segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Série Rendida - Novais J


Quando o Passado Volta a ser Presente

A sensação é de quem está vendo um espetáculo de teatro. Meu cérebro nunca trabalhou tanto para tentar entender algo.  Uma vez ele me disse que havia abominado relacionamentos sérios, casamento e filhos.
Se o Alexandre chegou a casar é porque não pensava assim antes? E porque ele passou a pensar?
Trabalhei para ele por cinco meses, tivemos um relacionamento por três meses e eu nunca soube de nada. De repente percebo que não o conheço como achei que conhecia.
 Apaixonei-me por um curinga.
Jesus!
O que mais eu não sei? Será que eles tiveram filhos? Ele a amava?
Pensar nele amando alguém é bizarro, a mulher na minha frente teve algo que até pouco tempo atrás eu queria desesperadamente. Na verdade ainda quero, ninguém deixa de gostar de uma hora para outra.
Uma porta se abriu trazendo-me de volta para a realidade, Alexandre saía de sua sala e caminhava em direção ao elevador, mas estacou quando percebeu que tinha “visita”.
Quando a viu congelou, nunca o vi tão atormentado, seu rosto se transformou em uma velocidade impressionante, surpresa, dor e por fim ódio. Rebeca sorria como se a expressão dele não significasse nada demais, ela deu um passo em sua direção e ele se afastou, mas nem isso abalou o sorriso dela.
- Rebeca. – cuspiu.
- Alexandre.
Ela voltou a se aproximar e ele reagiu da mesma forma, se afastando.
Qual o problema dela? Só eu que percebi que ele não a quer por perto?
Se toca minha filha!
- Eu vim para conversarmos. – disse em um tom educado com o sorriso Colgate ainda na boca.
Alexandre a olhou como se ela fosse louca, minha respiração cessou esperando a resposta dele, mas ela não veio.
- Que tal você me convidar para um particular em sua sala? Ou você prefere que eu fale aqui, na frente delas.
Ele olhou para Marta que tinha a expressão idêntica ao assassino do filme Todo Mundo em Pânico e depois, só então pareceu perceber minha presença. Tentei me manter neutra sob o seu olhar, mas foi impossível. Deixei meus olhos revelarem todas as minhas duvidas e os meus medos. Algo indecifrável passou pelos incríveis olhos dele, não sei se culpa ou receio. Alexandre voltou a fitar Rebeca agora com um ódio bem maior, andou até a porta de sua sala a abrindo, ela o seguiu caminhando triunfante.
Os dois entraram e a porta foi fechada.
Engoli em seco. Queria ser uma mosca para estar lá dentro.
- Uau. Que bomba! – exclamou Marta saindo da sua cadeira e ficando na minha frente.
- Pois é. – respondi no automático.
- Daria um dedo para saber o que vai acontecer lá dentro! Será que eles vão...
- Claro que não! – falei incomodada.
- Só se ele não quiser querida porque se depender dela... – insinuou.
- Isso não é da nossa conta. – me irritei jogando os contratos em cima da mesa. – O Dr. Tomás pediu para entregar ao Ale... ao Sr. Alexandre. Tenho que ir.
Corri para o elevador como se ele fosse um refugio, eu não deveria estar tão abalada. Nem tinha mais nada com ele.
O que ela quer com ele?
E se ele voltar pra ela?
Meu coração parecia estar sendo pisado em um pilão. Estava com medo de perder o que já perdi. Com ciúmes do que não era meu. E com medo do que pra mim era desconhecido.


