito da boca para fora, o
grande problema era enfrentar o que estava claro para nós dois.
Eu e a Fernanda não
iríamos dar certo.
Poderia
ignorar aquilo e me atirar nos braços dela, mas o problema continuaria lá. Tentei
ignorar uma vez os problemas e isso não deu certo, pode demorar dez anos, mas
eles sempre retornam.
Eu
não suportaria outro relacionamento fadado ao fracasso.
Eu
não suportaria ver a Fernanda infeliz ao meu lado.
Eu
não suportaria ouvi-la jogar a inseminação na minha cara mais uma vez.
-
Nós não daremos certo Fernanda. – dou voz aos meus pensamentos e ela me olha
como se estivesse quebrada. – Eu acho que a melhor coisa que você pode fazer
agora, por nós dois, é ir para a Itália.
Que merda era
aquela que eu estava dizendo?
-
O que? – ela me olha incrédula. – Você está me mandando embora?
Olho
para baixo, não consigo sustentar o olhar dela.
-
Eu não tenho o poder de te mandar embora Fernanda, só disse que seria o melhor
para nós dois, principalmente para você. – a encaro.
Precisava
ficar longe dela, se eu continuasse a vê-la todos os dias não conseguiria
seguir adiante com aquilo, a arrastaria para a minha cama e de lá ela não
sairia nunca mais.
-
Desculpe contrariá-lo Sr. Alexandre, mas eu não vou para porra de viagem
nenhuma. – o tom de voz dela é irônico. – Eu vou ficar aqui. No Brasil.
Cerro
o maxilar.
-
A Marta disse que você ia.
-
Eu não vou mais. – retruca desafiante. – Você sabe o que eu queria fazer na sua
casa no dia em que encontrei a Rebeca lá? – ela me pergunta e eu faço que não
com a cabeça. – Eu fui lá só para te dizer que eu não queria ir para a Itália,
que o que eu queria realmente era morar com você.
Meu
coração para de bater.
-
Eu não vou atravessar o atlântico quando o que eu desejo está bem aqui. Na
minha frente. – nossos olhos se topam. – Eu te amo Alexandre. Eu não vou
desistir de você. De nós. Nunca.
Alexandre
corre as mãos pelos cabelos aflito, ele não pode ter falado sério quando disse
que achava melhor que eu fosse embora.
-
Eu tenho que ir Fernanda. – diz depois de um tempo.
-
Essa conversa ainda não terminou. – não iria deixá-lo sair daqui assim. – Eu
fui uma idiota com você, você está magoado, provavelmente me odeia agora, mas
não ouse dizer que não daremos certos! Nós estávamos dando muito certo antes da
Rebeca e do Murilo armar pra cima da gente!
-
Não foram as armações que separaram a gente Fernanda! – ele se exalta
caminhando até ao lado da cama. – Fomos nós dois! Nós não confiamos um no outro! Nós
os deixamos plantarem as desconfianças! Nós
não tínhamos um alicerce forte! Então eu posso sim dizer que isso não vai dar certo!
Agir
por impulso e me levantei da cama ficando cara a cara com ele. Estávamos
próximos, tão próximos que tive que conter a vontade de me atirar nos braços
dele.
-
Então olha pra mim. – sussurro. – Olha pra mim e diz que não daremos certo.
Alexandre
me encara por um tempo e queimo por dentro ao sentir seu olhar descer para o
meu corpo. Quando me levantei da cama para enfrentá-lo esqueci que eu não
vestia nada além de uma calcinha na parte de baixo.
Ele
deixou escapar um gemido e fechou as mãos em punho como se quisesse impedi-las
de me tocar, fui valente e me aproximei mais, ele hesitou.
-
E então? – persisto.
-
Não vai dar certo Fernanda. – responde em um tom seco. – É uma causa perdida, eu
acho que você merece alguém que... queira as mesmas coisas que você.
O
olhar que ele me dá quebra o meu coração em pedacinhos microscópicos. Sei que
ele fala aquilo baseado nas coisas horríveis que eu disse.
-
Alexandre... – choramingo tentando tocá-lo na face, mas antes que a minha mão
alcance o seu destino ele segura o meu pulso e se afasta.
-
É melhor assim.
Sento
na cama devastada.
-
Eu tenho que ir, já abusei demais da hospitalidade da Marta. Quero que você
fique aqui até eu resolver as coisas. – ele me encara indecifrável.
-
Eu acho que amanhã volto para o meu apartamento. – aviso voltando a me deitar e
me cobrir com o cobertor.
Ele
caminha até mim e senta na cama.
-
Eu preciso colocar a Rebeca e o Murilo na cadeia pelo assassinato do Marcos e
eu não vou consegui fazer isso se você não estiver segura Fernanda.
Deixo
um sorriso escapar dos meus lábios.
-
Você se importa.
Ele
me olha como se eu fosse louca.
