sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Série Rendida - Novais J



A Batalha

Olhei para o relógio na parede e respirei aliviada, quase fim do dia. Minha vontade era de levantar da cadeira e fazer a dancinha da vitória. Hoje é sexta feira, final de semana chegando vou poder descansar, minha ideia de relaxamento é me empanturrar de comida, assistir meia dúzia de filmes melosos na TV a cabo e por em prática o meu plano nada decente com meu ex-chefe. Sorri mediante as lembranças de ontem à noite, transamos loucamente depois de três dias sem nos ver (e quando digo “sem nos ver” quero dizer sem sexo, porque apesar de não ser mais sua secretária ainda trabalhamos na mesma empresa e nos vemos todos os dias).
Minha vida mudou bastante nos últimos três meses, no campo profissional passei a ser secretária do Dr. Tomas, um senhor beirando os sessenta anos, acionista da empresa e um chefe maravilhoso. No campo sexual virei amante do Alexandre McConaughey, acho que é isso que somos afinal transamos com frequência de quatro a cinco vezes por semana e às vezes ele dorme na minha casa. Falar da minha relação com ele é complicada, tem uma parte de mim que o odeia, mas tem outra bem maior e mais forte que não consegue se afastar dele e que o deseja cada vez mais.
O tempo que passamos juntos é sempre regado a sexo da melhor qualidade, ele é um especialista em fodas. Às vezes conversamos também sobre a empresa, eu gosto quando ele me fala dos seus problemas e das suas ideias, sempre debatemos tudo e ele escuta minha opinião me fitando com aqueles olhos matadores. Nunca falamos sobre vida pessoal, parece ironia eu sei, dividimos nossos corpos, mas não sentimentos. Alexandre é fechado e não me dá espaços para conhecê-lo além da cama e dos negócios, acho que é o jeito dele de me avisar que nunca passaremos desse nível, na verdade ele já deixou isso bem claro enquanto tirava a minha roupa na terceira vez em que ficamos juntos.
- Eu abominei três coisas na minha vida Fernanda. – falou rouco de encontro ao meu ouvido, depois olhou em meus olhos como se para ter certeza de que eu entenderia. – Relacionamentos sérios. Casamento. Filhos. Não comece a ter pensamentos cor-de-rosa, eu gosto de te foder e você gosta de sentir meu pau dentro de você e é só.
- Não se preocupe homens como você uso para me diverti, para casar procuro alguém com as dez qualidades essenciais. – retruquei com um sorriso frio o jogando na cama.
Só porque ele me fazia gemer como uma gata no cio não queria dizer que eu o queria no altar, ele é tão prepotente! Claro que quero casar e ter filhos, mas nunca seria com um homem como ele, quer dizer ele daria um ótimo marido se tivesse as qualidades essenciais, ta bom admito que ele tem umas seis das dez, mas isso não vem ao caso.
- Quais são as suas dez qualidades essenciais? – perguntou petulante abrindo o meu sutiã e sugando meus seios.
- Um homem tem que ser gentil, batalhador, firme, gostoso, integro, charmoso, engraçado, equilibrado, companheiro e amoroso. – respondi ofegante.
- Talvez você encontre alguém assim no País das Maravilhas, a Alice pode te ajudar a achar... – provocou com um sorriso cínico.
O telefone em cima da minha mesa tocou e eu dei um sobressalto, voltei à realidade e o atendi, era o Dr, Tomas me chamando para uma conversa em sua sala. Levantei-me e passei as mãos pelo meu vestido, ele era azul e justo, tinha uma pequena abertura na perna esquerda o que facilitava a locomoção. Não havia decote, mas nas costas tinha uma fenda em U dando um toque sofisticado. Meu cabelo estava preso em um coque e para completar o traje eu calçava scarpin pretos
- Pois não Dr. Tomas? – perguntei com um sorriso no rosto assim que entrei na sua sala.
- Sente-se Fernanda. – indicou uma cadeira.
Eu me sentei de frente para ele, Dr. Tomas tinha um ar profissional, ele me fitou e ajeitou melhor os seus óculos de grau no rosto fino.
- Alexandre veio falar comigo. – começou deixando meu corpo em alerta, tentei ficar natural para não denunciar o meu nervosismo. – Ele está formando uma equipe para o congresso semana que vem em Veneza, você sabe disso não sabe?
- Sim senhor. – assenti.
Essa noticia estava rodando a radio bastidor da empresa há um mês, era um congresso importante e os escolhidos iriam para Veneza por uma semana com tudo pago pela empresa. Todo mundo queria ir, afinal era Veneza, a cidade mais romântica do mundo.
- Você foi uma das escolhidas para compor a equipe. – revelou me encarando com um sorriso orgulhoso.
- Eu?! Mas por quê? Nem sou mais secretaria dele?!
- Você é competente Fernanda. Ate hoje eu não entendi como ele abriu mão de você. Alexandre quer os mais competentes com ele e entre as secretarias você é a melhor, ele veio conversar comigo e eu a liberei. É uma oportunidade única, será uma experiência significativa para a sua carreira. Posso me virar aqui sem você por uma semana, o Alexandre precisará mais de você lá do que eu aqui.
Estava chocada, sei bem em que ele iria precisar de mim em Veneza. Não era justo ele se intrometer assim no meu trabalho e vim falar com o meu chefe só porque não iria conseguir manter o pau dentro da calça por uma semana.
- Dr. Tomas eu preferiria não ir. – disparei.
- De maneira alguma Fernanda. Você irá sim, é uma oportunidade de ouro! Por que você não iria?
Eu não poderia dizer a verdade, na empresa ninguém sabia que tínhamos um caso. Realmente eu não tinha o que dizer para o Dr. Tomas, então o jeito foi colocar o sorriso da Monalisa no rosto e fingir felicidade.
- O senhor tem razão, não posso deixar uma oportunidade dessas passar, acho que foi a emoção da notícia, estou até agora sem acreditar.
- Bom por hoje é só, você está dispensada. E parabéns!
Saí da sala no automático, meu corpo inteiro fervia de raiva. Alexandre tinha passado dos limites, como ele podia tirar a vaga de alguém que realmente merecia ir para me colocar no lugar só porque ele queria foder em Veneza?!