Fui capaz de tudo para enterrar o meu passado. Deixei de ser eu mesmo, mudei de cidade, matei sonhos e sentimentos. Tudo isso pra que? O passado nunca fica totalmente para trás. Ele faz parte do que somos, do que nos tornamos e das escolhas que fazemos. E eu mais do que ninguém fiz muitas. O tempo havia feito bem a Rebeca, estava ainda mais bonita do que me lembrava. Isso só confirma o quanto fui burro o suficiente para me deixar envolver e não perceber quem ela era de verdade antes que me destruísse.
- Que merda você está fazendo aqui? – me exaltei.
- Te procuro depois de dez longos anos e é assim que você me trata? – perguntou petulante.
- Não sei se você percebeu, mas não estou brincando Rebeca. Responda! – gritei enfurecido.
Ela piscou os olhos assustada e se aproximou de mim, ficando perto demais.
- Baby já se passaram dez anos. Você nunca vai me perdoar?
Sorri cínico controlando meu instinto assassino.
- Se era isso que você tinha a dizer cai fora. – falei entre dentes.
Ela me olhou com água nos olhos. As cenas dignas de um Oscar iriam começar, eu já conhecia todas elas.
Passei as mãos pelos cabelos pedindo a Deus paciência.
- Já chega Alexandre! Você não pode me expulsar daqui como se eu fosse um cachorro. Esse papel de vítima não combina mais com você, ou você acha que não sei a vida que esteve levando nos últimos anos.
- Eu nunca ousaria te comparar a um cachorro, eles têm qualidades que você nem sequer sabe o significado! Lealdade é uma delas!
- Eu era jovem e o...
- Por que você não ficou na Nova Zelândia porra?! – me descontrolo.
- Eu juro que tentei te deixar em paz, mas eu te amo.
Ela se joga em meus braços e começa a chorar. A proximidade me faz mal, as cenas que presenciei voltam a me assombrar e eu a afasto.
- Você nem sabe o que é amar alguém! – digo colocando o dedo na cara dela.
- Eu nunca vou me perdoar por ter te transformado neste homem frio e... rancoroso. – ela enxuga as lágrimas e em seguida volta a me fitar. – Eu sei que eu posso trazer o Antigo Alexandre de volta...
Cerro o maxilar e dou um sorriso carregado de raiva.
- Ele morreu juntamente com toda a merda que eu já senti por você. Vou te dar um conselho Rebeca, volta para Nova Zelândia, pro inferno, enfim não sei, só some, desaparece. Me esquece!
Caminho até a porta e a abro.
- Vai sair ou quer ser arrastada pelos seguranças? – indaguei erguendo uma sobrancelha.
- Eu voltei disposta a tudo para te ter de volta. – falou segura. – Eu sei que você ainda me ama.
- Eu odeio você.
- Você odeia o fato de ainda me amar. Ainda podemos recomeçar.
Ela só pode ser louca!
Aproximei-me perigosamente com a raiva transbordando, agarrei seu braço e disse entre dentes.
- Eu quero distancia de você. Te ver, te escutar... tudo isso me enoja. Nem precisa se dá ao trabalho de voltar aqui porque vou me encarregar de que você não passe nem na frente da minha empresa.
- Me solta! Você está me machucando! – ela grita enquanto a arrasto pra fora da minha sala.
Jogo-a pra fora, ela cambaleia um pouco, mas consegue se manter de pé.
- Eu vou voltar Alexandre de cabeça erguida, pela porta da frente e você não vai poder fazer nada para me impedir. – fala entre dentes.
Bato a porta com toda a minha força na sua cara impedindo-a de continuar a falar. Caminho pela minha sala como um animal enjaulado, jogo tudo que está em cima da mesa no chão, grito e pego alguns objetos arremessando contra a parede.
Minha sala vira um caos.
Eu estou um caos...


