O capítulo será dividido em dois. Estamos em um momento muito esperado e até eu fiquei afetada sofrendo de um bloqueio na escrita, essa semana a produção foi bem difícil. É obvio que eu não queria ter que dividir o capítulo, mas ou eu dividia ou não postava hoje.
Como palavra dada é palavra cumprida optei por dividir e postar a primeira parte hoje, a segunda sai até terça-feira. Espero que me entendam, afinal escrever é prazeroso, mas não é tão fácil. Os conflitos dos personagens são tão reais que você acaba sofrendo junto.
Gostaria de dedicar esse capítulo (Parte I e II) para os seres mais perfeitos da terra: AS MULHERES!! Parabéns para nós que temos diversas facetas em uma só: mãe, amiga, esposa, companheira e mulher...
Feliz dia da Mulher!
A derrocada caminha lado a lado com uma grande vitória (Parte I)
Saí
da sala do Alexandre um pouquinho sem eixo, na verdade a minha saída foi
estratégica, já havia dado a ele algo demais para pensar. Vi em seus olhos o
que ele teima tanto em lutar contra: nada é mais forte do que ele sente por
mim, do que sentimos um pelo outro.
Esperarei
as coisas se acalmarem, sei que está sendo difícil para ele também, Alexandre
anda carregando o mundo nas costas nos últimos dias tendo que lidar com uma
Cobreca-Assassina, um irmão psicótico e de quebra se preocupar com a minha
segurança. Eu no lugar dele já teria surtado.
Quando
entrei na minha sala o Dr. Tomas já me aguardava, desviei os olhos dos dele por
um breve instante. Agora com mais calma podia analisar a situação com clareza:
havia avançado nos cabelos da Rebeca em uma reunião da Diretoria e sido tirada
de lá nos ombros do dono da empresa.
Ok. Eu estava na
merda.
-
Foi uma reunião e tanto. – Dr. Tomas fala me observando por trás dos óculos de
grau.
Dou
um suspiro e entrelaço minhas mãos em um sinal puro de vergonha. Sei que ele
está decepcionado comigo, eu também estou, mas poxa eu simplesmente não consigo
aguentar calada as provocações da Rebeca!
-
O meu comportamento foi imperdoável. – engulo em seco. – Não deveria ter caído
nas provocações da Rebeca. Me desculpe, estou tão envergonhada.
Dr.
Tomas se apóia na mesa e fica pensativo por alguns instantes.
-
Fernanda você é brilhante e tem um futuro maravilhoso pela frente, mas no mundo
dos negócios é necessário se ter sangue frio para lidar com certas situações.
Não é a primeira vez que você e a Rebeca se engalfinham em um ambiente
profissional, teve o jantar na casa de um dos Diretores, não estava presente,
mas os boatos correm.
Cadê um saco de
papelão para por na cabeça quando a gente precisa?
-
Muitos concordarão com a Rebeca e me chamarão de velho gagá, mas apesar dos
pesares eu continuo firme na minha decisão de te apoiar para assumir o meu
lugar. – ele fala me deixando de boca aberta. – Aprendiz de Rambo ou não você é
a pessoa mais indicada para o cargo.
Aprendiz de Rambo?
Ele estava me zoando?!
Ok. Não precisa
responder...
-
Dr. Tomas o senhor me pegou totalmente de surpresa, fico muito feliz que confie
no meu trabalho a tal ponto, mas como já disse na sala de reuniões eu não posso
aceitar. Eu odeio concordar com a megera da Rebeca, mas ela tem razão quando
diz que muitos esperam uma promoção há anos enquanto eu...
-
Estou de olho em você desde que pós os pés nesta empresa Fernanda, venho te
treinando sem que perceba. – revela me surpreendendo. – Se não acredita em mim
olhe para o seu currículo: Graduação em Administração de Empresas, Especialização
em Gestão Comercial e Marketing e formação complementar em Marketing de
Relacionamento e Gestão Estratégica de Pessoas.
-
Dr. Tomas eu estou na empresa há menos de um ano...
-
E mostrou ser mais competente que meia dúzia de engravatados que conheço. – ele
me interrompe. – Fernanda eu iria esperar você voltar da Itália para fazer o
meu anuncio, por isso insisti tanto para que fizesse aquela inscrição, seria
mais uma experiência ao seu favor, mas você desistiu de ir, o que ocasionou na
antecipação dos meus planos.
Minha
cabeça estava um turbilhão, eu não poderia ficar no lugar do Dr. Tomas, ele era
insubstituível.