Fui até o andar do Alexandre, mas a secretaria me informou que ele havia acabado de descer para o saguão. Nós não iríamos nos ver hoje, ele havia marcado um jantar de negócios, corri até o elevador e desci para o primeiro andar. Ele teria que me escutar e esquecer aquela ideia absurda de me levar para Veneza.
Não que eu não queira ir. Poxa é Veneza!
Se fosse uma circunstancia normal eu estaria me contorcendo de alegria, mas não era uma circunstancia normal, ele estava me levando com um interesse oculto por aquele papinho de competência profissional.
Cheguei ao saguão e o procurei com os olhos, estava lotado de pessoas indo e vindo. Funcionários, investidores, acionistas parece que todo mundo resolveu parar justamente ali para conversar. Circulei no meio da multidão e cumprimentei alguns colegas de trabalho com um aceno de cabeça e nada do Alexandre, foi então que o vi ao lado de dois executivos da empresa e de uma morena sorridente que o tocava no braço com frequência.
Ignorei o fogo do ciúme me consumindo por dentro e me aproximei, como se tivesse sentido a minha presença ele olhou para o lado e nossos olhos se encontraram, Alexandre analisou cada curva do meu corpo com um olhar ardente, mas fingi indiferença ainda estava puta com aquela história da viagem.
- Sr. Alexandre gostaria de trocar algumas palavras com o senhor. – falei me aproximando e cumprimentando as pessoas que o cercavam com um sorriso.
A morena ao lado dele me olhou de cima a baixo, encarei-a também.
- Pode falar. – respondeu sério.
Era obvio que sabia que eu queria falar em particular, mas ele adorava complicar as coisas.
- Poderíamos falar em particular? – perguntei.
A morena ao lado dele me olhou e ergueu uma de suas sobrancelhas.
- Fernanda...
- Querido e o nosso jantar? – interrompeu à morena tocando-o no braço insinuante.
Que porra era aquela? Então era aquele o jantar de negócios?!
Ele a olhou e deu um de seus sorrisos, o bichinho do ciúme praticamente quis sair do meu corpo e avançar naquelazinha.
- Eu não vou demorar Mel. – disse de uma forma tão doce que um diabético enfartaria.
  Ele me levou para um local do saguão mais reservado, a raiva já tinha tomado o limite máximo. Odeio quando mentem pra mim ou quando omitem alguma coisa e ele fez as duas. Primeiro não me contou nada sobre Veneza e depois disse que ia ter um jantar de negócios quando na verdade era um encontro com a morena adocicada.
- E então Fernanda? – perguntou impaciente afrouxando o nó da gravata.
- É aquele o jantar de negócios? – perguntei a queima-roupa.
Seu semblante se fechou e ele olhou para os lados visivelmente incomodado com minha explosão.
- Foi para isso que você me chamou aqui? – irritou-se. – Para fazer uma cena?
- Não. Eu te chamei aqui para dizer que você procure outra pessoa porque eu não vou para Veneza. – gruni.
- Posso saber por quê?
- Você sabe muito bem!
- Não Fernanda, eu não sei. – retrucou. – Olha amanhã conversamos, eu vou até o seu apartamento e você fala o que tem para dizer. Eu tenho um jantar de negócios.
- Claro. – respondi irônica. – E vai ser na cama de quem? Na sua ou na dela?
Alexandre me fulminou com o olhar e eu não desviei, travamos uma batalha silenciosa por alguns segundos.
- É um jantar de negócios em um restaurante onde vamos tratar do futuro da minha empresa, Mel quer ser uma investidora. Eu nem sei por que ainda fico aqui dando explicações para você. Eu não lhe devo satisfações! – falou ameaçador.
Meu rosto queimou e corei de vergonha, eu não acredito que não me segurei e estava ali bancando a namorada ciumenta tão explicitamente para aquele babaca. A gente não tinha nada!
- Você tem razão, não me deve satisfações de quem entra e sai da sua cama. – sorri friamente ignorando o seu olhar furioso. – Espero que você tenha um ótimo jantar de negócios.
Saí e dei as costas para ele, fiz de propósito porque sabia que odiava ser deixado falando sozinho. Senti que ele me seguia e acelerei os meus passos, foi quando bati de frente com um corpo sólido, mãos grandes me envolveram não permitindo que eu caísse. Assim que me recuperei, olhei para cima e sorri, era o Marcos.
- Nanda! Você podia fazer isso mais vezes! – falou eufórico me soltando.
- O que? – perguntei confusa.
- Se esbarrar em mim! – respondeu piscando um olho.
Eu corei e sorri sem graça. Marcos trabalhava na área executiva da empresa, era alegre, divertido, vivia me cantando e me chamando para sair. Ele era negro, alto, dono de um corpo atlético e de um sorriso lindo.
- Nanda o pessoal vai sair para beber um pouco em um barzinho no centro. Você não quer ir? Depois te levo em casa!
Olhei para trás e me surpreendi quando vi que o Alexandre permanecia no mesmo lugar, é claro que ele havia visto o esbarrão, a cantada e o convite. Tinha visto e pela cara não havia gostado nada. O encarei desafiadora decidida a dar o troco afinal ali ninguém tinha que dar satisfações para ninguém mesmo. Dei o meu melhor sorriso e voltei a encarar o Marcos.
- Mas é claro que eu aceito! Eu vou adorar cair na night! – respondi eufórica.
Marcos me presenteou com um sorriso e ofereceu o braço que aceitei de pronto, dei mais uma olhada para trás e encarei o Alexandre que cerrava o maxilar, minha vontade era dar uma banana pra ele, mas não achei muito seguro visto que parecia prestes a entrar em erupção. Marcos começou a conversar me levando para o estacionamento e eu procurei prestar atenção ao que ele dizia.
Alexandre que se lambuzasse com a Mel! Eu não estava nem aí...
Quero dizer eu estava, mas só um pouquinho, coisa mínima.


