segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Série Rendida - Novais J.

                               
No Amor Cabe Tudo (Últimos Episódios)

Ouço batidas na porta e desperto do mundo de fantasias onde eu me encontrava.
- Fernanda! Abra a porta, preciso falar com você...
- Mãe me deixa dormi! – respondo me aconchegando ao corpo quente do Alexandre. – MÃE?!
Puta que pariu!
Rapidamente fico de pé usando o lençol para cobrir o meu corpo.
- Mãe espera um minutinho, ou melhor, não dá para conversamos outra hora? – pergunto me colando a porta.
- Fernanda tem que ser agora! Anda abra a porta.
Oh merda!
Alexandre dormia profundamente, seu corpo nu estava relaxado sobre a minha cama e ele sorria.
Eu amo você Lindinha.
Oh meu Deus! Eu nunca vou esquecer a noite de ontem, mesmo quando for uma velhinha gagá de bengala.
- Fernanda que demora é essa?! – mamãe gritou batendo na porta mais uma vez.
- Espera, estou trocando de roupa!
Corro até o Alexandre e o balanço.
- Alexandre! Acorde! Anda!
Ele nem se mexe, então o balanço com mais força.
- Alexandre! Acorda! – sussurro desesperada.
Ele abre os olhos e me olha com a cara amassada, então coloca um sorriso safado na boca e me puxa para a cama ficando em cima de mim.
- Meu pau acordou com fome hoje. – fala introduzindo a mão entre as minhas pernas.
- Fernanda estou indo buscar a chave reserva deste quarto! O que está acontecendo? Estou preocupada!
Os olhos do Alexandre se arregalam. Se a situação não fosse trágica eu teria rido.
- É a sua mãe?!
- É. – o empurrei para que ele saísse de cima de mim. – Anda você tem que sair daqui!
Ele se levantou colocando a cueca e a calça apressadamente. Ao chegar à janela estacou.
- O que você está esperando! Pule! – impacientei já que ele parecia imóvel.
- Seu pai vai me ver. Ele está no jardim tomando sol.
Oh merda!
Olhamos um para a cara do outro sem saber o que fazer, foi quando uma ideia me ocorreu.
- Anda! Entra debaixo da minha cama!
- Ficou maluca?! Eu nunca irei caber aí! – sussurrou.
- Anda Alexandre! Se várias sardinhas cabem dentro de uma lata, você vai caber debaixo de uma cama.
Ele me encarou com uma carranca devido a minha teoria maluca.
- Por que eu não posso simplesmente abrir a porta e dizer “Bom dia sogrinha”?
Abro a boca chocada.
- Quem é você? O que fez com o Alexandre?
O barulho inconfundível de chave faz com que nós dois encaremos a porta.
- Fernanda eu estou entrando. – avisa mamãe.
Puta que pariu ela pegou mesmo a chave reserva do meu quarto!
Como um ninja Alexandre desapareceu da minha frente e entrou embaixo da cama. Um segundo depois a minha mãe adentrou no meu quarto.
- Está tudo bem? – indagou desconfiada.
- Cla-ro. Por que não estaria? – digo sorridente.
- Por que não abriu a porta? Fiquei preocupada.
- E... eu estava trocando de roupa mãe.
- Mas você ainda está enrolada em um lençol! – ela ergue uma sobrancelha e cruza os braços.
Olho para o meu corpo e engulo em seco. Minhas bochechas queimam.
- Não consegui me trocar com a senhora gritando lá fora! – fico nervosa. – Parecia que o mundo estava acabando. O que tanto queria falar comigo?!
- A sua prima Beatriz está lá embaixo, ela trouxe os gêmeos para você conhecer. – mamãe diz com a pulga atrás da orelha.
- Eu vou descer em instantes. – afirmo praticamente a empurrando para fora do quarto.
Já do lado de fora ela se vira e me fita.
- E outra coisa. Da próxima vez que você esconder o Alexandre embaixo da cama peça a ele para encolher os pés, eles estavam para o lado fora. – diz com humor.
Fico com a cara no chão.
- Bom dia filha. – ela finaliza sorridente dando-me um beijo na testa.
Fecho a porta do quarto em estado de super choque.
- Ela já foi? – pergunta Alexandre deslizando para fora.
- Já. – consigo responder.
Ele se aproxima e meus olhos não desviam um minuto sequer do seu peitoral.
Jesus! Esse homem gostoso é meu!
Poderia fazer uma placa fluorescente para ele carregar pendurada no pescoço com os dizeres: “Não toque, não olhe, não cobice. Propriedade privada.”.
- Acho melhor ir também, antes que mais alguém apareça.
- Também acho. – digo rouca subindo meu olhar para o seu rosto.
Ele pega em minha cintura com ambas as mãos e cola os nossos corpos.
- Meu pau ainda está com fome. – avisa com aquele maldito sorriso cínico na boca.
Não consigo nem sequer formar uma frase. Sinto a rigidez do seu membro pressionar minha barriga.
O que esse homem faz comigo meu Deus?
Alexandre me dá um selinho nos lábios e através dos meus olhos mergulha nas profundezas de minha alma.
- Toda despedida é dor, tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia. – ele declama Shakespeare de um jeito tão bonito que me enternece, em seguida me abraça firmemente.