-
Eu não vou conseguir...
Ele
pega em minhas mãos.
-
Duvidar de si mesmo é uma coisa comum em pessoas criativas. Você é qualificada,
pretende desperdiçar todo o seu conhecimento trabalhando como secretária para
sempre?
É
claro que eu sonhava em trabalhar na minha área, saí de Ribeirão Bonito aos
dezoitos anos e estudei muito para isso, mas eu imaginava que isso aconteceria
um dia... não agora!
-
Não quero tomar o seu lugar. – sussurro e ele sorri para mim.
-
Mas você não está tomando, eu o estou passando para uma jovem competente e
determinada.
-
Uma jovem que não tem nem um décimo da sua experiência. – contraponho.
-
Experiência se adquire com o tempo. – ele diz com o seu jeito sábio. – Eu não
espero que você acerte sempre, pelo contrário, espero que você erre bastante e
aprenda com erros, porque é isso minha cara, que chamamos de experiência. Eu vou me aposentar, mas
você sempre poderá bater na minha porta para pedir conselhos, não quero me
afastar cem por cento dos negócios...
Dou
um sorriso triste.
-
Mesmo que eu concorde, duvido que depois da minha briga com a Rebeca alguém
apoiará a sua indicação.
-
Para mim o que vale é a competência e isso você tem de sobra. Vamos mostrar
juntos para a Diretoria que você é qualificada. – ele diz firme como se eu já
tivesse aceitado.
-
Eu ainda não aceitei. – lembro-o.
-
Mas vai é só o tempo de se acostumar com a ideia. – retruca para em seguida
entrar em sua sala.
Aperto em cumprimento a mão do detetive e indico a cadeira a minha
frente para que ele se sente, acomodo-me na minha e ficamos em silencio por um
tempo.
- Espero que tenha feito uma boa viagem. – comento educadamente
tentando não ir direto ao ponto, eu estava um poço de ansiedade.
Ele se remexe na cadeira antes de me responder.
- Com um voo com mais de dezessete horas é quase impossível, mas
são ofícios do trabalho. – dá um sorriso orgulhoso. – E por falar em
trabalho... – ele me entrega uma pasta com o nome “dossiê”
escrito em negrito. – Aqui está tudo o que descobri sobre sua ex-esposa.
Pego a pasta torcendo para que ele não perceba que estou tremendo,
mas duvido muito que algo passe despercebido perante seus olhos atentos.
- Será que você poderia dizer o que irei encontrar aqui? Por
telefone você mencionou três assassinatos. – digo um pouco rouco.
Ele toma uma respiração profunda antes de falar.
- Lembro que te mandei um e-mail...
- Sim, no e-mail você dizia que a Rebeca se envolveu com três
homens de meia idade, mas que todos estavam mortos. – o interrompo. – Mencionou
também ter conseguido um encontro com a filha de um deles.
Ele assente.
- Pois bem, a moça com quem me encontrei era filha do ultimo homem
com quem a Rebeca havia se relacionado. Ela me contou que depois da morte de
seu pai Rebeca sumiu de Auckland. No inicio a família acreditou que havia sido
um enfarto fulminante a causa da morte, todos os indícios levavam a crer nisso,
mas uma substancia misteriosa foi encontrada no sangue da vítima.
- Substância?
- Sim... pouco conhecida pela ciência, derivada de uma planta
nativa da Nova Zelândia, dessa planta faz-se um pó que se ingerido por humanos
leva a morte instantânea. A filha da vítima abriu então um inquérito junto à
polícia e eles passaram a investigar até que ficou comprovado o envenenamento,
a questão então passou a ser: quem foi capaz de tal ato?
Engulo em seco e o detetive continua.
- Membros da família foram averiguados inclusive a Rebeca que
passou a ser investigada e veja só, a polícia descobriu que os últimos dois
homens com quem ela tinha se envolvido haviam morrido em circunstancias
bastante parecidas com o último. A polícia começou a busca de mandado e
apreensão, mas nada da Rebeca. Até que eu entrei na história.
Franzo o cenho.
- Como assim?
- Veja bem Alexandre, eles tinham o que eu queria: informações
sobre o que a Rebeca havia feito nos últimos anos. E eu tinha o que eles
queriam: o paradeiro da Rebeca. Então fizemos uma troca.