Sabe aquela sensação de que algo muito ruim vai acontecer ou que alguém que você ama está precisando desesperadamente de você? Pois é, essa sensação me acompanhou ontem a noite inteira e continuou durante todo o dia.
Essa angústia está me enlouquecendo, é quase um chamado...
Desci até o refeitório a procura da Marta, enquanto tentava dormir ontem à noite, prometi a mim mesma ficar longe dessa história, mas não estou conseguindo, só preciso saber se ele está bem.
Só isso.
Marta está sentada sozinha em uma das mesas. Caminho até ela com o coração aos pulos.
- Oi. – falo sorridente.
- Olá.
Encaro-a sem graça, não levo o menor jeito para mexericar.
Vamos Fernanda é por uma boa causa!
Mas e se ele estiver mal? O que eu faço?! Devo ir falar com ele? Não. Nós nem estamos juntos, se ele quiser que venha até mim. É isso mesmo, se ele precisar conversar ele que me procure.
Mas eu pedi pra ele me deixar em paz! Ele não vai vim...
Definitivamente os problemas dele não são da minha conta. Afastar-me disso tudo é o melhor a fazer...
 - Acabei me esquecendo de mandar um e-mail para um dos diretores. Tenho que voltar para o trabalho. – minto me levantando e desistindo.
- Você perdeu a cena ontem! – Marta fala e eu congelo.
Olha para ela e para a cadeira da qual acabei de me levantar.
Sentar ou não sentar... Ouvir ou não ouvir... Eis a questão!
Curiosidade 1 x 0 Fernanda
Eu sento.
- O que? – pergunto ovulando de curiosidade.
- O Sr. Alexandre arrastou a megera para fora da sala, ele gritava muito, parecia estar prestes a cometer um assassinato. E quando ela disse que voltaria de cabeça erguida pela porta da frente ele deu com a porta na cara da metida. – disse eufórica.
- Serio? – pergunto boquiaberta.
- Hunrum. E hoje pela manhã quando entrei na sala para entregar os contratos que você deixou ontem, a sala estava digna de um terremoto. Papeis no chão, objetos quebrado, tudo revirado, você precisava ver! – ela olhou para os lados como se para se certificar de que ninguém ouvia e então continuou. – Eu acho que ele teve um surto.
Engulo em seco e ela não para de falar.
- Deixei os papeis lá e pedi a faxineira para dar um jeito na sala. Depois de mais ou menos uma hora ele chegou, achei até que não viria. Em seguida o Sr. Alexandre me chamou em sua sala e deu ordens expressas para não deixar a ex-mulher entrar na empresa sob hipótese alguma. Eu disse apenas um “sim Sr.” e saí de lá pianinho.
- Garotas!
Marcos chega animado sentando junto conosco na mesa. Ele pisca o olho para mim e eu sorrio sem graça. Estava evitando ele desde que vomitei em seu carro.
- Oi Marcos. – eu e Marta falamos juntas.
- Olha só o que tenho aqui! – ele fala jogando um papel cheio de nomes em cima da mesa.
Marta pega e começa a analisar.
- O que é isso? – pergunto sem muito interesse.
- É um bolão! – responde animado. – Não acredito que vocês não deram seus palpites ainda!
- Palpites? – franzo o cenho.
- É. De qual foi o motivo da separação do Todo Poderoso. – respondeu.
Abro a boca surpresa e então encaro a Marta.
- Eu não acredito que você contou para a empresa inteira?
- É claro que não Fernanda. – se defende.
Cerro os olhos.
- Tá bom. – ela levanta as mãos em sinal de rendição. – Mas eu só comentei com a Laura do RH, com mais ninguém. Juro.
Marta faz cara de cachorro sem dono e beija os dedos cruzados em sinal de promessa.
Reviro os olhos.
- Claro, você só contou para a maior fofoqueira da empresa: Laura língua de trapo! Não quero nem ver o que ele vai fazer com você quando descobrir. – digo séria.
- Ai meu Deus! – ela coloca a mão no peito e arregala os olhos. – Você acha que ele vai saber que fui eu?
- Por acaso ele tem outra secretária? – resmungo.
- Fodeu! Não vai restar pedra sobre pedra. – ela se desespera começando a roer as unhas.