Como dizem por aí eu enfiei o pé na jaca.
Eu, Marcos e mais alguns funcionários da empresa fomos a um barzinho aconchegante e muito convidativo com pista de dança. Não parei de pensar um minuto sequer no que o Alexandre poderia estar fazendo com a tal da Mel ou os tipos de investimentos que ela estaria propondo a ele. Eu não queria pensar mais nisso, tive raiva de mim por estar com ciúmes daquele idiota e foi aí que eu me dei mal.
Bebi demais e soltei a franga!
Agora andando pelo corredor da empresa parecendo um dos zumbis do seriado The Walking Dead e com a cabeça explodindo devido aos vários tipos de bebidas que misturei minha vontade era de me estrangular. Resumindo a minha noite: bebi demais, dancei com uns dez homens dentre eles o Marcos que achou que eu estava dando mole e ficou animadinho, então resolvi dançar sozinha, o DJ começou a tocar umas musicas antigas do É o Tchan eu incorporei a Sheila Melo e fui do “Segure o Tchan” até “Na Boquinha da Garrafa”. E como se não bastasse para fechar a noite com chave de ouro o Marcos me levou em casa como o prometido e tentou me beijar no carro, fiz tantos movimentos para me livrar da sua boca que acabei ficando tonta e vomitei. Depois disso me lembro de quase chorar pedindo desculpas, ele me dizendo sem graça que tudo bem e então abri a porta e corri para dentro do meu prédio.
Catástrofe total!
Eu ainda andava pelo corredor da empresa quando de repente a porta da sala de copias abriu e fui puxada para dentro. Tentava me equilibrar em pé quando a porta foi fechada e dois olhos lindos e furiosos me encararam.
- Você parece que se divertiu bastante ontem a noite. – cuspiu.
- Aposto que não mais que você. – retruquei irônica passando a mão por minha blusa e descendo a minha saia.
Ele se aproximou e me segurou pelo braço com tanta força que não contive um grito de dor.
- Não brinque comigo Fernanda. – ameaçou.
- Não estou brincando. – desvencilhei-me com um gesto brusco. – Abre a merda da porta agora!
- Você transou com ele?
- O que?
 Eu não estava acreditando que ele tinha me perguntado aquilo. Se ele não me devia satisfação eu também não tinha que responder.
- Eu te fiz uma pergunta e eu quero a resposta. – gruniu.
- Pois eu não vou responder! – gritei. – Não lhe devo satisfações.
O empurrei e passei por ele, mas antes que chegasse à porta ele voltou a me puxar pelo braço e me jogou contra ela colando seu corpo no meu.
- Eu não gosto de dividir Fernanda e gosto menos ainda quando tocam no que é meu. – falou com raiva segurando o meu rosto e me obrigando a encará-lo. – Não me obrigue a ir lá e perguntar a ele.
Seus olhos tinham um brilho tão perigoso que eu não duvidei nem por um segundo que ele faria aquilo, eu não queria colocar o Marcos em uma situação daquelas.
- Nã... não aconteceu nada. – falei tremula.
Ele soltou o ar que estava preso em seus pulmões e afrouxou mais seu aperto em mim.
- Enquanto eu estiver frequentando sua cama quero exclusividade. Entendeu?
Eu não podia acreditar em tamanha cara de pau, eu tinha que ser só dele, mas ele poderia sair abrindo as calças pelo mundo a fora!
