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Seja Minha CuraPor Melody Olivatti
Sei que eu disse palavras que te magoaram profundamente e também sei que não posso apagar meus erros com uma borracha, mas de fato eu queria voltar no tempo e reescrever aquele momento em que vi seu coração sendo destruído .
Não adianta eu dizer que sinto sua falta?
O tempo parou quando você estava ao meu lado e segurou a minha mão dizendo que não daríamos certo. Desmoronei ao ouvir suas palavras e ao sentir seus dedos afastarem o cabelo do meu rosto, para limpar uma lágrima solitária.
Existe uma ferida no meu coração, que só vai se curar se o seu amor for o remédio para cicatrizá-la.
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A Regra de Cinco da Fernanda (Parte II)
Ninguém
além de mim e Lucas compareceu ao enterro do Murilo naquele sábado de manhã. Eu
acompanhava em silêncio os coveiros terminarem de jogar terra no buraco
retangular onde o caixão foi colocado. O padre tinha dito algumas palavras
antes do enterro, mas já havia ido embora. Senti a mão do Lucas em meu ombro e
me virei para encará-lo, quando cheguei ao aeroporto na noite anterior ele já
estava lá para me buscar, me recebeu com um abraço apertado e o mesmo jeito gentil
de sempre.
-
Você está bem? – Lucas pergunta me avaliando.
Olho
para a sepultura do Murilo já totalmente coberta pela terra e passo as mãos
pelos cabelos.
-
Ele é meu meio-irmão Lucas e está morto, neste momento eu estou sentindo muitas
coisas, a maior delas é culpa.
-
Culpa pelo que?
-
Por me sentir aliviado. – as palavras saem da minha boca. – Eu sou uma pessoa
horrível não é? – fito-o.
Lucas
coloca as mãos no bolso da calça.
-
Cara pelo que você me contou o Murilo aprontou muito em São Paulo, com ele e a
Rebeca livres nem você e nem ninguém do seu convívio estaria seguro. O seu
alivio é só uma consequência, isso não te torna uma pessoa horrível.
Fico
em silêncio e ele continua.
-
Alexandre você já parou para pensar que o Murilo teve todas as oportunidades na
vida? O seu pai sempre o tratou como filho, Murilo teve as melhores escolas, a
melhor faculdade e um bom cargo dentro das Organizações McConaughey, mas preferiu
deixar a inveja corroer seu coração. Eu nunca vi o Murilo te dar um pingo de
amor, na adolescência você o tratava como o seu herói e em troca recebia
indiferença. Então não se sinta culpado pelas escolhas dele. Não se sinta
culpado por se sentir aliviado.
Encaro o Lucas me
sentindo melhor.
- Acho que senti muita
falta dos seus discursos. – dou um sorriso de canto.
- E eu da sua ironia.
– retruca me empurrando. – Vamos?
Eu assinto e deposito
algumas flores na sepultura do Murilo, depois caminho até a dos meus pais ao
lado e me agacho colocando flores também. Sentia-me péssimo por nunca vim ao
cemitério visitá-los, mas eu odiava o fato da dor sempre se fazer presente a
cada vez que vinha aquele lugar. Tenho esse problema, demoro muito tempo para
superar as coisas, tenho ciência do grande mau que isso causa, sofro em dobro.
- Eu estou pronto para
ir. – digo me virando para encarar o Lucas que está atrás de mim. Ele aquiesce
passando o braço pelos meus ombros e assim saímos do cemitério.
******
A
casa de Lucas ficava na Barra da Tijuca, um bairro de classe-média alta do Rio
de Janeiro. Lucas não tinha ido trabalhar no seu consultório naquele sábado,
ele dizia querer aproveitar a minha breve presença na cidade já que eu ficaria
apenas um fim de semana. Mais da metade da tarde havia se passado, Clarisse e
as crianças brincavam na piscina enquanto eu e Lucas estávamos deitados em duas
espreguiçadeiras do jardim tomando sol.
-
Você tem uma bela família. – comento.
Na
piscina Clarisse acena para nós enquanto as crianças jogam água nela.
-
É eu tenho. – Lucas afirma com um sorriso orgulhoso.
Fito-o
e o flagro olhando para Clarisse com uma cara muito boba, dou uma risada que
chama a atenção dele.
-
Está rindo de que seu palhaço? – pergunta com um sorriso de canto.
-
Da sua cara de bocó olhando pra Clarisse. – respondo maroto.
-
E você quer me convencer de que você não olha assim pra... como é mesmo o nome
da garota? – indaga gesticulando a mão no ar.
-
Fernanda. – eu havia falado dela para o Lucas, coisa da qual me arrependia
imensamente, porque agora ele vive me pirraçando.
- Então, vai dizer que não olha assim para a
Fernanda? – ele ergue uma sobrancelha.
-
É claro que não. - franzo o cenho.
-
Hunrum. – murmura irônico cruzando os braços abaixo da cabeça e fechando os
olhos.
