Passando dos Limites
Estaciono
o carro em uma estrada deserta afastada da cidade. Marcos está ao meu lado no
banco do passageiro. Ele havia ligado me ameaçando, queria a todo o custo o
dinheiro naquele mesmo dia ou abriria a boca para o Alexandre. Não podia correr
o risco dele descobrir tudo logo agora.
A
estrada tinha algum movimento durante o dia, mas a noite era inabitada. Tínhamos
apenas a compania do cantar dos grilos escondidos no meio da mata que
circundava a estrada de um lado e de outro.
-
E então? Trouxe a grana? – Marcos pergunta quando desligo o carro.
Tiro
o cinto de segurança e ele faz o mesmo.
-
Trouxe. – respondo pegando uma maleta no banco de trás.
-
Não entendo porque não podíamos ter nos encontrado no seu apartamento. – comenta
olhando para a maleta em meu colo.
-
Porque você é um traidor que está me ameaçando. Não confio em traidores. – meus
olhos faíscam.
Entrego
a maleta a ele.
-
Está tudo aí, como você exigiu. Cem mil reais.
Ele
dá um sorriso largo abrindo a maleta cheia de montantes de notas de cem presas
por elásticos.
-
Sabia que você não ia me decepcionar.
-
Agora eu quero que você suma e não apareça na minha frente nunca mais. – exijo.
-
Não se preocupe Rebeca, com esse dinheiro vou refazer a minha vida bem longe
daqui. – ele fecha a maleta e me encara.
-
Ótimo. – dou um sorriso.
Ficamos
por um tempo nos olhando, Marcos passa os olhos por meu corpo e se aproxima
mais de mim.
-
Que tal uma despedida?
-
Que tal uma comemoração? – faço uma contra proposta.
Ele
ergue uma sobrancelha e eu viro o meu corpo pegando no banco de trás duas taças
e uma garrafa de vinho branco. Dou uma taça para ele e o sirvo logo em seguida
é a minha vez.
-
Um brinde. – ergo a taça no ar.
-
E a que vamos brindar? – ele indaga tomando um gole do vinho.
-
Ao nosso sucesso. Você está cem mil reais mais rico e eu consegui separar a
Fernanda do Alexandre. Tim-Tim – ele bate a taça na minha.
Marcos
toma mais um gole e me fita.
-
Você não vai beber?
Passo
uma de minhas mãos por seu peitoral demarcado pela camiseta preta justa.
-
É que te olhar bebendo esse vinho está me deixando louca de tesão.
Marcos
toma mais um gole esvaziando a taça depois a joga no chão do carro juntamente
com a maleta.
-
Então vem cá. – ele me puxa pelo braço derrubando toda a bebida da minha taça
em mim, o cheiro de vinho ascende me deixando mais excitada. Em instantes estou
no seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo.
Minhas
mãos voam para a sua calça e eu a abro liberando o seu pau grande. Marcos
afasta a minha calcinha para o lado e me penetra. Começo os movimentos de
vai-e-vem enquanto suas mãos esmagam meus seios. Ele chupa o meu pescoço e eu
gemo extasiada sentindo seu pau entrar e sair de forma potente do meu corpo.
-
Vadia. – ele encosta a testa na minha e prende o meu olhar. – Ainda bem que
você me pagou porque se não eu...
Marcos
para de se movimentar e coloca a mão no pescoço tossindo bastante.
-
Oh querido... eu acho que aquele vinho não lhe fez bem.
Ele
me fita espantado com a mão na garganta, como se ela estivesse sendo cortada.
-
O que... v..vo...cê... fez...
Encosto
minha boca bem próxima a dele.
-
Morre! Morre desgraçado.
O
moribundo começa a agonizar e respira uma última vez antes de pender a cabeça
para trás com os olhos abertos.
-
Oh Marquito, pense pelo lado bom... pelo menos você morreu de pau duro.
Gargalho
alto no carro.
******
Estou
encostada no capô do carro quando faróis iluminam a estrada. O carro vem em
alta velocidade e para ao lado do meu. É um GMC Yukon Hybrid igualzinho ao do
Alexandre.
-
Poxa Rebeca não foi fácil achar um desses aqui para alugar! – Murilo saí do
carro furioso. – É um carro importado.
-
Mas você conseguiu.
-
Sempre consigo. – ele sorri torto. – E então? Cadê o presunto?
-
Dentro do carro. Mortinho da Silva. Esse aí abre mais a boca.
Ele
se aproxima de mim.
-
Como você mudou hein Rebeca? Está cada vez pior. De vagabunda traidora a
assassina.
-
Uma pessoa só é assassina quando desmascarada. – falo com desdém. – Quando
acharem o corpo do Marcos não serei suspeita. Ninguém sabia da nossa ligação.
-
Será mesmo que ele não contou para ninguém?
-
Claro que não. – falo confiante. – Coitadinho do seu irmão quando a polícia
bater na empresa para que ele preste esclarecimentos. Ele tinha bons motivos...
brigou com o Marcos em um estacionamento e gritou pra quem quisesse ouvir que
iria matá-lo e acabar com ele. Fora a demissão da empresa.
Murilo
sorri.
-
Você é esperta! A ideia de eu usar um carro idêntico ao do Alexandre para levar
o corpo até um lago e jogá-lo lá foi boa. Se alguém ver será mais um indicio
contra o Alexandre.
-
Você tampou a placa do carro?
-
É claro. – ele revira os olhos.
-
E a blusa preta com capuz? Você trouxe?
-
Está dentro do carro. Vou vesti quando arrastar o corpo até o lago.
-
Você tem o mesmo biótipo do Alexandre. – o analiso.
-
É somos parecidos. – afirma. – Antes você queria ficar com o Alexandre, agora o
quer preso. Por quê? – Murilo pergunta cruzando os braços.
-
Ele me humilhou. – falo com ódio. – Me esnobou e eu cansei. Vou acabar com a
vida dele e ficar com a empresa de um jeito ou de outro.
Ele
dá um sorriso atravessado.
-
O caminho está livre para mim pelo menos. Fernanda está sozinha... carente...
se sentindo traída... Presa fácil!
-
É, mas se ela descobre que você é irmão do Alexandre já era.
-
Ela não vai. Com o Alexandre preso e fora do meu caminho isso é quase impossível
de acontecer.
Dou
de ombros.
-
Você quem sabe. O que fará para se enfiar na cama daquela sonsa pouco me
interessa. Agora tira logo o Marcos do meu carro antes que ele comece a feder e
os urubus sobrevoem a gente.
Murilo
revira os olhos e abre a porta do passageiro arrastando o Marcos para fora.
Bye Bye Marcos...
Já vai tarde...
7 comentários:
adorei essa Rebeca é muito ruim mesmo não vejo a hora de ler o próximo
Sábado estará aqui no Blog!
Cobreca. Esperando o próximo. Contando os dias pra sabado
Cobreca. Esperando o próximo. Contando os dias pra sabado
Grazi <3
Hoje é sabado cade cade ...Estou aqui roendo as unhas rsrsrs
Acaba de ser postado!
Beijos!
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