-
É claro que eu me importo com você. – segura o meu rosto com ambas as mãos. –
Quando a Marta me contou que aquele desgraçado tentou te por a força no carro
dele eu quis me matar por ter te deixado sozinha com ele, naquele momento eu
pensava que você e ele estavam juntos. – sua voz é tomada pela dor.
-
Eu não sabia quem o Murilo era. – olho nos olhos dele e me derreto. – Pra mim
ele era um vizinho. Apenas isso.
-
Mas aposto que ele dava em cima de você. – Alexandre me olha acusador. – E você
nunca me contou.
Ele
tira as mãos do meu rosto.
-
Eu não queria que você armasse uma confusão e até aquele dia na porta da
empresa ele nunca tinha avançado o sinal vermelho. Ele me beijou a força!
-
Só rolou aquele beijo? – pergunta incomodado.
Engulo
em seco.
-
Houve um abraço no elevador. – ele cerra o maxilar. – Eu fiquei péssima depois
de ter pego a Rebeca no seu apartamento, estava aos prantos quando encontrei
com ele no elevador e ele me abraçou.
-
Desgraçado!
-
Mas foi só isso. – me apresso em dizer.
-
Ele é obcecado Fernanda e ele quer você porque sabe que eu... – Alexandre para
e fecha os olhos depois os abre e me fita. – Se o Murilo fizer algum mal para
você não sei o que sou capaz de fazer.
-
E se acontecer alguma coisa com você eu não vou conseguir viver. – retruco com
os olhos cheios de lágrimas. – Eles mataram o Marcos... e se eles tentarem
fazer o mesmo com você? Você disse para a Marta que tinha um plano. – seguro na
gola da camisa dele com força em um ato desesperado. – Deixa a polícia cuidar
disso Alexandre, por favor.
-
Eu não posso! Eles estão tentando colocar esse crime nas minhas costas, usaram
um carro idêntico ao meu para levar o corpo até o lago. Fora que você corre
perigo se o Murilo continuar a solta.
Temo
pela vida dele. Não posso nem imaginar em perdê-lo.
-
Eu estou te pedindo para deixar a polícia cuidar disso. – tento persuadi-lo
mais uma vez.
-
Eu sei me cuidar Fernanda, farei tudo dentro da lei e com a ajuda da polícia.
Não volte para o seu apartamento até tudo isso acabar, eu vou indo. – ele se
levanta da cama e eu o seguro pela mão.
-
Será que você pode ficar aqui até eu dormir? – peço e ele me olha surpreso. –
Eu estou com tanto medo... Por favor, prometo que durmo rápido.
Ele
me olha indeciso, eu sei que ele não quer ficar, mas eu preciso de uma chance
para provar que nós ainda podemos dar certo. Se não com palavras que seja com
ações.
Amaldiçoou-me
quando a deixo me puxar de volta para a cama. Sou fraco quando se trata da
Fernanda.
Sento
perto e ela se remexe colocando a cabeça no meu peito. Estou no automático e
ela percebe.
-
Tô com frio. – murmura. – Será que você pode me abraçar?
Solto
um gemido rouco.
-
Fernanda...
-
Eu gostava mais quando você me chamava de Lindinha. – ela me interrompe com uma
voz doce.
-
Você disse que não era mais a minha Lindinha. – retruco amargo.
-
É... eu disse. – ela levanta a cabeça e me encara triste. – Mais uma merda que
saiu da minha boca. Eu nunca vou me perdoar por ter dito aquilo pra você...
Desvio
os olhos dos dela.
-
Eu achei que você quisesse dormir.
-
Desculpa. – diz voltando a encostar a cabeça no meu peito.
Ela
se movimenta e acaba ficando de lado, acompanho o seu movimento e agora estamos
de conchinha. Tento ficar imóvel, mas minha mão toma vida própria e pousa na
cintura dela, me arrependo instantaneamente ao sentir o contato de sua pele
macia.
Fernanda
entrelaça as pernas nuas nas minhas e mesmo eu vestindo uma calça o calor do
seu corpo chega ao meu. Fecho os olhos e aperto os lábios me amaldiçoando
internamente.
Eu estou em uma
cama com a Fernanda e ela está vestindo apenas uma regata preta e uma calcinha.
Caralho!
Meu
pau acorda em sua melhor forma, ele parece conhecer de longe a presença dela.
Gemo de novo quando ela esfrega “inocentemente” a bunda na minha ereção.
-
Você tem algo no bolso? – murmura com uma voz entorpecida.
Fecho
os olhos contendo um palavrão.
-
Não. – respondo rouco.
- É que... eu estou sentindo algo bem duro
pressionar o meu bumbum. – fala com ar divertido.
Se
antes era uma suspeita agora eu tinha certeza: Fernanda estava me provocando na
cara dura.
Ela
se vira pra mim com um sorriso sexy naquela boca carnuda.
-
Por que você está me provocando desse jeito? – pergunto puto.
-
Porque nós podemos dar certo. É só
você querer.