Permanecemos
em silêncio, na piscina o som de gritos infantis chama minha atenção, Clarisse
fazia cosquinha nas crianças e elas se debatiam na água.
-
Eu olho. – admito em um dado momento.
-
Olha o que? – Lucas pergunta de olhos fechados aproveitando os raios do sol.
-
Eu olho para a Fernanda da mesma forma que você olha para a Clarisse.
-
Eu sempre soube que um dia você iria acabar se apaixonando novamente meu amigo.
– ele diz me fitando com um sorriso largo. – E sinceramente isso me deixa muito
feliz.
-
Eu não estou apaixonado, é mais que isso. – contraponho. – Eu a amo.
Lucas
se senta na espreguiçadeira animado ficando de frente para mim.
-
Uauu cara! Quando irei conhecer essa feiticeira que transformou você em um
ursinho tão meigo?
-
Vai se ferrar! – me irrito mostrando o meu dedo do meio para ele.
Lucas
cai na gargalhada voltando a se deitar.
-
Cara se você ama a garota então qual é o B.O.? Está esperando o que para se
atirar nos braços dela.
-
Eu já te expliquei, é complicado. – digo
incomodado.
-
Alexandre e daí que você é vasectomizado? – Lucas bate a mão na perna
contrariado. – Hoje existem muitas outras maneiras de se ter filhos.
-
Acontece que eu não quero filhos Lucas. – elevo o tom de voz. – De jeito
nenhum.
-
A Fernanda sabe disso? – indaga e eu assinto. – E mesmo assim quer ficar com
você? – assinto de novo. – Cara então você não pode se intrometer na escolha
dela! É algo que cabe somente a Fernanda decidir, isso é livre arbítrio meu
caro. Respeite e siga sua vida com ela.
-
Lucas eu sei que quando o relógio biológico da Fernanda bater ela ficará
infeliz ao meu lado. Eu não vou aguentar isso. – desabafo torturado.
-
E qual é a sua grande ideia Alexandre? Deixar que outro homem fique com a
mulher que você ama? – ele joga contra mim e eu cerro o maxilar. – Vai mesmo
aguentar vê-la com outro? Cara esse seu lado bom samaritano está começando a me
irritar.
Não... eu não iria
aguentar vê-la com outro... Porra Fernanda é minha!
-
E se ela jogar na minha cara que a culpa da sua infelicidade é minha? E se ela
me abandonar? – corro as mãos pelos cabelos com um medo tremendo.
-
E se ela nunca jogar na sua cara? Se nunca te abandonar? E se vocês forem
imensamente felizes? – ele insiste.
-
É fácil para você dizer isso, seu casamento é perfeito. – bufo.
-
Sim ele é. – afirma de bom grado. – Pelo menos na minha concepção de perfeito
é.
-
Como assim? – cruzo os braços sobre o peito.
-
Alexandre a maioria das pessoas acha que o perfeito deve ser sem defeitos, para
mim o perfeito tem que ter imperfeições e é isso que o torna completo. – fala
de bom humor. – Clarisse e eu, por exemplo, temos os nossos arranca-rabos como
todo casal, às vezes brigamos até pelo que será servido no almoço e quase todas
as sextas ela me poe para dormir no sofá porque chego tarde do futebol.
Olho
para ele incrédulo.
-
Aposto que por essa você não esperava! – ele ri da minha cara.
-
Realmente não. – dou um sorriso.
Fito
o nada pensando nas palavras do meu amigo.
-
Posso te fazer uma pergunta? – Lucas fala um tanto inseguro.
-
Faça. – dou de ombros.
-
Por que você não quer filhos?
A
pergunta me pega de surpresa e minha garganta fica seca. Lucas e sua maldita
curiosidade do caralho.
-
Quando descobri a história do bebe fantasma que a Rebeca inventou para que me
coagisse a casar com ela o mais rápido possível algo dentro de mim quebrou. –
fecho os olhos com um aperto no peito. – Eu não serei um bom pai Lucas, é um
papel muito intimidante. Porra eu não tenho nada de bom para oferecer a uma
criança.
Abro
os olhos e Lucas está me encarando.
-
Homem nenhum nasce sabendo ser pai cara, aprendemos com a prática, eu gostei
tanto que já sou pai de quatro. Neste momento você pode até achar que não tem
nada de bom, mas quando pega pela primeira vez um filho nos braços tudo
renasce, principalmente um amor incondicional. Portanto, não há como algo de bom
não brotar disso.
Ele
analisa o efeito que suas palavras fizeram em mim e depois volta a falar.
-
Alexandre você não tem ideia do quanto isso é maravilhoso, se tivesse nunca
teria me pedido para fazer aquela vasectomia. Eu só fiz porque você estava amargurado
e eu tinha absoluta certeza de que se não fosse eu a fazer, seria algum outro
que talvez não fosse muito competente, mas não é algo do qual me alegro. – seus
olhos não desviam do meu nem por um instante, sei que a minha vasectomia pesa
na consciência dele. – Filho é algo... mágico, é como se Deus pegasse o melhor
de duas pessoas e colocasse em um único lugar.