- Não eu não entendi. – explodi. – Você diz que não me deve satisfações, mas as cobra de mim, você saiu com outra ontem e fica irritado porque aceitei um convite para ir a um bar!
- Não saí com outra porra! – zangou-se. – Era somente um jantar de negócios, se estou te cobrando exclusividade é porque você terá o mesmo.
- Então você não anda transando com ninguém desde que a gente...
- Não. – me cortou olhando fundo em meus olhos.
Meu coração estava parecendo Copacabana em virada de ano, uma chuva de fogos de artifícios explodiu dentro dele. Pra mim aquilo era quase um relacionamento sério, só ele que não tinha se dado conta.
- Bom já que você também vai seguir a ordem da exclusividade, por mim tudo bem. – falei séria controlando a vontade de pular de alegria e gritar que aquele homem maravilhoso era só meu (mesmo que temporariamente).
Alexandre fitou minha boca e eu fiquei hipnotizada, passei a língua em meus lábios e ele acompanhou o movimento com os olhos, meu corpo ferveu em antecipação esperando o momento em que ele tomaria a minha boca para si.
- E quanto à viagem? – indagou rouco.
- Que viagem? – perguntei fora de órbita.
- Pra Veneza. – explicou antes de me soltar e se afastar me decepcionando.
- Já te disse que não vou.
- Por quê?
- Não quero ir só porque durmo com o dono da empresa. – cuspi.
Ele revirou os olhos e passou a mão pelos cabelos contrariado, depois coçou a barba e me encarou.
- Eu sabia que você iria pensar exatamente assim, por isso não comentei nada com você, deixei que o Dr. Tomas lhe desse a notícia. Você está na equipe porque é a melhor, é inteligente, destemida, perspicaz. Eu sou um profissional Fernanda, esse congresso é importantíssimo para a empresa e eu nunca prejudicaria a minha empresa. Pensei que soubesse disso. – me censurou.
Minha cabeça dava voltas e voltas e um sorriso teimoso se apossou de meus lábios, ele disse aquilo com tamanha sinceridade que eu não tinha porque não acreditar. Saber que ele valorizava o meu trabalho foi mais um choque elétrico para o meu coração.
- Mas se você insiste em não ir, posso ver outra pessoa...
- Não! Eu vou. – falei com um sorriso aberto.
Desta vez não me contive, joguei-me em seus braços e o beijei. Alexandre ficou surpreso de início, mas depois me abraçou me apertando de encontro a si. Nossas línguas buscavam uma a outra com uma sofreguidão desesperada.
- Obrigada. - falei sorrindo de encontro a sua boca.
- Pelo que? – perguntou segurando-me pela cintura e encostando o seu pau ereto em meu ventre.
- Por reconhecer o meu trabalho. – falei olhando-o nos olhos.
- Isso é um mérito seu, não precisa me agradecer por isso. Eu tenho que ir, tenho uma reunião marcada para esta manhã. – ele me beijou com urgência como se me deixar fosse um sacrifício tremendo. – Passo a noite no seu apartamento.
Ele saiu da sala me deixando sozinha com a promessa de que nós veríamos mais tarde. Encostei-me na parede e suspirei diversas vezes. Seria hoje o grande dia, a minha surpresinha para ele.
Alexandre McConaughey enfim seria rendido...