Eu não sei bem o que mudou em mim, talvez nada tenha mudado, talvez agora eu só esteja sendo eu mesmo. Sem os fantasmas que me impediam de ver a felicidade que sempre esteve ali ao meu alcance. Desde que ouvi aquele “quero muito” como resposta ao meu pedido, o meu coração passou a bater em um ritmo diferente. Sinto que posso confiar nela, me entregar por inteiro. Aquela mulher não sabe o que fez por mim e o que ainda pode fazer.

Fernanda me faz experimentar a paz, me sentir em casa.
Sim, ela é a minha morada.
Desço as escadas para tomar o café da manhã, Fernanda ainda deve estar lá em cima. Chego à sala e aquele choro inconfundível de bebe atinge meus ouvidos, eu não gosto daquele som, eles me trazem lembranças amargas.
- Ai graças a Deus alguém apareceu! Você deve ser o Alexandre, namorado da Nanda. – disse uma mulher embalando nos braços um bebe que chorava. – Tia Júlia subiu para ver o Tio Fernando e até agora não desceu. Preciso de alguém para ficar com o Benjamim, enquanto subo para trocar o Bernardo. Ele fez cocô.
Só agora percebo que tem um segundo bebe dormindo em um carrinho. Lembro que quando estava debaixo da cama ouvi a Júlia dizer algo sobre uma prima que queria mostrar seus filhos gêmeos a Fernanda.
- Segura o Benjamim para mim. É só embalá-lo que em poucos segundos ele para de chorar.
Ela se aproxima me oferecendo o bebe que já havia parado de choramingar. Corro para o lado oposto da sala balançando a cabeça em negativa.
- Oh não... eu não levo o menor jeito. – digo desesperado.
- Ora deixe disso! – ela ralha vindo ao meu encontro. – Minha prima sempre disse que iria querer uma família grande, você tem que ir se acostumando!
Encaro-a com pavor e antes que possa fugir de novo ela me empurra o bebe. Depois caminha até o carrinho e pega o outro bebe que dormia.
- Pelo amor de Deus! Eu nem sei segurar isso, digo o bebe. E se ele cair?
- É claro que sabe. Está indo tão bem. – sorriu já subindo as escadas. – Lembre-se se ele chorar é só embalá-lo.
Porra eu nunca segurei um bebe antes, nem ao menos fiquei tão perto de um. Será que estou segurando direito?
Fico sem ação. Passo o olhar pela sala a procura de alguém que me tire daquela enrascada, mas não encontro ninguém. Fito o bebe e ele meio que me dá um sorriso banguelo, quer dizer, eu acho que aquilo pode ser considerado um sorriso. Ele começa a proferir alguns sons que não consigo entender.
 Que raios de língua é aquela que ele fala?
Fico imóvel o encarando como se qualquer movimento meu fosse sinônimo de catástrofe. De repente ele franze a testa e faz um bico, seus olhinhos castanhos instantaneamente se enchem de lágrimas.
Cacete ele vai chorar!
- Não... não... não chora. – começo a suar frio e ando de um lado para o outro.
Cadê a mãe desse menino meu Deus?!
Esse choro não me faz bem...