As
últimas palavras do Lucas me atingem em cheio.
Como seria ter o
melhor de mim e da Fernanda? Quem sabe uma menininha loirinha com o sorriso
doce da mãe? Ou um garotinho marrento como eu?
-
Alguns homens tentam a reversão da vasectomia e conseguem ter filhos. – Lucas
comenta me olhando de soslaio.
-
Eu não vou reverter a minha vasectomia Lucas. – digo entre dentes pra lá de
irritado.
-
Eu não estou falando para você reverter, foi só um comentário inocente. –
retruca no mesmo tom.
-
Sei... – rosno.
-
Mas se por um acaso você quiser é só me procurar, eu posso fazer o
procedimen...
-
Mas que raios de papo é esse Lucas?! – o interrompo nervoso. – Eu já disse que
não vou reverter nada.
-
Tá ok... – ele levanta as mãos em rendição. – Foi só uma dica, caso mude de
ideia.
Cerro
os olhos para ele e me levanto da espreguiçadeira dando um pulo na piscina.
Era só o que me
faltava!
Acordei
bem cedo no domingo de manhã, ontem eu e Marta passamos praticamente a tarde
inteira colocando a minha ideia em prática, assim que saímos da empresa sábado
à tarde fomos preparar cada detalhe.
Depois
de fazer a minha higiene matinal rumei para a sala com Yellow no meu encalço,
sim esse é o nome que dei ao meu gato, Marta disse que era muito pouco
original, mas não me importei.
Se o bichano era
amarelo o nome não tinha tudo a ver?
Ontem
o levei ao veterinário, Yellow foi vacinado, medicado e graças a Deus estava
com uma perfeita saúde, passei também em um petshop
e comprei tudo o que eu achava que um gato precisaria, mas na empolgação acabei
comprando até o que ele não precisava.
A
sala do meu apartamento estava uma bagunça com cinco placas de neon empilhadas
na parede, nelas estavam escritas as minhas cinco regras. Dei um sorriso bobo
imaginando a reação do Alexandre, porem a coisa mais importante para a noite de
amanhã não se encontrava em minha sala, estava guardada em meu guarda-roupa numa
caixinha de veludo bastante delicada.
Eu
estava muito nervosa, e se eu desmaiasse na frente dele bem na hora decisiva?
Marta achava que eu nem deveria ir trabalhar amanhã, mas não poderia deixar o
Dr. Tomas na mão. Então decidi ir sim trabalhar, mas evitaria a todo o custo
encontrar com o Alexandre, sairia mais cedo para me arrumar e ao final do
expediente quando todos estivessem ido embora eu retornaria para a empresa e
prepararia tudo, com a ajuda da Marta, é claro. Aliás ela havia ficado com outra
parte bem difícil: fazer o Alexandre voltar para a empresa no momento certo sem
desconfiar de absolutamente nada.
Alexandre
não havia me ligado desde que chegou ao Rio, eu também não tentei me comunicar,
estava dando espaço a ele. Depois de ter vindo até o meu apartamento se
despedir, de ter me beijado como beijou e ter prometido que voltava olhando
fundo nos meus olhos eu não precisava de mais nada. Para mim estava mais do que
claro que ele não tinha mais forças para lutar contra aquela energia que
insistia em nos manter juntos.
Tomei
um café da manhã reforçado e coloquei ração na vasilha de Yellow, depois me
arrumei e fui para o shopping. Eu tinha que encontrar algo para vestir amanhã e
principalmente uma lingerie de
levantar até defunto. Caminhei de loja em loja atrás de algo para a grande
noite, queria alguma coisa que me deixasse segura e irresistível.
Merda por que não
chamei a Marta para vim comigo?
E para que existe
celulares hoje em dia Fernanda!
Repreendi-me
mentalmente pegando o meu celular e ligando para a minha anja da guarda.
-
Marta eu estou no shopping e não sei o que comprar para vestir amanhã. – bufo
olhando uma roupa que estava no manequim de uma loja.
- O que ele gosta
que você use? – ela pergunta maliciosa.
-
Ai Marta... eu não sei. Ele nunca disse que eu estava feia em nenhuma roupa que
escolhi para vestir quando estávamos juntos.
- Então desencana,
qualquer coisa que você escolher ele vai amar, mas se você quer a minha
opinião, faça a linha sexy, seja ousada.
Dou
uma risada.
-
Valeu Marta, vou ver o que encontro por aqui. – encerro a chamada e entro em
uma boutique.
-
O que custa você ficar mais um dia? – Lucas pergunta enquanto dobrando uma
colocando-a na mala.
Se
eu ficar mais um dia, serão 24 horas a mais longe da Fernanda, mas eu não iria
dizer aquilo para o Lucas, ele iria me zoar pelos próximos dez anos.