Preparei o suco com cuidado e coloquei dentro um pouco do pó que eu havia comprado, mexi bastante até que os dois se misturassem. A pessoa que me vendeu disse que se eu colocasse uma pequena quantidade a pessoa ficaria desacordada apenas por alguns minutos. Eu queria exatamente isso.
Pensei em várias formas de fazer o que eu tinha em mente sem recorrer a nenhum remédio, mas o Alexandre nunca permitira, ele gostava de sempre estar no controle.
Mas não hoje...
Não dessa vez...


Já era noite quando toquei a campainha do apartamento dela. Meu pau já pressionava minha calça ansioso para fuder a Fernanda de todas as formas e jeitos possíveis.
Eu odiava me sentir assim por uma mulher, desde a primeira vez no meu escritório eu sabia que não iria conseguir fazer aquilo apenas uma vez, eu teria que repetir até me cansar e enjoar como acontecia com as outras, mas já se passaram três meses e eu nunca me sentia saciado.
Hoje eu a maltrataria, a provocaria até fazê-la implorar para gozar no meu pau, invadiria aquela boceta apertada diversas vezes e só depois eu me derramaria dentro dela. Ela precisava aprender a não me desafiar como fez, nunca me senti tão perto de matar alguém como ontem vendo aquele cara tocar nela. Meu jantar de negócios foi um verdadeiro fiasco, não consegui me concentrar em nada imaginando o que poderia estar acontecendo entre ela e o rapaz.
Aquilo já estava indo longe demais, aquele sentimento de posse nunca me pertenceu. Meu caso com a Fernanda mais cedo ou mais tarde acabaria, percebi isso quando comecei a frequentar o apartamento dela, acredite você pode conhecer profundamente uma mulher analisando a sua casa e os seus hábitos. Fernanda era romântica, o quarto dela tinha uma estante cheia de romances água com açúcar e retratos de familiares preenchiam os quatro cantos do apartamento. Aquele não era o meu tipo de mulher, ela tinha sonhos e expectativas e se eu ficasse com ela por mais tempo ela iria querer mais, um mais que não estou disposto a dar nem a ela nem a mulher nenhuma.
Toquei a campainha mais uma vez e a porta se abriu, Fernanda apareceu vestindo um vestido preto justo, o rosto estava perfeitamente maquiado e a boca marcada por um batom vermelho sangue. Ela encostou no batente da porta e passou a mão pelos cabelos loiros que estavam soltos como eu gostava.
- Você demorou. – disse sorridente.
Talvez deixá-la não seria tão fácil como eu imaginei.
- A reunião demorou mais do que o esperado. – expliquei sem abandonar seu olhar por um minuto sequer.
Lentamente entrei, a porta foi fechada e eu a pressionei contra ela e a beijei com urgência sentindo a mesma paixão de todas as outras vezes, ela segurou-me pela nuca me puxando para mais perto, tirei o paletó e a gravata rapidamente sem desgrudar minha boca da dela. Peguei em sua coxa e a levantei até senti-la me envolver na cintura, eu estava em chamas desesperado para me movimentar dentro dela.
- Ei calma... – me empurrou.
Meu pau estava tão duro dentro da calça que chegava a latejar e aquela mulher estava me pedindo calma?!
- Eu quero no meu quarto. – sorriu misteriosa.
- Vem cá. – gruni a puxando pelo braço e tomando o caminho do quarto, abri a porta e a empurrei para dentro entrando logo em seguida.
Fernanda se aproximou da mesinha do criado mudo pegou uma jarra com um suco e colocou dentro de um copo de vidro.
- O que é isso? – perguntei desconfiado.
- Suco de melancia, passou na TV que é afrodisíaco e resolvi fazer para você. – sussurrou se aproximando com o copo e o estendendo para mim.
- Por acaso eu já broxei com você alguma vez? – perguntei irritado.
- Não é isso Alexandre. – sorriu. – Eu só quero apimentar as coisas...
- Se você quer apimentar eu posso dar um jeito nisso. – provoquei com um sorriso safado pegando no meu pau duro sobre a calça.
- Poxa! Fiz com tanto empenho e você não vai beber? – ela pareceu triste e piscou os olhos diversas vezes.
Se aquela mulher descobrisse o poder que tem sobre mim eu estaria em apuros, peguei o suco da sua mão e ela voltou a sorrir cheia de expectativas. Bebi todo o conteúdo sentindo o gosto doce da fruta.
- Satisfeita? – perguntei entregando o copo para ela.
- Sim. Como se sente?!
- Normal. – respondi desconfiado. – Por quê?
- É... Nada.
Ela parecia tensa como se alguma coisa estivesse prestes a acontecer, abri a boca para questioná-la, mas uma tontura me arremeteu deixando minha visão desfocada. Levei a mão a cabeça sentido minhas pernas fraquejarem, braços me envolveram para me apoiar, senti que me sentava em algum lugar.
- Que merda você fez? – foram minhas ultimas palavras antes de cair na escuridão.