Parei no ultimo degrau da escada para presenciar a cena que pensei que nunca veria em minha vida. Admito que além de incomum é hilária.
Um Alexandre bastante atrapalhado caminhava pela sala com o meu priminho nos braços tentando sem sucesso fazê-lo parar de chorar. Dei um sorriso bobo. Ele estava sexy naquele papel.
Caminhei lentamente até ele, sem deixar de sorrir.
- Você tem que niná-lo de forma mais suave se quiser fazê-lo parar de chorar. – brinquei.
Ele me olhou como se eu fosse a mulher maravilha que o socorreria de alguma tragédia.
- Graças a Deus! Segura ele Fernanda, não sei mais o que fazer para que pare de chorar. – diz aflito estendendo o bebe para que eu pegue.
- Oh não... essa cena está tão bonitinha. Vamos lá, você está indo bem. – o encorajei.
- Por favor, Fernanda! – gritou no auge do desespero.
- É só um bebe Alexandre! O máximo que ele pode fazer é te atacar com um super pum. – brinquei tentando acalmá-lo.
- Esse choro não me faz bem... Tira ele de mim, por favor!
Ergui as sobrancelhas surpresa com o tom desesperado da voz dele. Alexandre estava esquisito, perturbado até. Meu priminho começou a chorar mais alto, acho que sentiu as emoções conflitantes dele. Peguei o bebe no colo e o embalei suavemente, cantando uma canção de ninar.
Alexandre se afastou sentando-se no sofá abalado e colocou a cabeça entre as mãos. Meu priminho aos poucos parou de chorar e ficou quietinho confortavelmente em meu colo.
- Você leva jeito. – comentou depois de um tempo me observando.
Sorri fitando o bebe.
- Meu primeiro emprego foi como babá. Eu tinha quatorze anos, praticamente cuidei de todos os bebes desse quarteirão.
Ele deu um sorriso fraco, mas não parei de falar. Sempre me empolgava quando o assunto era bebes.
Que mulher não se empolga com aquelas fofurinhas?
- Queria ter tido irmãos, nunca gostei de ser filha única. Só não me sentia sozinha porque tinha muitos primos, primas e amigos para brincar, conversar e aprontar comigo! – gargalhei.
Ele me encarou sério e eu parei de sorrir.
- Você sabe que eu não posso ter... filhos, não é?
- Sei.
A vasectomia.
Até hoje tenho vontade de gritar com ele por ter feito isso!
- Te ver assim... tão feliz com um bebe nos braços me fez pensar em algumas coisas. – seu olhar estava diferente causando-me um frio na espinha.
- Que coisas? – perguntei me sentando ao seu lado no sofá. Meu priminho havia pegado no sono e eu depositei um beijo em sua testa.
- Eu quero muito ficar com você, até penso em um futuro juntos, mas se você for ficar comigo quero que fique sabendo que não quero filhos.
Engulo em seco e ele continua.
- Acho melhor falar isso agora, para evitar que amanhã ou depois você não venha com ideias, como querer adotar ou fazer uma inseminação artificial.
Penso em ter reações histéricas ou até mesmo quebrar um jarro da mamãe na cabeça dele, mas apenas o fito pensando se a nossa vida sempre será assim: ele impondo limites e eu tendo que quebrá-los.
Só de pensar em escolher entre ser mãe e o homem que amo bate um desespero, mas acho que é cedo demais para nesse assunto.
Poxa começamos a namorar ontem!
- Não precisamos decidir isso agora. – afirmei.
- Eu sei, mas achei melhor ser sincero com você.
Eu assenti e apreciei o bebe em meus braços.
- Você nunca quis mesmo ser pai? Nem mesmo quando se casou com ela? – olhei dentro de seus olhos.