-
Eu tenho problemas da empresa para resolver em São Paulo. – aquilo não era bem
uma mentira, afinal Buttelli chegaria essa semana ao Brasil.
-
Tudo bem, falei com a Clarisse ontem e ela topou ir até São Paulo te visitar no
próximo mês. – diz animado se sentando na grande cama do quarto de hospedes em
que eu estava hospedado.
Dou
um sorriso.
-
Vai ser um prazer te receber Lucas.
-
E quem sabe eu não conheço a Fernanda... – ele insinua. – Vou fazer questão de
cumprimentar a mulher que derreteu esse coração gelado.
Pego
um travesseiro e miro acertando a cabeça dele.
-
Dá pra parar? – pergunto irritado.
Ele
ri maroto e me fita sério.
-
O que você vai fazer em relação a ela?
Paro
um pouco me sentando na cama ao lado dele. Evitei ligar para Fernanda durante a
minha permanência no Rio, eu precisava pensar. Depois que saí do seu apartamento
pela da última vez, tinha certeza que seria inevitável não ficarmos juntos
quando eu voltasse para São Paulo. Era mais forte que eu.
-
Nós ficamos de ter uma conversa definitiva amanhã. – respondo.
-
Boa sorte Alexandre. – Lucas dá três tapinhas em minhas costas. – E se permita
ser feliz cara.
-
Eu acho que vou seguir esse seu conselho. – dou um sorriso torto.
Ele
ri se levantando.
-
Posso te convidar para tomar um chopp
como nos velhos tempos?
Faço
uma cara de quem não está muito afim.
-
Pelo amor de Deus Alexandre! É domingo à noite, amanhã cedo você vai embora
então larga de ser estraga prazer. – Lucas fica irritado.
-
Tudo bem Dr. Lucas. – cedo morrendo de rir. – Assim que eu terminar de arrumar
a mala, nós iremos tomar o seu chopp.
Lucas
era um amigo e tanto, como eu pude me esquecer do quanto eu gostava de sua
presença?
Esse
era mais um dos meus erros que eu não iria repetir nunca mais.
A
segunda-feira chegou como um tornado e derrubou toda a minha confiança. Se eu
disse em algum momento nesta narrativa que estava confiante, esqueça. Meus
nervos estavam à flor da pele e por dentro eu estava gritando e me descabelando
como uma louca varrida. Marta havia passado no meu prédio para me dar uma
carona até a empresa, durante o percurso toda vez que eu levava a unha a boca
para roer ela batia em minha mão, Marta dizia que a manicure havia feito um
ótimo trabalho para que eu acabasse com ele daquela forma.
-
Será que ele já chegou? – pergunto assim que ela estaciona o carro na porta da
empresa.
Marta
olha no relógio antes de me responder.
-
Bom são oito em ponto, provavelmente sim.
Coloco
a mão no coração em desespero.
-
Marta eu acho que vou desistir. Onde eu estava com a cabeça quando decidir
fazer isso? – viro para ela e aponto um dedo acusador. – Onde você estava com a
cabeça quando aprovou essa maluquice?!
Ela
revira os olhos.
-
Fernanda agora já é tarde. Para de siricutico e se concentra no que realmente
importa: o Alexandre.
Levo
uma mão à cabeça e me afundo no banco do carro.
-
Marta isso não vai dar certo, ele vai surtar.
Ela
sorri tentando me tranquilizar, mas eu sei que está tão nervosa quanto eu.
-
Querida repita comigo: Ele me ama e não irá surtar.
Respiro
fundo e reproduzo aquilo como um mantra:
-
Ele me ama e não irá surtar.
-
Isso garota! Agora vamos ou chegaremos atrasada. – Marta abre a porta do carro
e eu faço o mesmo.
Cheguei
a São Paulo um pouco depois das sete e meia da manhã, passei em casa para tomar
um banho e trocar de roupa e peguei o carro dirigindo até a empresa. Quando
cheguei ao meu andar Marta já se encontrava sentada a sua mesa, ela sorriu ao
me ver.
-
Como foi tudo por lá? – me encaminhava para a minha sala e ela vinha logo
atrás.
-
Bom fiquei na casa de um amigo, o enterro do Murilo ocorreu no sábado de manhã
e como era de se esperar ninguém apareceu. – respondi depositando a maleta em
cima da mesa. – E por aqui?
-
Tudo na mesma. – responde displicente.
-
E a Fernanda? – pergunto o que queria muito saber.
Marta
da de ombros e se senta em uma cadeira, eu afrouxo o nó da gravata e espero por
sua resposta.
-
Eu não há vi durante todo o fim de semana.
Franzo
o cenho.
-
Como assim você não a viu durante todo o fim de semana? Vocês só andam juntas,
parece até um complô. – ironizo.