 Sentada no sofá do meu quarto o observei acordar, Alexandre estava sentado em uma cadeira de frente para mim, seus olhos estavam vendados e suas mãos amarradas atrás das costas presas à cadeira. Vê-lo assim defeso, sob o meu domínio foi suficiente para me excitar.
- Fernanda?! – me chamou se remexendo na cadeira tentando se soltar em vão. – Que merda é essa? O que você me deu?
Eu sorri e cruzei as pernas de uma forma sensual (ele não poderia me ver, mas aquele cenário estava sexy demais).
- Como você se sente sabendo que eu posso fazer o que quiser com você? – perguntei sensual.
Alexandre se remexeu mais ainda na cadeira tentando se soltar.
- Me desamarra agora Fernanda! Caralho! – gritou nervoso.
- Cala a boca. – mandei cheia de poder, mulher maravilha perdia feio para mim naquele momento.
- Filha da...
- Calado Sr. Alexandre. Eu só vou te soltar depois que eu fizer tudo o que eu quiser. Você vai gostar e se relaxar vai até se divertir... – falei mordendo os meus lábios.
Ele sorriu de um jeito sacana e parou de se remexer.
- Ah Fernanda, quando eu sair daqui você vai se arrepender de ter nascido, mas se me soltar agora eu esqueço a merda que fez.
- Sem chances, você não está em posição de protestar. – falei. – Sabe Alexandre eu estou sentada em um sofá de frente para você e acabei de abrir minhas pernas, estou usando uma calcinha branca de renda.
Ele soltou um grunido e eu sorri de volta. Levantei-me do sofá e andei sensualmente em sua direção, ele sentiu minha aproximação e levantou a cabeça para cima, mesmo de olhos vendados ele era sexy. Comecei abrindo os botões de sua camisa e a deixando completamente aberta expondo o peitoral firme e musculoso, em seguida abaixei e fiquei de joelhos diante dele.
- Você é tão lindo. Tão gostoso. – disse passando a mãos em seu abdômen definido.
Ele suspirou alto perante o meu toque.
- O que você quer com isso Fernanda? Me enlouquecer?
Sorri e abri o seu cinto, seguido do botão da calça. Desci o zíper e introduzir minha mão em sua cueca tirando o seu pau duro e grosso para fora. Alexandre começou a se remexer novamente e eu coloquei apenas a ponta na minha boca e chupei.
- Ah Fernanda... – gemeu.
Tirei-o da boca e comecei a estimulá-lo com a mão, cuspi deixando minha saliva banhar seu pau o que facilitou os movimentos de minha mão. Agora eu o masturbava com ambas as mãos, Alexandre pendeu a cabeça para trás se deliciando com o meu toque.
- Oh... oh...
Não aguentei mais e cai de boca o chupando duro até senti-lo no fundo da minha garganta, minhas mãos e boca trabalhavam juntas para dar ao Alexandre o prazer máximo.
- Boca gostosa do caralho!
Minha língua deslizou por toda a sua extensão, saboreando-o. Fiquei um bom tempo ali ouvindo os gemidos dele enquanto eu o chupava, sexo oral era a minha perdição. Depois de um tempo me levantei e ele soltou um protesto quando perdeu o toque da minha boca. Virei de costas para ele e desci minha calcinha por minhas pernas, acariciei o centro do meu prazer e voltei a encará-lo.
- Estou tão molhada... – gemi.
- Porra Fernanda! Você está me matando, eu quero te tocar, te ver, te foder...
Peguei o seu membro posicionando na entrada da minha vagina, sentei devagar e apoiei minhas mãos no encosto da cadeira, comecei a me movimentar saindo completamente dele e depois entrando de novo lentamente como se nada alem de nós dois importasse. Acelerei os movimentos e rebolei em cima daquele pau gostoso, era tão grosso que me preenchia por completa, passei as mãos sensualmente por meus cabelos sem parar de rebolar.
- Ai Sr. Alexandre que pau gostoso você tem... – gemi.
- Me solta Fernanda. – implorou. – Deixa eu te tocar...
Eu não dei ouvidos, continuei a me movimentar com a minha boceta engolindo o pau dele a cada movimento de vai e vem. Tudo ficou quente, arranquei o meu vestido e o joguei longe, agora eu estava nua e sentada no pau dele.
- Ah... Ah... pau gostoso da porra! – gritei descontrolada.
Movimentei-me como louca rebolando e permitindo que o seu membro afundasse nas paredes de minha vagina, o orgasmo não demorou e veio avassalador como sempre fazendo o meu corpo inteiro tremer e convulsionar. Os anjos haviam aberto as portas do paraíso e eu me encontrava exatamente ali flutuando entre eles.
Assim que o meu corpo se acalmou eu me levantei de cima dele e tirei a sua venda, olhos tomados pelo fogo do desejo me encararam, havia fúria ali também, tudo direcionado a mim.
- Me solta. – mandou.
- Pede, por favor. – ergui uma sobrancelha, queria que ele implorasse como eu implorei na nossa primeira vez.
- Quando o inferno congelar. - sorriu de um jeito bem malvado.
Com um gesto rápido ele levantou as mãos mostrando que havia conseguido se soltar.
Mas como? Eu havia dado vários nós!