Levanto da cadeira um tanto incomodado e vou até a janela. Como eu
pude me deixar enganar tanto pela Rebeca? Sei que não deveria, mas não consigo
não pensar nisso. Nós já fomos casados, dividimos a mesma cama droga! Como não
percebi os seus desvios de caráter antes de colocar uma aliança no seu dedo e
permiti que ela fodesse com a minha vida?!
- A polícia da Nova Zelândia deve acionar a policia brasileira a
qualquer momento. – avisou o detetive.
Viro-me para encará-lo.
- A Rebeca será presa amanhã, em uma operação policial aqui na
empresa.
Ele franze o cenho.
- Não estou entendendo...
- Assassinos nunca matam somente uma vez não é mesmo? – lhe ofereço
um sorriso sem humor. – Muita coisa aconteceu nas últimas semanas...
Dei ao detetive um breve resumo sobre o que aconteceu durante o
tempo em que esteve fora, sobre o meu passado ele já sabia, quando o contratei
tive que contar tudo para que ele pudesse fazer o seu trabalho.
******
- Acho melhor ligar para a polícia da Nova Zelândia e avisar sobre
isso, tenho certeza que todos podemos trabalhar juntos. – sugere o detetive no
final.
- É o melhor a se fazer, se a polícia da Nova Zelândia agir agora
o que planejamos para amanhã vai por água abaixo. – concordo.
- Vou ligar para eles. – avisa o detetive pegando o celular do
bolso.
- Faça melhor, chame-os para vim até aqui. – olho no relógio
contabilizando quantas horas faltam para acabar o expediente. – Daqui a mais ou
menos duas horas, é o horário que marquei com o delegado que está tratando do
ultimo assassinato da Rebeca.
Ele assente começando a discar os números.
******
A partida do detetive só me deixou mais ansioso, ele iria voltar à
empresa depois do expediente juntamente com a polícia da Nova Zelândia. Agora
só me restava comunicar ao Dr. Tomas que a sua sala amanhã viraria uma central
policial.
Pego o elevador e desço até o andar do Dr. Tomas, não contenho um
suspiro de alivio por a Fernanda não estar lá, não saberia mais de onde tirar
forças para não ceder aos apelos do meu coração. Dou uma leve batida na porta
da sala e a abro, Dr. Tomas está ao telefone e com um aceno me pede para
entrar. Entro e me sento a sua frente esperando que termine o seu telefonema,
ele conversa mais alguns minutos e enfim desliga.
- Então Alexandre? A que deve a honra? – me pergunta com um
sorriso.
Permaneço sério, centrado.
- Eu vou precisar da sua ajuda. – digo por fim.
Marta e eu saímos mais cedo da empresa, eu porque não estava
conseguindo me concentrar em nada depois dos últimos acontecimentos do dia e
Marta tinha sido dispensada pelo Alexandre. Estávamos no quarto de hospedes,
onde eu dormia. Deitadas na cama e mandando ver em uma panela de brigadeiro,
Marta disse que estava com desejo.
- Sei lá Nanda... acho que amanhã não será um dia qualquer... –
ela diz enfiando uma colherada na boca. – O Sr. Alexandre passou o resto da
tarde conversando com um homem estranho em sua sala e eu ouvi meio sem querer
que depois do expediente a policia iria para lá, ele que o cara ligasse para a
policia da Nova Zelândia para que ela não agisse senão o que ele tinha
planejado não iria da certo.
Encaro-a de boca aberta.
- Marta você estava escutando atrás da porta?
- Fernanda eu chamaria isso de coleta de informações. – ela da de
ombros. – Foi sem querer, pensei que ele estivesse sozinho e então abri a porta,
foi quando escutei a conversa, ao perceber que ele tinha companhia fechei
devagar, os dois estavam tão entretidos que não perceberam nada.
Começo a ficar nervosa.
- Marta isso está estranho... que história é essa de policia da
Nova Zelândia?
- Eu não sei... só escutei isso, depois tive que fechar a porta ou
eles perceberiam.
- Quando saí da sala do Alexandre ele falava ao telefone mandando
alguém ir até a empresa. – recordo-me.
- Então só pode ter sido o tal cara que conversava com ele. –
Marta junta as peças do quebra cabeça. – Eu acho maldade ficarmos de fora desse
fuzuê!
- Tenho medo do que ele esteja planejando...
- Seja o que for, amanhã saberemos.
- É claro que você pode usar a minha sala. – Dr. Tomas libera.
- Obrigado. Fora a policia e o detetive o senhor é o único que
sabe o que ocorrerá amanhã.