-
Nanda estava ocupada organizando sua casa, afinal ela ficou uns dias fora. – explica
abrindo a agenda que trazia a mão. – Posso passar os seus compromissos de hoje?
Eu
assinto sentando-me a mesa e ligando o computador.
-
Você tem três reuniões pela manhã e mais duas a tarde, marquei também uma
pequena assembleia com os diretores para você se interar sobre o que será
apresentado ao Sr. Buttelli na quarta-feira. No sábado ele ligou confirmando
sua chegada.
-
Parece que terei um dia cheio. – me queixo.
Ela
se levanta caminhando até a porta.
-
Parece que terá sim.
Durante
a manhã Alexandre havia me ligado cinco vezes, eu não atendi nenhuma. Ignorei
também todas as suas dez mensagens, a décima primeira havia chegado a pouco em
letras garrafais gritantes.
POR QUE VOCÊ NÃO
ATENDE A PORRA DO CELULAR?
Pura
merda! Ele estava nervoso nível máximo.
Era por uma boa causa, queria muito escutar a
voz dele, mas se eu atendo tudo iria por água abaixo. Marta havia me informado
por telefone que ele teria um dia conturbado, então as chances dele vim até o
andar do Dr. Tomas eram ínfimas.
Na
parte da tarde Dr. Tomas e os outros diretores tiveram uma reunião com o
Alexandre, aprovei e pedi ao Dr. Tomas para me dispensar, ele me liberou de bom
grado e eu fui para casa me arrumar.
Ela
apenas ignorou minhas mensagens e chamadas o dia inteiro, sim eu estava sendo
ignorado pela Fernanda. Que merda estava acontecendo? Será que ela havia mudado
de ideia quanto a nossa conversa? E se ela resolveu concordar comigo? E se
também acha que não sou o melhor para ela? Precisava saber que raios estava
acontecendo.
Eu
estava muito cansado, depois de todas as reuniões que a maluca da Marta marcou
para hoje a única coisa que o meu corpo pedia era para cair na cama e dormir, mas
eu sabia que não conseguiria, necessitava ver a Fernanda, saber o que estava
acontecendo. Em casa depois do banho,
vesti uma calça cinza e um suéter azul de gola V, peguei o relógio no
criado-mudo do quarto colocando-o em meu pulso e em seguida calcei os sapatos.
Tentei mais uma vez ligar para Fernanda, mas agora nem chamava mais caia direto
na caixa postal. Ela não me dava alternativa a não ser ir até o seu
apartamento.
Desço
as escadas de dois em dois degraus e o meu celular toca no bolso, pego-o
olhando no visor: Marta chamando.
-
Fala Marta. – atendo.
- Sr. Alexandre eu
preciso que volte a empresa para pegar a planilha da reunião de amanhã, ela
ficou em cima da minha mesa e eu esqueci de lhe entregar.
– a voz dela está aflita.
Reviro
os olhos olhando no relógio.
-
Marta são oito da noite, eu não vou voltar a empresa para pegar planilha. –
tiro o celular do ouvido para desligar e ela grita.
- O senhor precisa
analisar a planilha ainda esta noite, se amanhã não estiver por dentro ficará
perdido na reunião. – intervém.
-
Marta que porra de irresponsabilidade é essa? – retruco irritado. – Eu não te
pago um salário altíssimo para você esquecer as coisas droga!
- Eu sei Sr.
Alexandre, eu sinto muito. – a voz dela fica chorosa e eu
fico desconfortável.
-
Tudo bem Marta, eu passo na empresa para pegar as planilhas. – bufo. – Mas será
que você não salvou em um Pen drive,
assim poderia me passar por e-mail. – pondero.
- Eu só salvei no
computador da empresa, se houvesse outra maneira eu não teria te incomodado há
essa hora, até pensei em ir eu mesma pegar e depois entregar na sua casa, mas
estou com muita dor de cabeça. – diz com a voz
fraquinha e eu fico com dó.
-
Tudo bem Marta, não precisa. Você disse que está em cima da sua mesa, certo?
- Sim.
– assegura.
-
Estarei passando lá agora.
- Obrigado Sr.
Alexandre e me desculpe mais uma vez por está falha.
Prometo que não irá se repetir. – funga.
Desligo
e coloco o celular no bolso. Eu passaria na empresa e depois iria para a casa
da Fernanda.
Assim
que desligo o telefone faço uma dança maluca na sala do Sr. Alexandre aos
gritos.
-
Ele está vindo! – aviso eufórica.
Nanda
sorri lindamente.
-
Ai Marta estou tão apreensiva. – diz balançando as mãos.
Olho
para ela, Fernanda estava maravilhosa aquela noite.
-
Não fique querida, quando ele chegar é só pensar no quanto vocês serão felizes,
isso te dará forças. – ela respira fundo e assente. – Agora eu tenho que ir. –
digo jogando a bolsa sob os ombros e dando uma última olhada na sala do Sr.