-
Eu não quero. – rebato na esperança de que ela se afaste antes que eu cometa
uma loucura. – E você não quer dormir. – digo irônico tentando me levantar.
Ela
me segura pela camisa e me encara, no SOM o Ed Sheeran começa a cantar Kiss Me.
A batida sexy da música toma conta do ambiente e me embriaga. Agora não posso
mais responder por minhas ações, na música o Ed diz tudo o que eu quero naquele
momento, na verdade quando se trata de mim e da Fernanda ele sempre sabe o que
dizer.
Aproximo
minha boca da dela e meu coração está aos pulos.
-
Você não está jogando limpo. – murmuro rouco.
Ela
sorri e eu me perco.
-
Quando a assunto era esse você nunca jogou limpo comigo também.
Não
penso, ela está próxima demais, seguro em sua nuca e invado sua boca com a
minha língua.
Ela
geme.
Eu
gemo.
A
saudade aperta.
Nossas
línguas buscam uma a outra enquanto minhas mãos deslizam dos seus braços para a
sua cintura, trago-a para o meu colo e ela coloca uma perna de cada lado do meu
corpo suas mãos passeiam por minhas costas sobre o tecido da blusa. Meu pau
comprime na calça quando ela começa a se esfregar nele.
Subo
uma mão por dentro da sua blusa até encontrar um de seus seios.
Porra ela está sem
sutian!
Fernanda
choraminga quando aperto a esfera cheia em minha mão. Deslizo minha boca até o
seu pescoço em chupadas potentes, ela geme mais e aperta o meu pau sobre a
calça. Tremo por dentro, eu precisava de mais, não estava satisfeito.
Minhas
duas mãos voaram para a sua bunda e eu a deitei na cama, desci sua calcinha e
quando minha mão chegou a sua boceta meu mundo parou.
Fernanda estava
fodidamente melada.
-
Merda... você está tão molhada. – encarei-a.
Ela
me tocou no rosto com uma mão, a outra avançava para dentro da minha calça.
-
Faça amor comigo. – ela pede e aperta o meu pau.
Meus
olhos estão nos dela agora, ela me fita cheia de esperanças. Eu quero, quero
muito me enterrar em sua boceta até que ela desfaleça em meus braços, mas isso
não vai mudar nada do que eu disse a ela. Minha decisão já estava tomada.
Não vamos dar
certo.
Que
tipo de canalha eu seria se fizesse amor com ela e depois fosse embora? Amo a
Fernanda demais para tratá-la assim. Sinto vontade de chorar quando me levanto
da cama e me afasto dela. Passo as mãos pelos cabelos e ela me fita sem nada
entender.
-
Alexandre... – Fernanda se levanta e vem ao meu encontro. – Fica. Fica comigo.
Só
percebo que estou chorando quando sinto meu rosto úmido. Deus sabe o quanto eu
quero ficar com ela, mas não posso. É nesse momento que descubro o outro lado
do amor, a generosidade. Ali, agora, olhando para a razão da minha vida, vejo
que quero o melhor para ela. Quero a felicidade da Fernanda acima de tudo. Ela
teria que abrir mão do sonho de ser mãe e querer uma família para ficar comigo
e isso eu não poderia permitir.
-
Eu não posso. – digo já com a mão na maçaneta. – Eu não sou o seu felizes para
sempre.
-
O que você fez com ele? – Marta entra no quarto minutos depois do Alexandre
sair. – Ele passou por mim como um furacão... – ela para de falar quando me
olha. – Nanda você está chorando?
-
Ele desistiu da gente Marta... – soluço. – Desistiu porque acha que não é o
melhor para mim.
Ela
fica triste e se senta na cama me trazendo para os seus braços.
-
E ele está certo?
-
Não Marta. – murmuro. – Ele está errado.
Ela
me segura pelos ombros e me fita enxugando minhas lágrimas.
-
Então mostre isso pra ele. – ela sorri amável.
-
Como Marta?
-
Ninguém disse que seria fácil Nanda. Sei que você vai descobrir uma forma de
mostrar para o Alexandre que ele é o
melhor para você. Ainda há esperança.
Respiro
fundo e me acalmo.
-
Ele é um idiota arrogante e eu uma tonta lesada. – dou um sorriso. – Não há no
mundo duas pessoas mais perfeitas uma pra outra e eu vou mostrar isso a ele.
Marta
gargalha.
-
É assim que se fala garota! Aquele homem é seu. Disso eu não tenho dúvidas.
7 comentários:
Vai a luta pela felicidade Fernanda \o/
Torcendo pela Fernanda . que venha o proximo
Chorando mais a Nanda,força Nanda vcs vão ter o seu final felizes para sempre com ele o Ale♡♥♡♥♡♥♡♥♡♥
Meninas estou apaixonada pelo Alexandre... é incrível a evolução do personagem. Ele mudou tanto... está sendo lindo presenciar isso! Amanhã temos capítulo bônus do Alê! S2
Torcendo pela Fernanda . que venha o proximo
Ainda hoje sai um bônus!
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