- Não precisa agradecer meu filho. Quando você trouxe a empresa
para São Paulo eu estava desempregado e você foi o único a me estender a mão. –
fala emocionado.
Dr. Tomas me conhecia desde a adolescência, ele era próximo do meu
pai e também o único que sempre soube do meu passado.
- O senhor é um dos o melhores Diretores Comerciais. – o elogio
com sinceridade. – Tive sorte dos outros empresários não terem percebido.
Ele sorri e depois toma uma expressão séria.
- A Fernanda sabe sobre esse plano?
- Ela só sabe que tenho um plano, não a quero metida nisso Dr.
Tomas. Já basta o Murilo atrás dela! – digo puto.
Ele assente entendendo os meus motivos.
- Espero que o que você planeja dê certo e que a Rebeca caia na
sua armadilha.
- Pensei que nunca diria isso, mas torço para que o que ela vem
dizendo desde que voltou seja verdade porque se esse papel de puta arrependida
não for verdadeiro eu nunca conseguirei fazê-la confessar.
Meu corpo desaba sobre o do Murilo depois de mais uma rodada de
sexo. O combinado era ele passar apenas uma noite e no dia seguinte achar um
lugar, mas o deixei ficar, pelo bom sexo que fique claro.
- E então está mais calminha? – pergunta sarcasticamente.
Havia chegado nervosa em casa, onde já se viu o velhote gagá
querer colocar aquela vadia como Diretora Comercial!
- Não, ainda estou possessa! Você tem que dar um sumiço nela
Murilo! Você não disse que iria pegá-la?! Já te disse que ela está na casa da
secretária enxerida do Alexandre!
- Rebeca eu não posso me ariscar agora! Estou sentindo um cheiro
de batata assando... não engoli como o Alexandre descobriu sobre o nosso plano,
ainda acho que o Marcos nos detonou para alguém. – fala desconfiado.
Levanto da cama usando o lençol para me cobrir.
- Larga de ser frouxo Murilo! – me irrito. – A policia já chamou o
Alexandre na delegacia, tudo está saindo como planejamos. Ainda o verei na
cadeia!
Murilo senta na cama com um sorriso no rosto.
- Fala a verdade Rebeca, você só está fazendo isso porque o meu
meio-irmãozinhho não te quis. – gargalha. – Se ele mudasse de ideia e
estralasse os dedos você iria correndo feito uma cachorrinha.
Cruzo os braços com os olhos cheios de lágrimas.
- Nunca escondi de ninguém o que sinto pelo Alexandre, apesar de
tê-lo traído e roubado sempre o amei.
Ele revira os olhos.
- Acho melhor se conformar querida, conheço o Alexandre muito bem.
Ele nunca esquecerá o que você fez.
- Pra mim isso não tem mais importância. – ergo a cabeça assumindo
uma postura altiva. – Alexandre fez a escolha dele e vai pagar muito caro.
Quanto a você trate de amanhã ficar de vigia na porta da empresa para quando
aquela vadia aparecer você sumir com ela. Quanto mais você demorar mais
correremos o risco deles voltarem!
Seis câmeras estavam escondidas em pontos estratégicos na minha
sala, cada ação que acontecesse amanhã seria registrada por elas, a polícia
realmente havia feito um ótimo trabalho e acompanharia tudo pela sala do Dr.
Tomas onde monitores de ultima geração transmitiriam tudo em tempo real.
O detetive, juntamente a polícia da Nova Zelândia e o Umberto
também estavam presentes durante todo o processo. Depois de tudo estar pronto
nos reunimos na minha sala de reuniões para uma conversa. O delegado acreditava
que a mesma substância usada para envenenar os três homens na Nova Zelândia foi
usada no Marcos. O laudo final do corpo sairia ainda essa semana o que
afirmaria ou não esta suspeita. A policia da nova Zelândia nos contou que além
de matar Rebeca roubou uma pequena fortuna de cada uma das vítimas, estava
claro a origem do dinheiro dela, um dinheiro sujo que agora também estava
infiltrado na conta da minha empresa já que ela era acionista.
Já era tarde quando deixei a empresa, Umberto, o detive e a
policia da Nova Zelandia me acompanharam. Lá só permaneceram o delegado e sua
equipe que passariam a noite para evitar que fossem descobertos.
- É amanhã o grande dia. – Umberto fala. Estamos no estacionamento
da empresa caminhando até os nossos carros.
- Acho que não dormirei nada esta noite. – falo tenso.