Alexandre, a sala havia virado um ninho de amor, tínhamos feito um ótimo
trabalho. – Amanhã quero um relatório detalhado!
-
Eu darei. – ela promete sorridente. – Marta? – Nanda me chama e eu me viro para
encará-la. – Eu te amo.
Meus
olhos se enchem de lágrimas e eu as seco com as mãos. Estou mega feliz por ela.
-
Eu também te amo Nanda. Agora trate de amarrar o meu chefinho de uma vez por
todas. – pisco e a deixo sozinha com sua grande coragem.
Estaciono
o GMC Yukon na porta da empresa e
desço do carro. O guarda abre a grande porta de vidro do edifício para que eu
entre, cumprimento-o com um leve aceno de cabeça e caminho pelo saguão. Pego o
elevador para o meu andar e em poucos minutos chego ao meu destino, quando as
portas se abrem caminho até a mesa da Marta e procuro com os olhos a planilha
que deveria estar em cima de sua mesa, mas não está. Não encontro absolutamente
nada.
Enfio
a mão no bolso da calça para legar para ela quando algo em minha sala chama a
minha atenção. Primeiro noto que a porta está aberta, depois vejo luzes de
diferentes cores acendendo e apagando o tempo inteiro. Intrigado caminho até lá
a passos lentos, paro na porta e o cheiro suave de rosas chega até o meu nariz.
O cheiro vem do chão, pétalas de rosas vermelhas estão espalhadas pelo piso da
minha sala, tenho que engolir em seco quando ergo a cabeça e fito a parede ao
meu lado, descubro assim, a origem das luzes coloridas piscantes, elas emanam
de cinco placas retangulares de neon que estão pregadas na parede devidamente
enfileiradas. Nelas estão escritas regras, o que me fez rir torto e pensar na
única pessoa maluca capaz daquilo: Fernanda.
A
primeira placa era na cor azul celeste:
Regra
Nº 01
Jamais
diga que não é o melhor para mim.
Coço
a cabeça e dou alguns passos para ler a segunda placa na cor amarela.
Regra
Nº 02
Nem
sempre terei razão, então me perdoe quando eu errar.
Meu coração bate forte no peito e é
impossível não sorrir ao ler a terceira placa na cor rosa.
Regra
Nº 03
Leve-me
a loucura todos os dias.
A
quarta placa, na cor verde, vem logo em seguida.
Regra
Nº 04
Respeite
minhas decisões e seja sempre o meu companheiro.
A
quinta e última placa atinge como um dardo o meu coração.
Regra
Nº 05
Ame-me
por toda a vida.
-
Oi. – a voz vem de trás de mim e aquece meu corpo inteiro.
Viro-me
para vê-la mais linda do que nunca, Fernanda veste um vestido preto tomara que
caia bem justo no corpo o que denuncia sua cintura fina e seus quadris largos.
O cabelo está preso em um coque frouxo com uma franja lateral modelada em
ondas, o penteado combinado ao modelo do vestido ressalta ainda mais o seu
pescoço perfeito. O rosto está marcado por uma maquiagem bem feita, destacando
seus olhos azuis e sua boca carnuda coberta por um batom rosa. Eu a olhava
embasbacado, com devoção e saudade, muita saudade.
Meus
olhos encontraram os dela e eu me perco.
-
Oi. – respondo rouco depois de um longo tempo. – O que é tudo isso? – pergunto
com um sorriso nervoso.
-
É a minha Regra de Cinco para você. Espero que não se importe por eu ter pegado
emprestada. – ela brinca de forma doce e minha vontade é de me atirar aos seus
pés.
-
Não eu não me importo. – a devoro com o olhar. – Nem um pouco.
-
Eu tenho algumas propostas para te fazer. – sinto-a torcer as mãos atrás das
costas, só consigo olhá-la, meus pés parecem estar pregados no chão. – Ontem
enquanto eu ensaiava na frente do espelho estava tudo muito fácil. – ri nervosa
e então me fita. – Eu achei que deveríamos ter essa conversa aqui, é sempre bom
se voltar ao inicio de uma história quando queremos entender onde as coisas
começaram a dar errado. E nós dois erramos, deveríamos ter sidos sinceros desde
o início, deveríamos ter nos aberto um com o outro, mas até o erro tem a sua
parte legal não é? Porque nos ensina a não repetir. – ela para um pouco de
falar, sinto-a nervosa. O esforço que Fernanda faz para se manter em pé é
evidente e naquele momento eu só consigo amá-la mais. – Alexandre eu quero você
com todos os seus defeitos. Apenas eu e você. Juntos. Você não precisa me dar
uma penca de filhos para me fazer feliz, você só precisa me amar. – a voz dela
fica embargada e minha garganta aperta. – Eu proponho tentarmos de novo e que
se não der certo, que continuemos tentando de novo e de novo, mesmo errado,
porque com você, até o errado parece certo. Eu proponho que você me deixe
acordar ao seu lado todas as manhãs, mesmo que eu tenha que aturar o seu
mau-humor matinal. – cerro os olhos para ela. – Eu proponho que a cada briga
nossas pazes sejam feitas na cama. – dou um sorriso safado e ela fica vermelha.