Enquanto Fernanda gemia rebolando em cima do meu pau minhas mãos trabalhavam agilmente para me soltar. Ela ainda me olhava espantada sem saber como eu havia conseguido, joguei as cordas para longe e me levantei da cadeira.
Livrei-me da camisa, tirei os sapatos os chutando para longes juntamente com a calça e a cueca.
- Você ta fodida. – ameacei.
Avancei nela jogando-a em cima do sofá, abri suas pernas com força e ela me olhou assustada. Entrei de uma só vez dando estocas tão fortes que o sofá se mexia acompanhando o meu ritmo. A fodi sem dó expondo toda a minha fúria.
- Toma o meu pau Fernanda nessa sua boceta apertada. – gritei.
Fernanda era quente como uma fogueira e seus gemidos me deixavam cheio de tesão. Minhas costas ardiam devido à força com que ela as rasgava com suas unhas encravadas em minha pele.
- Ah... Alexandre... – gritou gozando pela segunda vez.
Saí de dentro dela e a puxei para a cadeira em que ela havia me aprisionado, posicionei-a de quatro de modo a ter sua bunda arrebitada voltada para mim, tomei sua abertura novamente dando estocadas rápidas e precisas, entrava o máximo que conseguia até sentir o meu pau fundo em sua vagina.
- Ah Alexandre... – choramingou. – Eu não aguento mais...
- Fico louco sentindo essa bunda bater de encontro a mim... – gruni aumentando a velocidade.
Puxei o cabelo dela até ter seu pescoço completamente voltado para trás.
- Cachorra gostosa. – sussurrei no seu ouvido e dei uma palmada forte em sua bunda seguida de muitas outras.
Ela gemeu e eu a comi como louco, tirando e enfiando, grunindo como um animal faminto que devorava a sua presa como se não houvesse o amanhã.
- Eu vou gozar... – avisou com voz vacilante.
Não demorou e o meu pau foi banhado literalmente com o gozo da Fernanda, quis prolongar mais o meu, mas não consegui, estoquei mais uma vez e parei depositando toda a minha porra nela.
- Você é minha... – gruni rouco reivindicando-a para mim.