- É por isso que eu acho que você deveria participar do bolão Marta. – incentiva Marcos morrendo de rir. – Vai que ele te demite? Pelo menos você vai poder contar com o bolão. Nessas horas a melhor coisa é contar com a sorte, dentre todos você é a que tem mais chances de acertar já que convive de perto com ele.
- Realmente vocês não têm o que fazer! – censuro olhando de um para o outro.
- Qual é Nanda?! Larga de bobeira e dê o seu palpite! – ele diz me empurrando com o ombro.
- Eu só acho que esse é um assunto dele. Nada a ver fazer uma brincadeira super sem graça com algo tão sério. – digo dando de ombros.
- Sério que você vai fazer a linha de advogada do diabo? – Marcos sorri irônico. – Está defendendo ele por quê?
Oh merda!
- Eu não estou defendendo!
- Parece que está sim. – retrucou.
- Meu palpite é que ele se separou porque é gay. – diz Marta alheia a minha discussão com o Marcos.
- Gay?! – indago encarando Marta.
- É o palpite dela. – articula Marcos visivelmente irritado. – Alguma objeção? – ergue uma sobrancelha.
É impressão minha ou ele está estressadinho pra cima de mim?
- Não nenhuma. – respondo intrigada.
- O meu palpite é que ele levou um belo par de chifres da mulher, pra mim aquela arrogância toda não passa de uma dor de corno. – disse fitando-me diretamente como se quisesse me atingir.
- Bom eu vou voltar para o trabalho. – digo me levantando.
- Eu vou com você. – ele avisa pegando o papel da mão da Marta e colocando no bolso.
Andamos juntos e pegamos o elevador. Lá dentro Marcos fica inquieto como se quisesse me dizer alguma coisa, assim que chegamos e as portas se abrem eu saio pra fora.
- Até mais Marcos.
- Fernanda espera. – pede me puxando pelo braço.
Ele entra em uma das salas desocupadas no andar e me leva junto.
- O que foi? – pergunto depois que ele fecha a porta e me encara com olhos ansiosos.
- Eu estava pensando se você não gostaria de sair comigo hoje.
Aí Jesus!
- Marcos eu... anda meio cansada. – dou um sorriso sem graça.
Isso foi péssimo, eu sei. Mas foi a melhor desculpa que arrumei.
- É por causa dele? – perguntou irritado.
- Dele quem?
- Sr. Alexandre.
- De onde você tirou isso?!
- Fiquei sabendo que vocês jantaram juntos em Veneza. E agora a pouco você defende ele com unhas e dentes. O que quer que eu pense? – diz exasperado.
Fiquei tão sem reação que não consegui dizer nada a principio. O que me incomodou não foi o fato dele desconfiar sobre mim e o Alexandre, mas se achar no direito de vim tirar satisfação. Minha vontade era de não responder, só que o medo dele sair por aí contando o que pensava foi mais forte. Tudo o que menos precisava agora era ver a minha vida ser o principal assunto do momento.
- Um jantar é apenas um jantar. – comecei aborrecida. – Agora se você acha que dar a minha opinião sobre um assunto é defender alguém problema seu. Não lhe devo satisfações. Só espero que você não comente pelos cantos o que você não sabe!
Quis passar, mas ele entrou na minha frente.
- Nanda me desculpa. Sério mesmo. Eu não deveria ter te perguntado nada, é só que... Poxa eu to maluco por você!
Foi tudo tão rápido que meu cérebro deu pane. Em apenas alguns segundos eu já estava sendo pressionada na parede tendo a língua do Marcos na minha boca. Tentei escapar, mas é obvio que não consegui, ele era muito mais forte que eu. Quando Marcos levou uma mão até meu seio o apertando e gemeu rouco perto do meu ouvido, foi que consegui empurrá-lo para longe de mim.
- Pelo amor de Deus o que deu em você?! – gritei.
- Calma... Foi só um beijo. – sorriu tranquilo.
- Não! Não foi só um beijo, foi um beijo forçado!
- Nanda eu...
- Cala a boca! Você já disse e fez muita merda hoje.
Saí da sala me recompondo e bati a porta atrás de mim.
Era só o que me faltava! O que mais falta acontecer hoje?!