- Tente descansar Alexandre, o sucesso desse plano vai depender
muito de você e da sua atuação.
- Quero o Murilo preso amanhã também. – digo entredentes.
- Alexandre o delegado disse estar monitorando a Rebeca e o Murilo
que inclusive está na casa dela neste momento. Nenhum dos dois irá se safar.
Realmente o delegado Garcia tinha homens na espreita cobrindo
todos os passos daqueles dois bandidos, para evitar que os perdêssemos de
vista.
- Após a prisão da Rebeca amanhã quero que se reúna com o conselho
para anular o contrato dela com a empresa. Podemos fazer isso não é?
- Sim. – afirma. – Os crimes foram graves e podemos sim reincidir
o contrato, as Organizações McConaughey não é obrigada a ter uma criminosa na
banca de acionista, fora o fato de que isso pode prejudicar os negócios. Amanhã
estaremos sendo caçados pela imprensa para dar algumas declarações, será um
escândalo.
- Não deixarei isso derrubar a minha empresa, saberei lidar com os
abutres da imprensa marrom. Até amanhã Umberto. – me despeço abrindo a porta do
carro e entrando.
- Percebeu alguma coisa de diferente? – Marta pergunta enquanto
entramos no elevador.
Assim que chegamos à empresa naquela manhã tudo estava muito
normal. Um dia típico de trabalho como qualquer outro.
- Nada e você? – ergo uma sobrancelha.
- Nada também. – diz decepcionada. – Confesso que esperava homens
armados, policiais fortões andando de lá para cá e viaturas.
Começo a rir.
- Marta não estamos em um filme americano.
******
O elevador chega ao meu andar e eu me despeço da Marta que sobe
para o seu. Ando pelo corredor e estaco perplexa me perguntando se não desci no
andar errado. Marta estaria eufórica se estivesse aqui. Tinham muitos
policiais, alguns armados e outros não, conversando entre si.
A sala do Dr. Tomas está aberta e eu me encaminho para lá
sentindo-me uma intrusa no meu próprio trabalho. Um homem alto e forte aborta a
minha entrada.
- Você não pode entrar aqui. Temos autorização para não deixar
ninguém entrar.
- Mas eu trabalho aqui. – tento passar por ele, mas dou de cara
com o seu peito musculoso.
- Moça colabore com a polícia. – ele pega no meu braço querendo me
tirar dali.
Ergo-me nas pontas dos pés e olho por sob o ombro dele
tentando achar o Dr. Tomas em algum lugar, o localizo conversando com outro
homem.
- Dr Tomas! Dr. Tomas! – grito chamando sua atenção, por sorte ele
escuta e olha para mim vindo em minha direção. O homem grandão me puxa pelo
braço muito irritado com os meus gritos.
- Pode soltar a moça, ela é minha secretária.
O cara me olha indeciso, mas por fim me libera. Cerro os olhos
para ele que se afasta com uma cara feia.
- Dr. Tomas o que está acontecendo?
- É uma operação policial Fernanda, armada pelo Alexandre. –
coloco a mão no coração em super choque. – É melhor que não fique aqui.
- Por que tem policiais aqui Dr. Tomas? O que vai acontecer? –
pergunto atordoada.
Ele me encara e acho que tem dó do meu tormento, então me puxa
para dentro de sua sala e eu fico literalmente de queixo caído.
- Achei melhor você ver com os seus próprios olhos.
Engulo em seco.
A sala do Dr. Tomas virou um Big Brother Brasil, tinha monitores
transmitindo imagens da sala do Alexandre em diferentes ângulos.
Puta merda!
Piso os olhos algumas vezes antes de dizer algo.
- O que... o que ele quer com tudo?
- Ele vai fazer a Rebeca confessar Fernanda.
Ai. Meu. Deus.
Continua...
6 comentários:
Ai meus Deus ....,...... Muito bom.
Ai meus Deus ....,...... Muito bom.
Será como ele vai fazer ela confessar tudo muito curiosa. ..
Que bom hoje e terça capitulo de rendida.
Josi se você está tendo um bloqueio, descance um pouco, se puder demore uma semana. Pois nos que somos sua fãns vamos entender. ;3
Meninas muito obrigada!!!
Vi_meu_mundo valeu pelo conselho... graças a Deus melhorei deste bloqueio, mas vou dar uma descansada sim! Próximo capítulo acho que sai na segunda...
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Olá pessoal, gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre o que está sendo postado. Comentem a vontade...