- Quando nos casamos eu acreditava que ela estava esperando um filho meu. Mas essa foi só mais uma das muitas mentiras que a Rebeca me contou.
Ele se levanta do sofá abruptamente com um sorriso amargo. Pensei em dizer algo, mas fiquei quieta. Pela primeira vez ele estava me dizendo algo sobre o passado.
- Como ela pode brincar com os meus sentimentos dessa forma?! – ele me pergunta como se eu soubesse a resposta. – Eu quis tanto uma criança que só existiu na minha cabeça.
A dor ainda estava lá, machucando-o. Doeu em mim também. Odiei a Cobreca naquele instante, se ela estivesse na minha frente arrancaria o seu fígado com as minhas mãos.
Terei essa oportunidade.
O nome dela acaba de entrar para a minha lista de pessoas que darei umas bolachas antes de morrer.
- Como você descobriu a verdade?
- Isso não importa mais.
- É claro que importa Alexandre! Quando vamos falar desse seu passado? Cedo ou tarde vamos ter que falar dele, seja lá o que tenha acontecido você precisa se desligar disso. Perdoar, esquecer, evoluir!
- Eu nunca vou perdoar! – disse entre dentes. – Ela fodeu tanto com a minha vida que eu nem ao menos consigo ser um homem inteiro para a mulher que eu realmente amo e quero ficar!
Seu rosto estava angustiado e meu desejo era de confortá-lo. Tive pena dele. Uma parte do Alexandre parecia ter se reconstruído nos últimos dias, mas ainda existia uma parte devastada e eu teria que trabalhar naquilo, não desistia dele, nem da minha felicidade.
Coloquei meu priminho no carrinho de bebe e fui até ele. Alexandre me olhou intenso e segurou meu rosto entre as mãos.
- Eu tenho medo que você acabe se cansando de mim e me odeie por não ser o que você queria que eu fosse.
- Você acha que o meu amor é tão mesquinho assim? – pergunto baixinho. – Eu gostaria de poder acabar com esses pesadelos que tanto te atormentam...
Ele desliza suas mãos para a minha cintura e eu me sinto amada apenas pela forma como ele me olha. Vejo um amor arrebatador em seus olhos. O impacto daquilo me afeta em cheio, não que eu houvesse duvidado de sua declaração na noite anterior, mas é que agora é como se todas as suas emoções estivessem expostas.
Ele me amava... Sim amava.
- Meus pesadelos normalmente têm a ver com perder você... é querer demais pedir para que nunca desista de mim? – murmura sob meus lábios.
Dou um sorriso levando minhas mãos até o rosto dele.
- O nosso amor vale muito apena para que eu desista. – sussurro grudando nossas bocas.
******
Minha prima tomou café da manhã conosco e eu conheci o Bernardo, gêmeo do Benjamim, os dois eram mega fofos. Fiquei com o Bernardo no colo durante todo o tempo que ficamos à mesa. Quando mamãe fez alguns comentários sobre netos senti o Alexandre ficar tenso, até eu fiquei tensa e tratei de mudar de assunto.
Pouco antes do meio-dia a minha prima Beatriz foi embora e eu a levei até o carro.
- Eles são duas fofuras. – disse emocionada a ajudando a colocá-los nas cadeirinhas dentro do automóvel.
- São. – concordou. – Um dia você terá os seus também.
- É, quem sabe. – respondi com um sorrisinho tímido.
- E o bonitão? Nunca te vi tão feliz.
Eu suspiro e encosto-me ao carro.
 - Acho que estou vivendo o momento mais perfeito da minha vida.
- Vocês parecem ser perfeitos um para o outro e ele te olha de uma forma muito bonita. – ela me abraça e em seguida entra no carro dando partida.
Aceno até ver o carro dobrar a esquina.