- Sr. Alexandre a sua ex-esposa está no saguão com o advogado dela exigindo falar com o senhor.
Levanto espalmando as mãos na mesa.
- Que porra! Eu pensei que havia lhe dito para...
- Ela está com alguns documentos registrados em cartório...
- Não importa que merda ela tenha nas mãos, eu quero ela fora! – grito.
- Eu mesma fui lá e vi os papeis. Neles ela está como uma das investidoras da empresa. – Marta explica cautelosa.
- O que? Eu sou o dono da empresa e nunca permitiria que ela investisse no meu negócio!
- Mas é o que está escrito nos papeis. Acho melhor o senhor descer até lá. – aconselhou.
******

Eu só poderia estar vivendo um pesadelo. Meus olhos não acreditavam no que liam.
- Eles só podem ser falsos! – indignei-me encarando Rebeca e o advogado que a acompanhava.
- Não são Baby. Eu disse que voltaria de cabeça erguida e você não poderia fazer nada para impedir. – ela retruca sorridente.
Passo as mãos pelos cabelos desesperado. Nos papéis registrados em cartório a Rebeca era uma legitima investidora. Como isso foi possível?!
Eu não seria louco de vender ações para ela!
- Como você conseguiu isso? – gritei chamando a atenção de algumas pessoas no saguão.
Ela sorri e se aproxima de mim concertando minha gravata, a empurro para longe, seu sorriso vacila por alguns instantes para em seguida voltar com força total.
- Você deve lembrar que vendeu algumas ações recentemente para uma mulher chamada Mel. Eu só as comprei dela, portanto são legitimas!
- Sua desgraçada! Eu não acredito que você usou uma laranja para se enfiar aqui dentro! – avancei nela fora de mim a agarrando pelo braço.
- Vai fazer o que?! – me desafiou. – O tempo te mudou tanto que agora é capaz até de bater em mulher?!
Fulmino-a com o olhar, nem em um milhão de anos sujaria minhas mãos com ela.
- Eu vou falar com o meu advogado! – avisei a soltando.
- Pode falar. Contrate quantos você quiser Baby, eles só irão te dizer a mesma coisa que eu. Você vai ter que me engolir! – provocou.
Viro-me e saio, preciso sair dali antes que cometa uma besteira e avance naquela dissimulada. Ouço seus passos me seguindo e volto quase colidindo com ela.
- Não venha atrás de mim!
- Só quero te dizer mais uma coisa. – ela umedece os lábios para então continuar. – Voltei por você e não vou desistir fácil, isso é só o começo. Eu quero. Eu posso. Eu consigo. E ainda passo por cima de quem se atrever a entrar no meu caminho.
Fico tão perto dela que nossos narizes quase se colidem, retribuo suas palavras com um sorriso sombrio.
- Você não vai se enraizar na minha vida de novo como uma erva daninha. Não me provoca Rebeca, você não tem ideia do quanto eu mudei nos últimos anos e muito menos do que eu sou capaz de fazer para te manter longe de mim.
Dei-lhe as costas andando firme. Minha cabeça começando a estourar de dor.


Estava exausta e enfim iria para casa. Andava pelo corredor da empresa com a cabeça baixa. O dia havia sido exaustivo emocionalmente. Estava preocupada com o Alexandre, uma sensação ruim tomou conta por completo do meu peito. Aquela percepção de que ele precisava de mim estava mais forte do que nunca. De quebra ainda tinha o Marcos com aquelas insinuações, fora o beijo que ele me deu.
Assim que levantei a cabeça uma cena me chocou. Alexandre estava no corredor sentado no chão com a cabeça entre as mãos. Meu coração se apertou, parei no mesmo instante sem saber como agir. Uma força vinda de algum lugar me puxou até ele como um imã. Andei a passos lentos até chegar perto, me agachei e só então ele levantou a cabeça e me encarou com uma expressão torturada.
Eu soube ser superior, naquele momento não importava mais se ele havia me dado um chute, dito idiotices ou quebrado o meu coração. O olhei da forma que mais precisava agora, com humanidade. Eu não sabia se ele estava assim por causa da ex ou por algum outro motivo, mas queria ajudar, queria abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem. Sua mão devagar pousou em meu rosto, assim que tocou minha pele queimei por dentro.
Fechei os olhos e suspirei fundo. Como eu senti falta do toque dele...
- Eu não acreditava mais nas pessoas, mas isso mudou quando conheci você. Você é uma pessoa boa... – sussurrou tristemente.
Ele me puxou devagar e me abraçou forte.
Foi o melhor abraço que recebi na vida.
O mais perfeito abraço do mundo...

4 comentários:

Unknown disse...

Que raiva dessa Rebecca ela se acha, tô até com pena do Alexandre. . Ansiosa pelos próximos capítulos.

Josi Novais disse...

Vou rebolar aqui para que poste o mais rápido possível o próximo!
Obrigada pelo carinho... <3

telma disse...

Ódio,òdio dessa Rebeca mais sei que seu personagem promete capítulos interessantes,eu amo isso,então coloque seu rebolar num bambolé e seja rápida,ok,vc sabe que te adoro,sou sua fã nº 1 bjs esperando ansiosa .

Josi Novais disse...

Ownnt *-----------------------------------*
Telma nem tenho palavras para agradecer tanto carinho...
Tenho as melhores leitoras do mundo!
Amanhã sai a 7ª Parte de Rendida.

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