– Eu proponho criarmos um alicerce forte capaz de suportar qualquer tempestade,
proponho sermos leais um com o outro, não escondermos nada e nos apoiar nas
dificuldades. Proponho que você se entregue sem medos ou reservas e que me
deixe te amar por inteiro, ser sua protetora, amiga e companheira.
Fernanda
respira fundo e dos seus olhos descem lágrimas, suas mãos saem de traz das
costas e ela ergue uma delas fazendo o número dois com os dedos da mão. Em cada
dedo tem uma aliança de ouro e eu perco o chão a olhando estupefado, o ar submerge
dos meus pulmões e começo a soar frio imaginando o que vem a seguir.
-
Eu quero uma família, mesmo que seja de dois. Só eu e você. – sussurra. Com a mão
livre ela pega na minha e dá um passo ficando mais próxima. – Proponho que você
se amarre a mim permanentemente. Proponho que quando eu envelhecer você esteja
lá para me lembrar dos motivos que me fizeram me apaixonar por você. Proponho
que você me dê amor como nunca deu antes porque agora eu desejo mais. Você não
é o meu conto de fadas e nem eu quero que seja, você é a minha realidade, meu
porto seguro, minha casa de cerca branca e o que eu sinto por você tem o melhor
de mim. Gostaria de saber se você se sente da mesma forma que eu me sinto, porque
eu estou, neste exato momento, te pedindo em casamento. Você aceita se casar
comigo?
Ela
estava ali, parada na minha frente, da forma mais linda e doce do mundo me
pedindo para casar com ela. Fernanda fez o que eu não tive coragem de fazer,
por medo, ou descrença, não sei ao certo. Mas ela fez. Aquele era um passo que
eu já havia dado uma vez, só que pelos motivos errados, um passo que prometi a
mim mesmo não dar novamente.
Meus
olhos desviaram dos delas e a sentir vacilar, tive ódio de mim por não consegui
responder, eu sabia que cada segundo que se passava Fernanda morria um pouco.
Só saí do transe quando perdi o calor da sua mão na minha, ela havia soltado
nossas mãos e lágrimas desciam dos seus olhos, eu li um pedido silencioso
neles, rogando para que eu dissesse sim, que não fizesse isso com ela, com a
gente.
Fernanda
soluçou baixinho e começou a andar para fora da sala
Eu
não poderia.
Não
poderia fazer isso com ela.
-
Posso citar agora cem motivos pelos quais provavelmente isso não dará certo. –
começo a falar e ela para de andar. Fernanda se vira para mim com a esperança
renascendo nos olhos, aquela mulher me fez quebrar todas as minhas regras,
derrubou minhas barreiras e colou na minha pele como tatuagem. Eu não iria
lutar contra. Não mais. – E eu tenho
apenas um motivo para acreditar que dará: Eu te amo Lindinha.
Ela
contém um soluço com a mão e chora feito criança.
-
Isso é um sim? – sua voz sai cortada pelo choro.
Meus
olhos queimam devido as lágrimas e caminho até ela segurando em sua cintura e a
trazendo para mim, tiro as duas alianças dos seus dedos e pego sua mão direita
introduzindo a aliança menor em seu anelar.
-
Futura Srª Mcconaughey, eu aceito me casar com você. – sussurro beijando sua
mão.
Entrego
agora a minha para que ela faça o mesmo comigo. Fernanda sorri como nunca e pega
minha mão direita introduzindo a aliança no meu anelar e a beijando logo em
seguida.
-
Eu te amo! – diz enlaçando meu pescoço com os braços.
Nossas
bocas se encontram para nunca mais se separar. Recebo o melhor beijo da minha
vida, nossas línguas dançam e eu seguro em sua nuca aprofundando nosso contato.
Não consigo descrever a felicidade que me invade, eu fiz o certo, tenho
certeza.
Fernanda era minha.
Estava escrito.
Com
muito custo me separei dela, caminhei até a porta aberta e a tranquei. A sala
parecia uma boate devido as placas coloridas que piscavam, me aproximei dela
com um sorriso travesso e cheirei o seu pescoço roçando a minha barba ali.
-
Faz tanto tempo que acho que nem me lembro mais como é estar dentro de você. –
murmuro.
Ela
dá um passo para trás e morde os lábios.
-
Não se preocupe, eu estou aqui para te lembrar.
Fernanda
leva uma das mãos as costas e desce o zíper do vestido, ele cai aos seus pés
revelando seu corpo que para mim é e sempre será perfeito. Minha atenção é apreendida
pela única peça íntima que ela usava, uma calcinha de alças final tão pequena
que me deixou completamente louco. Puxei meu suéter pela cabeça com pressa e o
joguei longe mantendo contato visual com ela. Fernanda tirou as sandálias, eu
arranquei meus sapatos, depois desabotoei minha calça a descendo por minhas
pernas ficando apenas com a box branca.