Ela dormia profundamente de bruços, não sei quanto tempo fiquei ali a olhando, os cabelos loiros estavam espalhados sobre a cama e o lençol mal cobria o seu corpo. Comecei a morder suas costas até fazê-la despertar.
- Oi... – disse abrindo os olhos.
- Oi. – respondi serio. – Você é linda.
Ela se remexeu na cama até ficar embaixo de mim, me encarava com um sorriso aberto.
- Serio?
- Sim.
- Você nunca tinha dito isso antes. – falou feliz.
Desci meus olhos para os seus seios descobertos, as esferas cheias com os bicos rosados praticamente clamavam atenção, suguei um seio com volúpia e ela gemeu agarrando os meus cabelos com a mão.
Passei minhas mãos por sua barriga, alisei suas pernas e as abri buscando sua boceta, ah e ela não me decepcionou estava molhada, banhada por aquela lubrificação cremosa, introduzi dois dedos ali enquanto passava a sugar seu outro seio.
- Você parece ter poder sobre o meu corpo... – arfou com dificuldade para respirar.
Massageei o seu clitóris até fazê-lo inchar, mexi meus dedos dentro dela sentindo que ela estava perto.
- Deixe vim Fernanda... Goza pra mim... – falei rouco com a cabeça afundada em seu pescoço sentindo aquele cheiro de mulher gostosa.
- Ah Alexandre... – gritou liberando o seu prazer.
Ela era como uma droga e eu estava viciado, levei meus dedos lambuzados de seu orgasmo a boca e os chupei um a um, ela me olhou febril e gemeu.
- Deliciosa... – sorri.
Fernanda envolveu o meu pescoço com os braços e me beijou na boca, foi um beijo lento, cheio de saliva e línguas dançantes, segurei em sua nuca e o aprofundei buscando aquela massa de sensações que eu sabia que só encontraria com ela, pelo menos enquanto eu estivesse em sua cama. Meu instinto dizia que aquele caso já havia passado da hora de acabar, eu precisava urgentemente seguir em frente e ela buscar o homem das dez qualidades essenciais. Lembrei-me do rapaz do saguão e interrompi o beijo.
- O rapaz que você saiu, é um top ten? – perguntei mais incomodado do que eu gostaria.
- Top ten? – sorriu confusa. – Como assim?
- O homem das dez qualidades essenciais. – expliquei.
- Ah é assim que você chama? – gargalhou. – Bom eu não sei, só saímos para beber juntamente com outras pessoas, não foi um encontro, mas acho ele um cara legal.
Saí de cima dela e deitei na cama olhando para o teto.
- Talvez você esteja certo. – falou e eu a encarei sem entender a que ela se referia. – Eu acho que vai ser difícil encontrar um Top ten, poderia me contentar com um Top seven ou eight, ou talvez eu encontre alguém que me mostre que o amor pode transformar pessoas e que o homem ideal possa ser construído através dele.
Fernanda falou aquilo olhando fundo nos meus olhos como se quisessem fazer as palavras chegarem em algum lugar profundo. Levantei-me da cama como se ela queimasse e busquei minhas roupas pelo chão do quarto passando a vesti-las.
- Aonde você vai?
- Tenho que ir, preciso resolver algumas pendências do congresso em Veneza. – menti enquanto vestia a calça.
- É quase meia noite Alexandre, por que você não fica e vai amanhã pela manhã? – franziu o cenho.
- Porque eu quero ir agora. – falei grosseiro.
Ela fechou o semblante e não disse mais nada, apenas me observou enquanto eu vestia minhas roupas e saia do quarto fechando a porta atrás de mim.


Fechei os olhos e esmurrei o travesseiro com uma raiva muito grande. Porque eu fui dizer aquilo pra ele?
Eu e minha boca grande!
O homem tem horror a romantismo e eu me exponho assim sem o menor pudor, foi praticamente um “Me apaixonei por você”.
Grande merda!
Ele queria sexo sem compromisso e eu queria os dois juntos em um só pacote e queria com ele. Nós éramos brilhantes na cama e tenho certeza que poderíamos ser fora dela se ele me deixasse chegar mais perto, fazer parte da vida dele.
Eu teria um grande desafio pela frente e sabia exatamente o território da minha vitória.
Qual outro lugar no mundo poderia fazer um homem cabeça dura enxergar o que estava bem diante do seu nariz senão Veneza, a cidade do amor?



Meu instinto masculino nunca falha, eu precisava dar um basta antes que a merda fosse maior. Fernanda já começava a ter expectativas. Revirei os olhos e bebi mais um gole do meu whisky, mulheres são todas iguais, cedo ou tarde vem sempre com o mesmo papinho mole e a vontade de te prender para sempre.
Comigo sempre foi diferente, mulher nenhuma ameaça a minha liberdade. Meu envolvimento com a Fernanda já tinha data de vencimento. Uma semana. Assim que voltássemos de Veneza eu terminaria tudo.
Usaria a viajem para me despedir e me acostumar com o fato de que quando voltássemos para o Brasil às coisas não seriam mais iguais.

6 comentários:

vi_meu_mundo disse...

Nossa como o Alexandre é mal!
Continua estou super curiosa para saber oque vai acontecer :3

Josi Novais disse...

Olha você não sabe a alegria que fico quando alguém deixa um comentário sobre um dos meus trabalhos.
Fico o dia todo com o sorrisão no rosto! Obrigada, vou retribuir me empenhando ainda mais na parte 3
É só ficar ligada aqui no blog! Beijão.

Unknown disse...

Parte três rápido. Muito bom. Anciosissima. Esperando. Parabéns.

Josi Novais disse...

Oi Grazi!
Nossa que bom que você gostou!!
A parte 3 sai semana que vem...
<3

Unknown disse...

Que chegue logo semana q vem esperando.....

Josi Novais disse...

Hahahaha
Muitas surpresas acontecerão!
Veneza nos espera... ;)

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