- Sabe o que eu estava pensando? – Fernanda pergunta me fitando.
Estamos sentados no chão do seu quarto comendo pudim depois do almoço maravilhoso da Júlia.
- O que? – indago colocando uma colher generosa de pudim na boca.
- Você ainda não me levou para sair como sua namorada.
Não contenho um sorriso.
- Bom... eu estava esperando voltarmos para São Paulo, vou te levar em uma porção de lugares. Mas se você quer sair, saímos hoje. Você escolhe o lugar.
Ela pareceu pensar.
- Tem uma pizzaria que eu gosto muito.
- Combinado então. Vamos comer pizza.
- E andar de mãos dadas! – disse alegre.
- E andar de mãos dadas... – afirmo aproximando minha boca da dela.
Foi um beijo gostoso... com gosto de pudim...

******
Virei-me no exato momento em que ela descia as escadas. Estava perfeitamente maquiada com os olhos se destacando no rosto bonito. Os lábios carnudos se abriram em um sorriso evidenciando ainda mais o batom vermelho que fora passado neles. Ela vestia uma blusa tomara-que-caia de um tecido fino, a impressão é que não usava nada por baixo. Fiquei louco ao descer os olhos para suas pernas mal cobertas por uma micro-saia.
Os cabelos cor de ouro caiam soltos de forma natural e ela ainda usava sandálias de salto. Meu corpo inteiro queimou.
Cacete! Nunca vou deixar de olhar para Fernanda sem pensar em sexo.
- Como estou? – ela coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e me olha ansiosa.
- Gostosa. – respondo rouco. – Estou quase desistindo de comer pizza para comer você.
- Isso soou grosseiro... – ela critica tentando ficar seria. – Preferiria que dissesse que estou linda.
Minha mão agarra seus cabelos trazendo-a para mim.
- Mas você é linda o tempo inteiro. – segredei. – Minha...
- Meu. – a ouvi sussurrar antes de beijar suavemente meus lábios.
******
 Na pizzaria sentamos em uma das mesas próximas a janela. Abrimos o cardápio e depois de muito discutirmos chegamos a um consenso no sabor da pizza: americana.
- O que está te incomodando Alexandre? Você está com essa ruga na testa desde que saímos de casa. – comentou assim que o garçom anotou os pedidos.
- Suas pernas. – bufei.
Fernanda sorriu.
- Por que minhas pernas estão incomodando você?
- Não gosto dos olhares que elas vêm recebendo desde que saímos de casa. – respondi de cenho franzido. – Você não acha que essa saia está curta demais?
Ela gargalhou e eu me irritei um pouco.
- Poxa está ai uma coisa nova. Não sabia que você era tão ciumento!
- Não é ciúmes. – neguei.
Na verdade era, estava morto de ciúmes.
- Ok. Não é ciúmes então. – concordou com humor. – Sabe o que eu estava pensando?
- O que?
- Que não sei muito sobre você. Por exemplo, seus relacionamentos.
Cerrei o maxilar.
- Eu fui casado. Você sabe.
- Sim eu sei, mas e depois? Não houve mais ninguém?
Suspirei mediante a curiosidade dela.
- Não tive relacionamentos.
Ela me olhou desconfiada e eu soltei uma respiração pesada.
- Se você quer saber em quantas mulheres meti o meu pau depois que me separei da Rebeca vai ser difícil. Nunca me preocupei em contar.
- Foram tantas assim? – indagou visivelmente incomodada.
- Em que isso importa agora? – levantei uma sobrancelha. – É passado.
- Eu sei que é passado.
Ela me oferece um sorriso que não chega aos seus olhos. Pego em suas mãos sobre a mesa e a encaro.
- O que eu fiz antes de te conhecer não tem importância, as mulheres com quem me envolvi muito menos. Você é o meu presente e o meu futuro agora.
Um grande sorriso brotou em seus lábios. O sorriso mais lindo que já vi na boca dela.
O garçom trouxe a pizza e a colocou no meio da mesa. Comemos, conversamos, rimos juntos e principalmente um do outro.
Sentia-me vivo.
Feliz.
Completo.