Juntei-me a ela dando um selinho estalado em sua boca e a peguei no colo
levando-a até o centro da sala.
-
Eu vou te amar por toda a minha vida, talvez até depois. – sussurro deitando-a
no chão coberto por rosas vermelhas.
Algumas
lágrimas descem de seus olhos e eu as seco com o polegar.
-
Por que você está chorando?
Ela
sorri acariciando meu rosto.
-
É de felicidade, me faça sua.
-
Para sempre meu amor... para sempre. – prometo assaltando sua boca com a minha.
Minhas
mãos percorrem o corpo dela com urgência, eu queria poder ter paciência aquela
noite, mas não iria conseguir. Eu precisava fodê-la de forma desesperada, como
se o amanhã nunca fosse chegar. Fernanda cravou as unhas em minhas costas
quando eu deixei a sua boca para sugar seus seios. Em instantes os bicos
rosados ficaram duros e ela gemeu clamando o meu nome.
Meu
pau palpitou dentro da cueca ordenando por liberdade, Fernanda pareceu ouvir
seu pedido silencioso e enfiou a mão na box
apertando-o com a mão para em seguida trazê-lo para fora.
Massageei
o centro do seu prazer sob o tecido fino da calcinha e ela se contorceu embaixo
de mim, dei um sorriso descendo minha boca por sua barriga depositando beijos
molhados que arrepiaram seu corpo inteiro. Meus dentes se fecharam em uma das
laterais de sua peça intima e eu a fui descendo com calma até tê-la nua, só
para mim.
-
Oh Alexandre... não me faça esperar mais. – ela clama abrindo as pernas e me
dando a visão do paraíso.
Sua
boceta brilhava devido a lubrificação natural. Minha boca salivou e foi
inevitável não chupá-la, Fernanda serpeou com os movimentos de minha língua em
seu clitóris. Depois dei uma atenção especial aos seus grandes lábios,
degustando-os como se fossem uma fruta suculenta. Meus cabelos foram agarrados
por suas mãos e ela gritou quando atingiu o seu primeiro orgasmo, enlouqueci sorvendo
aquele líquido maravilhoso.
Deusa...
Minha... para
sempre minha.
Poderia
passar a noite inteira trabalhando minha língua ferozmente em sua boceta até
fazê-la se estafar de tanto gozar, mas meu pau precisava chegar ao paraíso
também. Livrei-me da minha cueca e me deitei no chão puxando-a para que
montasse em cima de mim. Meu pau foi engolido por sua boceta quente e apertada,
então eu me lembrei de como era estar no céu. Minhas mãos cravaram na carne
macia de sua bunda enquanto ela cavalgava, em algum momento seus cabelos se
soltaram do coque e caíram em cascatas douradas por seu corpo. Fernanda parecia
uma ninfa selvagem torturando-me a cada movimento de vai-e-vem.
-
Vai cachorra... rebola... – gruni alucinado pelo prazer. – Rebola em cima desse
pau que é só seu...
Fechei
minhas mãos em seus grandes seios e os apertei com força, ela gritou o meu nome
várias e várias vezes. Ergui um pouco o tronco para abocanhar um deles
prendendo o bico em meus dentes, uma de minhas mãos castigava o traseiro dela
com tapas fortes e estalados.
-
Eu vou gozar... – avisou fechando os olhos e aumentando a velocidade.
Meu
pau foi banhando por seu gozo e eu segurei em sua cintura nos levantando do
chão, Fernanda amoleceu rodeando as pernas em volta de mim. Pressionei-a contra
a parede e estoquei forte e gostoso, nossos gemidos se fundiram e eu aumentei a
velocidade invadindo-a cada vez mais fundo.
-
Você gosta de ser comida assim não é? – provoco dando mordidas em sua orelha.
-
Gosto... – responde ofegante e eu podia apostar que ela sorriu.
Nossos
corpos suados se pregaram um no outro de tal forma que era difícil distinguir
quem era quem. Sem aguentar nem mais um segundo meu jato quente é jorrado para dentro
dela e eu espalmo minhas mãos na parede esgotado.
Espero
até que nossas respirações se ajustem para encará-la, tiro as mechas de cabelos
que grudaram em seu rosto e ela morde os lábios.
-
Regra número seis. – digo e ela ergue as sobrancelhas curiosa. – Jamais me
deixe outra vez.
-
Nunca meu amor. – segreda antes de me beijar apaixonadamente.
5 comentários:
Sem palavras.........
Que lindo chorei com a Nanda. ....e outras coisas tbm kkkk
Magnifico, eu adorei, não eu AMEI ;3
Tudo de bom.
Meninas muitoooo obrigada! Talvez saia um bônus na páscoa!
Assim vou ter uma ataque do coração <3
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