Saímos da pizzaria e andamos DE MÃOS DADAS até o carro. Esse fato tinha que ser noticiado em caixa alta mesmo.
Puta que pariu! Eu tinha vontade de gritar...
Andar de mãos dadas é muito mais que mostrar para as outras pessoas que estamos juntos, é mostrar para nós mesmos. É compromisso, carinho, confiança.
Quando olho para trás e vejo tudo o que passei percebo que não perdi em nenhum momento, é isso mesmo, não houve perdas ou derrotas. Cada momento difícil foi um passo em direção a felicidade. É tão tocante e esquisito, sinto uma conspiração para ficarmos juntos, como se em cada lugar do planeta estivesse alguém torcendo por nós.
Estava tão alheia em pensamentos que não percebi quando o Alexandre parou o carro embaixo de uma árvore em uma rua deserta.
- Que foi? A gasolina acabou? – brinco.
Ele me encara com um sorriso malicioso na boca.
- Você vai deixar a janela aberta hoje?
- É claro que não! A minha mãe quase nos pegou hoje. – o repreendi divertida.
Ele cai na gargalhada e faço o mesmo.
Em instantes paro de sorrir, sinto algo diferente, um calafrio no corpo. As janelas do carro estão fechadas, não há como nenhuma rajada de vento entrar no carro, então por que estou sentindo esses calafrios estranhos?
- Fernanda o que foi? – Alexandre me pergunta com uma expressão preocupada.
Passo as mãos pelos meus braços. A sensação ruim ainda está presente.
- Eu não sei... eu... senti uma coisa estranha. Como se algo muito ruim fosse acontecer.
O semblante dele se fecha e ele me puxa para seu colo, posiciono minhas pernas uma de cada lado do seu corpo e olho em seus olhos verdes.
- Ei para com isso ok? Nada de ruim vai acontecer. – ele tenta me acalmar pegando meu rosto entre as mãos.
Quero acreditar nele, mas aquela angustia não me abandona. Meus olhos enchem-se de lágrimas e minha voz fica chorosa.
- Estou com medo. Sempre que fico muito feliz algo de ruim acontece para estragar tudo. E eu estou mais do que feliz Alexandre, eu estou transbordando.
Sua expressão fica séria, determinada.
- Eu estou aqui Lindinha e não vou sair do seu lado nunca mais. Prometo.
Fico mais calma com a promessa dele. Agarro seu pescoço e afundo meu rosto ali para conter as lágrimas.
- Eu não quero voltar para São Paulo. Alguma coisa está me pedindo para não voltar.
Tirando-me da minha zona de conforto ele agarra meus braços e me obriga a encará-lo.
- Nada pode me separar de você. Deus não seria injusto de me mostrar o céu, só para depois tira-lo de mim.
Fico sem palavras. Os olhos dele ficam escuros e a atmosfera do carro muda. Suas mãos viajam por minhas pernas subindo a minha saia e só param ao sentir a carne macia da minha bunda nas mãos.
- Você é minha... – sussurra em meu ouvido. – Olha pra mim.
Encaro em espera aqueles olhos selvagens.
- Prometa que nunca irá mentir para mim. – pede em um tom rouco.
Havia muito por trás daquele pedido, era importante para ele a minha resposta .
- Eu Prometo. – digo com todo o meu coração. – Eu te amo.
A boca dele esmaga a minha com volúpia enquanto suas mãos descem a minha blusa com um único movimento. Meus seios inchados ficam desnudos e ele chupa duro um dos bicos, desesperada começo a esfregar o centro do meu prazer no volume da sua calça jeans.
- Porra Fernanda... isso terá que ser rápido. Preciso meter meu pau em você.
Minha barriga treme, estou tendo um terremoto interno. A urgência dele é a mesma minha, Alexandre leva suas mãos até seu cinto e o abre apressado, seguido dos botões.
Seu pau sai para fora e fico com água na boca. Minha calcinha que a esta altura estava mais molhada que roupa pingando no varal é afastada para o lado, ele insere três dedos em minha boceta e começa a esfregar delicadamente.
Puta que pariu! Sinto-me em uma montanha russa!
- Ahh... – grito arqueando meus quadris quando seus dedos são substituídos por seu pau.
- Eu nunca vou me cansar de meter meu pau em você... – diz assim que ele todo fica dentro de mim.
Suas mãos seguram firme em minha cintura direcionando a velocidade dos meus movimentos.
Ele estava no controle...
Alexandre me invadia forte, duro, potente. Sorriamos um para o outro, éramos um. Os bicos dos meus seios, um de cada vez, foram aprisionados por seus dentes. Foi torturante, puro êxtase e gostoso. Sexo com ele nunca era somente uma coisa, Alexandre sabia dar e receber.
Seu pau foi encharcado pelo meu gozo e ele gritou se juntando a mim, quebramos todas as barreiras, sé é que ainda existia alguma.
- Vou deixar a porta do meu quarto aberta hoje. - ele me abraçou, seu pau ainda pulsava em mim.
Eu sorri e o fitei.
- Talvez eu passe lá para lhe desejar boa-noite.
Ele atraiu sua boca até a minha, mas não me beijou.
- E talvez você não saia de lá nunca mais. – um sorriso sexy puxou seus lábios.
Até parece que eu gostaria de sair... Alguém em sã consciência sairia?
Alguém???
Acho que não.
Dei meu sorriso de mulher bem comida e fodi a boca dele com a minha.

4 comentários:

Unknown disse...

É acho que eu tbm não sairia não Rsrsrs, estou morrendo de medo do que vai acontecer com eles. Esses arrepios da Nanda ...torcendo por eles .

telma disse...

concordo plenamente com a Regina , fico emocionada com vc Josi,adoro vcs, não sumi estou todos os dias aqui. bjs e faça um final incrivelllllll ok

vi_meu_mundo disse...

Esta cada vez mais surpreendente sobre a série Rendinha ;D
Só triste pois são os últimos capítulos :(

Josi Novais disse...

Regina - Não vou mentir, as coisas vão ficar difíceis para esses dois. Espero que eles consigam passar pelo que vai vim. Vamos torcer por eles! #ForçaAlexandreENanda

Telma - Sempre é muito bom contar contigo *-* Você é veterana aqui no Blog, uma das primeiras (se não a primeira) a participar. Emocionar com o que escrevemos é uma dádiva! Espero que o final seja incrível, darei o melhor de mim. Ainda teremos uns cinco ou seis capítulos.

Vi_meu_mundo - Espero que os próximos capítulos continue te surpreendendo! Teremos muitas surpresas antes do fim! Beijo grande!

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